"A meta final do JUDÔ KODOKAN é o aperfeiçoamento do indivíduo por si mesmo, desenvolvendo um espírito que deve buscar a verdade através de esforço constante e da sua total abnegação, para contribuir na prosperidade e no bem estar da raça humana" "Nada sob o céu é mais importante que a educação. Os ensinamentos de uma pessoa virtuosa podem influênciar uma multidão; aquilo que foi bem aprendido por uma geração pode ser transmitidas a outras cem." Jigoro Kano

Kodokan Goshin-Jutsu – Defesa Pessoal do Kodokan

11 comentários sábado, 6 de outubro de 2007 às 20:48 - Edit entry?

É o mais novo dos katas criado em janeiro de 1956 por altas graduações do Kodokan para complementar o kime-no-kata, esse kata é composto por técnicas de defesa pessoal, projeções, chaves-de-braço, socos e chutes, defesa contra ataques armados e desramados.

Esse kata não é aceito pelos tradicionalistas por não ser de autoria de Jigoro Kano.


SUDE-NO-BU - Mãos Vazias


Kumitsukareta-Bawai - Defesas de agarramentos


Ryote-dori
Hidari-eri-dori
Migui-eri-dori
Kata-ude-dori
Ushiro-eri-dori
Ushiro-jime
Kakae-dori


Hanareta-Bawai - Defesas de ataques à distância


Naname-uchi
Ago-tsuki
Ganmen-tsuki
Mae-gueri
Yoko-gueri


Buki-No-Bu - Armamentos


Tantoo-No-Bawai - Defesas de punhal


Tsuki-kake
Tyoko-tsuki
Naname-tsuki


Jo-No-BawaiI - Defesas de bastão


Furi-age
Furi-oroshi
Morote-tsuki


Kenju-No-Bawai - Defesas de revólver
Shomen-tsuki
Koshi-gamae
Haimen-zuke


Seiryoku-zen’yo-kokumin-taiiku – Educação física nacional baseada no princípio da eficácia máxima

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É ensinado em toas as escolas do Japão como uma forma de educação fisica baseado no principio da máxima eficiência , visando o treino do corpo.

Esse kata é desenvolvido em 02 partes:

O primeiro é o Tadoku-renshiu, esse kata é praticado sozinho com repetição dos diversos golpes em todas as direções.

O segundo é o Satai-reshiu, esse kata é praticado com o companheiro e e´subdividido e3m kimi-shikie ju-shiki.


I. Tandoku-renshu – Exercícios executados sem parceiro

A. Goho-ate – Ataque em cinco direções.


. Hidari-mae-naname-ate – Dar um golpe oblíquo à esquerda2. Migi-ate – Dar um golpe para a direita3. Ushiro-ate – Dar um golpe para trás4. Mae-ate – Dar um golpe para a frente5. Ue-ate – Dar um golpe para cima


B. O-goho-ate – Grandes golpes em cinco direcções


. O.hidari-mae-naname-ate – Grande golpe oblíquo à esquerda7. O-migi-ate – Grande golpe para a direita8. O-ushiro-ate – Grande golpe para trás9. O-mae-ate – Grande golpe para a frente10. O-ue-ate – Grande golpe para cima


. Goho-geri – Pontapés nas cinco direcções


11. Mae-geri- Pontapé para a frente12. Ushiro-geri – Pontapé para trás13. Hidari-mae-naname-geri – Pontapé oblíquo à esquerda 14. Migi-mae-naname-geri – Pontapé oblíquo à direita15. Taka-geri – Pontapé para cima16. Kagami-migaki – Limpar o espelho17. Saya-uchi – Golpes à direita e à esquerda18. Zengo-tsuki – Golpes para a frente e para trás19. Ryote-ue-tsuki – Golpe para cima com as duas mãos20. O-ryote-ue-tsuki – Grande golpe para cima com as duas mãos21. Sayu-kogo-shita-tsuki – Golpe para baixo alternadamente à direita e à esquerda22. Ryote-shita-tsuki – Golpe para baixo com as duas mãos23. Naname-ue-uchi – Cortar obliquamente para cima24. Naname-shita-uchi – Cortar obliquamente para baixo25. O-naname-ue-uchi – Grande golpe oblíquo para cima26. Ushiro-sumi-tsuki – Golpe oblíquo para trás27. Ushiro-uchi – Golpe para trás28. Ushiro-tsuki-mae-shita-tsuki – Golpes com o punho para baixo, para trás e para a frente


II. Sotai-rensho - Exercícios a dois


A. Kime-shiki – Método de decisão

a) Idori - Movimentos em posição de joelhos


1. Ryote-dori – Segurar os dois pulsos com as duas mãos2. Furi-hanashi – Lançar com força3. Gyakute-dori – Agarre invertido das duas mãos4. Tsukkake – Golpe com o punho ao estômago5. Kiri-kake – Golpe à cabeça com o sabre da mão


b) Tachiai – Movimentos em pé

6. Tsuki-age – Murro para cima (“uppercut”)7. Yoko-uchi – Murro para o lado8. Ushiro-dori – Agarrar os ombros por trás9. Naname-tsuki Cortar a carótida com o sabre10. Kiri-oroshi – Fender a cabeça com o sabre


B. Ju-shiki (Método de suavidade)



Itsutsu-no-kata – Formas de “cinco"

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Esse kata foi criado por volta de1888 e compreende 05 formas de técnicas sem desiguinações especiais, apenas numeradas de 01 a 05 e baseados no Tenjin-shinyo-ryu (movimentos da natureza).



1. Primeira forma, demonstra o principio que, se racionalizando, o ataque continúo cria uma defesa, mesmo contra uma força maior.


2. Segunda forma, demonstra o princípio do uso da energia do ataque do oponente para se denfender.


3. Terceira forma, demonstra o principio do turbilhão, no qual o circulo interno controla o circulo externo.


4. Quarta forma, demonstra a força das ondas do oceano: a onda puxa tudo que existe na orla para dentro do oceano, sem importar o tamanho.


5. Quinta forma (O Mestre Kano faleceu sem dar o nome a estas formas) , demonstra o principio da existencia: quando energias ilimitadas colidem entre si, uma desiste para evitar a destruição de ambas.

Koshiki-no-kata – Formas antigas

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As forms antigas criadas para combate corpo-a-corpo nos quais usavam-se armaduras samurai. Essa é uma das razões pela quais os praticantes devem se esforçar para executar movimentos como se estivessem de armadura samurai.

O kata se divide em 02 partes, a primeira é chamada de omote e agrupa 14 técnicas , a segunda , chama-se ura, reune 07 técnicas. Essas 21 técnicas desenrolan-se muito lentamente, no primeiro grupo é marcado um tempo de pausa a cada movimento, no segundo os mvimentos são sem interrupção.


Primeira Parte

1. Tai – Posição inicial2. Yume-no-uchi – Entre sonhos3. Ryokuhi – Evitar o emprego da força4. Mizuguruma – Moinho de água5. Mizu-nagare – Corrente de água6. Hiki-otoshi – Empurrar e fazer cair7. Kodaore – Tronco de árvore caído8. Uchi-kudaki – Reduzir a pó9. Tani-otoshi – Queda no vale10. Kuruma-daoshi – Roda projectada11. Shikoro-dori – Agarrar a espaldeira da armadura12. Shikoro-gaeshi – Derrubar pela espaldeira da armadura13. Yadachi – Chuvada de Verão14. Taki-otoshi – Fazer cair como uma catarata


Segunda Parte

1. Mi-kudaki – Reduzir o corpo a pó2. Kuruma-gaeshi – Rotação caindo para trás3. Mizu-iri – Mergulhar na água4. Ryu-setsu – Neve sobre o salgueiro5. Saka-otoshi – Queda em revés6. Yuki-ore – Ramo quebrado pela neve7. Iwa-nami – Rochedo varrido pelas vagas

Ju-no-kata – Formas de suavidade

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Desenvolvido por volta de 1888, ara originalmente composto por 10 técnicas, somente em 1908 foi expandido para 15 técnicas, outro nome para ess kata é taiso-no-kata, que siguinifica formas de ginstica.

O ju-no-kata ensina os princípios do Ju (suavidade), que usa a força do oponente para criar desequilibrio (kusushi), se o oponebte empurra, voce sede ao se movimentar para trás, se o oponete puxar, voce se movimenta em direção a ele

O randori regular é muito tenso, mas este kata ensina delicadamente como superar o ataque do oponete sem tensão.

Ele é composto por 15 técnicas divididas em 03 grupos de 05 técnicas executadas uma após a outra sem interrupção em cada grupo.


1º Grupo

1. Tsuki-dashi – Atravessar com a mão2. Kata-oshi – Empurrar os ombros3. Ryote-dori – Segurar os dois pulsos com as duas mãos4. Kata-mawashi – Movimento giratório dos ombros5. Ago-oshi – Empurrar o queixo


2º Grupo

1. Kiri-oroshi – Fender a cabeça com o sabre2. Ryo-kata-oshi – Pressão sobre os dois ombros3. Naname-uchi – Fender na diagonal4. Katate-dori – Agarrar com uma mão5. Katate-age – Levantar a mão para bater


3º Grupo

1. Obi-tori – Agarrar o cinto2. Mune-oshi – Empurrar o peito3. Tsuki-age – Murro para cima (“uppercut”)4. Uchi-oroshi – Batimento de cima para baixo5. Ryogan-tsuki – Picar os dois olhos

Kime-no-kata – Formas de decisão

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Criado por volta de 1906, a partir de outros estilos de jujutsu combinando com idéias de Jigoro Kano. Esse kata é igualmente reconhecido por4 shinken-shobu-no-kata, que se traduz em formas de combate real. Foi criado para perpetuar as técnicas de atemi-waza e só pode ser executado dessa forma especial, utilizando as mãos nuas ou com armas. Executa-se em 02 posições, uma ajoelhado e a outra em pé, divide-se em 02 grupos: Idori e Tachiai-Idori


. Idori – Defesa em posição de seza

1. Ryote-dori – Segurar os dois pulsos com as duas mãos2. Tsukkake – Murro ao estômago3. Suri-age – Golpe deslizando pela face4. Yoko-uchi – Murro lateral5. Ushiro-dori – Agarrar os ombros por trás6. Tsukkomi – Golpe ao estômago com o punhal7. Kiri-komi – Fender a cabeça com o punhal8. Yoko-tsuki – Golpe lateral com o punhal


II. Tachi-ai – Defesas em posição de pé

1. Ryote-dori – Agarrar os dois pulsos com as duas mãos2. Sode-tori – Agarrar as mangas3. Tsukkake – Murro à cara4.Tsuki-age – Murro para cima (“uppercut”)5. Suri-age – Golpe deslizando pela face6. Yoko-uchi – Murro lateral7. Ke-age – Golpe aos testículos8. Ushiro-dori – Agarrar os ombros por trás9. Tsukkomi – Golpe ao estômago com o punhal10. Kiri-komi – Fender a cabeça com o punhal11. Nuki-kake – Impedir de desembainhar12. Kiri-oroshi – Fender a cabeça com o sabre

Katame-no-kata – Formas de controlo

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O segundo kata ensina técnicas de combate no solo, é composto
de 03 grupos de técnicas.

. Osae-waza – Técnicas de imobilização


1. Kesa-gatame – Controlo pelo lado2. Kata-gatame – Controlo pelo ombro3. Kami-shiho-gatame – Controlo dos quatro pontos por cima4. Yoko-shiho-gatame – Controlo dos quatro pontos de lado5. Kuzure-kami-shiho-gatame – Variante de “kami-shiho-gatame”





II. Shime-waza – Técnicas de estrangulamento


1. Kata-juji-jime – Estrangulamento em cruz com as mãos opostas2. Hadaka-jime – Estrangulamento nu3. Okuri-eri-jime – Estrangulamento pela gola deslizando4. Kata-ha-jime – Estrangulamento controlando um lado5. Gyaku-juji-jime – Estrangulamento em cruz ao contrário





III. Kansetsu-waza – Técnicas de luxação1. Ude-garami – Luxação ao braço flectido2. Ude-hishigi-juji-gatame – Luxação ao braço estendido em cruz3. Ude-hishigi-ude-gatame – Controlo do braço estendido4. Ude-hishigi-hiza-gatame – Controlo do braço estendido feito com o joelho5. Ashi-gatame – Luxação da perna

Nage-no-kata – Formas de projecção

2 comentários às 14:47 - Edit entry?

O kata foi desenvolvido com o propósito de ensinar os aspectos básicos das técnicas do judô e sua etiqueta apropriada. É através dos katas que o uke e o tori podem trabalhar juntos a melhora da fluência e dos movimentos do judoka.

Os katas são divididos de acordo com as habilidades e técnicas do judô a serem ensinadas, totalizando oito katas.

O nage-no-kata foi criado por volta de 1886, contendo originalmente 10 técnicas, é o primeiro dos katas e possui um total de 15 técnicas, divididas em 05 grupos de 03 técnicas.



I. Te-waza – Técnica de mãos1. Uki-otoshi – Lançamento (para baixo) flutuando2. Seoi-nage – Projecção sobre o ombro3. Kata-guruma – Roda à volta dos ombros


II. Koshi-waza – Técnicas de anca
1. Uki-goshi – Anca flutuante2. Harai-goshi – Ceifa com a anca3. Tsurikomi-goshi – Projecção com a ajuda da anca levantando (v. “tsurikomi”)


III. Ashi-waza – Técnicas de pés e de pernas1. Okuri-ashi-harai – Varrimento dos pés2. Sasae-tsurikomi-ashi – Bloqueamento do pé com movimento de pesca (v. “tsurikomi”)3. Uchi-mata – Ceifa pelo interior da coxa


IV. Ma-sutemi-waza – Técnicas em que se deixa cair o corpo ficando estendido de costas no solo1. Tomoe-nage – Projecção em círculo2. Ura-nage – Lançamento para trás3. Sumi-gaeshi – Derrube pelo ângulo


V. Yoko-sutemi-waza – Técnicas em que se deixa cair o corpo ficando estendido de lado no solo1. Yoko-gake – Enganchamento lateral2. Yoko-guruma – Roda de lado3. Uki-waza – Técnica flutuante

A ORIGEM DO NOME JUDO

0 comentários sexta-feira, 5 de outubro de 2007 às 13:41 - Edit entry?

Em 1882 Kano abriu seu próprio Dojô, chamado Kodokan, onde ensinava uma variação moderna do Jujutsu que ele chamava Judô. A mudança do nome se devia ao fato de que Mestre Kano não queria que sua arte tivesse a conotação negativa conferida aos praticantes de Jujutsu, pois considerava repugnante a prostituição das artes marciais através de combates remunerados e desafios. Além disso a palavra "Do", caminho, era mais adequada aos seus objetivos: fazer do Judô um caminho, uma prática saudável para o corpo e para a mente e possível de ser praticado por homens e mulheres de qualquer idade. Em sua época era freqüente o número de acidentes sérios durante os treinos de Jujutsu. Jigoro Kano afirmou ainda que o têrmo escolhido, "judô", não havia sido criado por ele, mas era muito antigo, sendo utilizado pela escola Jikishin Ryu. Para diferenciar a sua arte ele a denominava "Kodokan Judô", nome pela qual ainda é conhecida.

Em 1898, em uma de suas conferências, Jigoro Kano, assim se pronunciou:
"Eu estudei jujutsu não somente porque o achei interessante, mas também, porque compreendi que seria o meio mais eficaz para a educação do físico e do espírito. Porém, era necessário aprimorar o velho jujutsu, para torná-lo acessível a todos, modificar seus objetivos que não eram voltados para a educação física ou para a moral, nem muito menos para a cultura intelectual. Por outro lado, como as escolas de jujutsu apesar de suas qualidades tinham muitos defeitos - concluí que era necessário reformular o jujutsu mesmo como arte de combate. Quando comecei a ensinar o jujutsu estava caindo em descrédito. Alguns mestres desta arte ganhavam a vida organizando espetáculos entre seus alunos, por meio de lutas, cobrando daqueles que quisessem assistir. Outros se prestavam a ser artistas da luta junto com profissionais de sumô. Tais práticas degradantes prostituíam uma arte marcial e isso me era repugnante. Eis a razão de ter evitado o termo jujutsu e adotado o do judô. E para distinguí-lo da academia Jikishin Ryu, que também empregava o termo judô, denominei a minha escola de Judô Kodokan, apesar de soar um pouco longo."

Não se sabe muito do Jikishin Ryu, e suspeita-se que é uma variação de estilo precursor do Shirai ou Negishi Ryu, ou até do Kashima Shinto Ryu, pois seu método consiste em posicionar o pé direito um passo à frente para lançar a lâmina. A principal diferença está no modo de segurar a lâmina.Os três dedos menores ficam dobrados, enquanto o dedo indicador aponta à frente, como se fizesse uma forma de "revólver" com a mão. A lâmina fica na sua parte interna e o polegar aplica uma leve pressão de cima pra baixo, mantendo-a firme sobre o dedo médio dobrado, e segurando a ponta oposta para baixo quando a lâmina deixa a mão. O indicador então repousa na lateral da lâmina, dando suporte. O lançamento é feito simplesmente levantando-se e abaixando-se o braço a partir da lateral, enquanto um passo à frente é dado. O braço corta como se fosse uma espada.

O JUDÔ COMO AGENTE EDUCACIONAL

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O JUDÔ não é apenas uma luta desportiva, ou um sistema invencível de ataque e defesa. Antes de mais nada é um processo de educar a mente, o corpo e a moral, portanto é EDUCAÇÃO.
Estão absolutamente errados aqueles que querem através do JUDÔ, se tornarem apenas valentes campeões, embora o JUDÔ seja um esporte de luta, seus objetivos vão muito além da competição, visa acima de tudo uma formação global do indivíduo portanto seu objetivo é nobre.
Através do JUDÔ, os educados podem adquirir condições suficientes e necessárias para enfrentar os rigores do dia a dia, com alegria, naturalidade, disciplina, esforço e coragem. Entre as virtudes sociais estão a vivacidade, a modéstia, a pontualidade e a justiça. Juntamente com o progresso técnico é desenvolvido o sentido de autoconfiança, o que constitui a base do equilíbrio mental e emocional.
Sendo assim, a prática BEM ORIENTADA do JUDÔ, proporsiona calma, paz de espírito, dignidade, compaixão e amor ao próximo, condições essenciais para uma vida próspera e coberta de satisfação.
Ao contrário do que muitos pensam, o aprendizado do JUDÔ é muito fácil e agradável, não é necessário possuir condições físicas excepcionais; por outro lado é imprescindível ter boa vontade, dedicação, perseverança e disciplina. Disse bem Koizumi, introdutor do JUDÔ na Inglaterra, quando afirmou: " O aprendizado do JUDÔ, quando é realizado por professores dedicados e competentes, oferece meios para exercitar e recrear a mente e o físico, cultivando um equilíbrio harmonioso e global para a saúde da mente e do corpo, estimulando o ser humano a ser dono de seu próprio corpo, da sua mente e de suas emoções."


O JUDÔ COMO EDUCAÇÃO FÍSICA:


O JUDÔ como Educação Física deve ser orientado pelos princípios anátomo-fisiológicos. Durante a infância, a Educação Física deve visar o desenvolvimento harmonioso do corpo da criança. Na fase adulta deve manter e melhorar o funcionamento de todos os órgãos, assegurando assim uma boa saúde.
A prática da Educação Física deve ser orientada por exercícios e jogos, levando-se em conta as limitações de cada aluno, nunca sobrecarregando de forma exaustiva o organismo, o que poderá acarretar um prejuízo para o desenvolvimento do aluno.
De um modo geral as aulas devem conter atividades que estimulem o desenvolvimento cárdio-respiratório, a flexibilidade, a postura, a destreza e a força muscular.
As atividades devem ser divididas por fases do desenvolvimento do organismo do aluno, sendo assim divididos em:
Educação Física elementar : destinados a crianças entre 04 a 13 anos mais ou menos, essas práticas são desenvolvidas entre ambos os sexos, onde se visa uma formação global da criança, não tendo como objetivo principal o treinamento desportivo ou seja a competição.
Educação Física secundária : compreende grupos de alunos entre 14 a 18 anos mais ou menos, nesta fase há uma exigência maior do organismo, pois na fase da puberdade existe um desenvolvimento maior do corpo, onde ocorre as mudanças para uma fase adulta, é onde a Educação Física ajuda no desenvolvimento global do organismo.
Educação Física superior : nesta fase entre 18 a 35 anos mais ou menos, é onde vemos o desempenho do atleta desportivo propriamente dito, onde se tem como objetivo a pratica do esporte como uma atividade competitiva ou simplesmente uma atividade de descontração.
Educação Física de conservação : é a fase após os 35 anos, onde o único objetivo é a prática de uma atividade física de relaxamento e descontração.
Os limites acima enquadrados devem ser considerados apenas como indicativos.

O JUDO COMO O CAMINHO SUAVE

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O treinamento de JUDÔ, não requer apenas o aprimoramento de técnicas bonitas e eficazes nas grandes competições. Envolve principalmente a formação espiritual do judoca, e esta preparação, que em hipótese alguma deve se separar da preparação técnica, e a soma desses dois fatores é que faz o verdadeiro judoca enfrentar com garra, tenacidade, lealdade, honestidade e bom senso todos os tipos de competições, dentro e fora do tatame Isso fica bem caracterizado nas palavras do mestre JIGORO KANO, na sua definição do propósito da disciplina do JUDÔ: "O JUDÔ é o caminho, para a mais eficiente utilização da força física e espiritual, pelo seu treinamento de ataque e defesa, educa-se o corpo e o espírito. Tornando a essência espiritual do JUDÔ, uma parte do próprio ser. Desta forma será capaz de aperfeiçoar a si mesmo e contribuir com algo para valorizar o mundo, essa é a meta final da disciplina do JUDÔ." Isto é o que realça a verdadeira beleza e reveste de valor o JUDÔ como educação. Infelizmente essa formação espiritual, que deve ser intrínseca no treinamento do judoca, não tomou parte do processo de evolução, pelo contrário, ficou retraída e em alguns casos até mesmo esquecida. A partir dos objetivos citados pelo mestre JIGORO KANO, podemos sentir que algo mais profundo, que a simples arte de ataque e defesa, envolve o treinamento do JUDÔ, maneira pela qual penetramos na verdadeira essência dos ensinamentos do JUDÔ. O JUDÔ, é filosofia de vida, e é obrigação dos mais experientes e especialmente daquele que assume o papel de professor, transmitir a todos que desejam trilhar nesse caminho. Assim, não é correto pensar no JUDÔ, como uma simples arma de defesa pessoal ou puramente como um esporte de ganhar competições, mas acima de tudo como uma maneira de viver. É natural, que se pararmos para meditar, acabaremos comparando cada ato praticado dentro do tatâmi, no treinamento do JUDÔ, com um procedimento de nossa vida. O praticante do JUDÔ, não deve ser, apenas um competidor ou bom esportista, mas necessita absorver o conteúdo filosófico do JUDÔ, e utilizá-lo na prática para atingir a condição de verdadeiro JUDOCA. Deve entender que seguir o CAMINHO DA SUAVIDADE, é aprender a aceitar com naturalidade os fatores que facilitam e dificultam a nossa vida.
CEDER PARA VENCER É aprender a respeitar o seu semelhante, com o mesmo respeito e sinceridade que faz a saudação REI (cumprimento). É aprender a ser humilde, com a mesma humildade que se executa os UKEMIS (amortecimento de quedas), caindo para se levantar. É aprender a ser perseverante, com a mesma perseverança que se pratica os UCHIKOMIS (treinamento para aperfeiçoar as técnicas). É aprender a ser justo com seus companheiros, com a mesma justeza necessária que deve ter o seu corpo para aproveitar o momento exato do KUZUSHI (desequilíbrio) do oponente. É aprender a ser firme, com a mesma firmeza de seus NAGUE-WAZA (técnicas de projeção), para assumir as responsabilidades que lhe couberem. É aprender a ser honesto e leal, com a mesma honestidade e lealdade de quando recebe o KACHI (vitória) no final de uma luta. É aprender a ser disciplinado, com a mesma disciplina que se concentra no momento do MOKUSSÔ (meditação). É aprender a ser puro, com a mesma pureza que estava seu espírito quando ouviu pela primeira vez ONEGAI-SHIMASSU (por favor), dos seus colegas. Todo judoca, introduzindo no seu íntimo, os completos ensinamentos do JUDÔ, tem a sua forma de viver diferente, seja pela autoconfiança que transpira em sua alma, seja pelo respeito que dispensa as pessoas, seja pela certeza de estar num mundo bem melhor. Este aprimoramento do judoca, que não é apenas físico e técnico, mas que ultrapassa os limites das palavras e atos materiais, faz com que ele como esportista, lute pelo seu intento, mas é capaz de aceitar com naturalidade, que a vitória e a derrota são unicamente, conseqüência de suas reais condições. Pois se não fosse assim estaria em desacordo com o princípio da suavidade. Estas bases filosóficas, faz com que o JUDÔ, se caracterize como um verdadeiro esporte, muito disciplinado e admirado, no qual o confronto corpo a corpo conduz a um melhor entendimento entre as pessoas, atingindo assim seus objetivos de sociabilização, educação e de cultura física para o bem estar do homem e do mundo.