"A meta final do JUDÔ KODOKAN é o aperfeiçoamento do indivíduo por si mesmo, desenvolvendo um espírito que deve buscar a verdade através de esforço constante e da sua total abnegação, para contribuir na prosperidade e no bem estar da raça humana" "Nada sob o céu é mais importante que a educação. Os ensinamentos de uma pessoa virtuosa podem influênciar uma multidão; aquilo que foi bem aprendido por uma geração pode ser transmitidas a outras cem." Jigoro Kano

MITSUYO MAEDA E O JUDÔ KODOKAN


Mitsuyo Maeda , Nasc. 18 de Novembro de 1878, falecido em 28 de Novembro de 1941, brasileiro naturalizado como Otávio Mitsuyo Maeda, foi judoca japonês e lutador de vale tudo. Conhecido como Conde Koma, apelido ganho na Espanha em 1908. Maeda passou a utilizar esse nome para poder desafiar um outro lutador japonês de judô que estava por lá sem ser reconhecido, em japonês, o verbo "komaru" significa estar em situação delicada,
o que era seu caso, pelo menos do ponto de vista financeiro, Maeda tirou a última sílaba da palavra e ficou apenas com Koma, acrescentou a palavra "Conde" (em espanhol mesmo) por sugestão de um amigo espanhol,Conde Koma também foi o nome da academia de judô que fundou na capital paraense e pelo qual ficou conhecido no Brasil. Em sua academia, Maeda ensinava Judô como uma técnica de defesa pessoal .
Também aqui há um desacordo generalizado sobre a origem do título dado a Mitsuyo Maeda, entretanto, tem-se como do próprio Maeda esta declaração a um repórter de uma revista européia: “Um eminente cidadão espanhol me atribuiu o titulo de Conde Koma pelas minhas vitórias nas lutas e aparência física, e o povo, carinhosamente passou a usa-lo em detrimento do meu próprio nome.


Junto a Antônio Soishiro Satake (outro japonês naturalizado brasileiro), ele foi o pioneiro do judô no Brasil no Reino Unido e em outros países. Maeda foi fundamental para o desenvolvimento do Brazilian JiuJitsu através do ensino ministrado à família Gracie. Também foi grande promotor da imigração japonesa para o Brasil.
Maeda venceu mais de 2000 lutas profissionais em sua carreira. Seus feitos o levaram a ser conhecido como “O Homem mais durão que já nasceu” e lembrado como o pai do Brazilian Jiu-Jitsu e pro-MMA.





(foto, Maeda ainda jovem na escola)

Maeda nasceu na vila de Funazawa, cidade de Hirosaki, Aimori Prefecture a 18 de Novembro de 1878 e não era de origem nobre como é contado no Brasil. Cursou seu segundo grau na Kenritsu Itiu High School. Quando criança era conhecido como Hideyo.Entre os amigos, era conhecido pelo apelido de menino-sumô, em razão de seu grande fascínio pela arte que lhe fora ensinada por seu pai e das várias lutas que vencia contra colegas de escola.
Praticou sumo quando adolescente, mas não prosseguiu devido à falta de estrutura corporal para este esporte. Por causa disso e pelo interesse gerado pelo sucesso do Judô nos embates contra o Ju-Jutsu, ele trocou o sumo pelo judô. Em 1894 com 17 anos de idade, seus parentes o enviaram a Tokyo para compor o time da Waseda University. Ele entrou para o Kodokan no ano seguinte. O Kodokan possui o registro de sua matrícula desse mesmo ano de 1894. Ou seja, não há nenhuma possibilidade de que ele tenha estudado Ju-Jutsu tradicional , ele começou mesmo treinando judô Kodokan, e logo foi considerado o mais promissor dos estudantes de judô. Ao chegar no Kodokan, Maeda, com 164 centímetros de altura e 64 kg, foi confundido com um garoto de entrega, devido a sua origem, tamanho e maneira que com se comportava. Então, o fundador do Judô, Jigoro Kano, avistou o menino, e prontamente lhe enviou à Tsunejiro Tomita (4 º Dan), que era o menor dos professores da Kodokan. Essa atitude foi uma medida tomada para mostrar que, no judô, o tamanho não era importante.
Maeda foi treinado no Kodokan diretamente pelo inteligente Tomita e o fortíssimo Yokoyama. O Sensei Tomita foi o primeiro judoca da Kodokan e era um amigo próximo de Jigoro Kano. Segundo a Koyassu Massao (9 º Dan): "Entre os quatro Kodokan shiten-noo, foi Tomita que recebeu o maior montante dos ensinamentos do Sensei Jigoro Kano [...]. [...] Isso por que Tomita não foi um tão bem sucedido lutador como Saigo, Yamashita e Yokoyama, mas, foi excepcional e aplicado em estudos, e foi também fluente no idioma Inglês [...]”.
Embora um dos mais fracos da Kodokan shinte-no, Tomita era capaz de derrotar o grande campeão de Ju-jutsu desse tempo, Hansuke Nakamura, a partir do estilo Tenjin-Shinyo-Ryu.








Em constante evolução, foi promovido ao terceiro grau da faixa-preta em 1901 e se tornou instrutor de judô nas universidades de Tóquio, Waseda e Gakushuin, isto sem falar da escola militar onde também ministrava aulas. Naquela época, havia poucos graduados na Kodokan. Maeda e Satake foram os primeiros professores graduados em Waseda University, ambos Sandan, juntamente com Matsuhiro Ritaro (Nidan) e seis outros Shodans.
Kyuzo Mifune, registado no Kodokan em 1903, atraiu a atenção de Maeda, que comentou: "você é forte e competente, portanto, vai certamente deixar a sua marca no Kodokan ...". No entanto, Mifune correu para aprender sob Sakujiro Yokoyama.
Mais tarde, Mifune disse a Maeda que suas palavras foram fundamentais e de um grande incentivo para ele, e que ele tinha Maeda como a maior admiração, embora Yokoyama fosse seu Sensei.
Mifune, afirmou, mais tarde, que Maeda foi um dos maiores promotores do Judô, não através de ensinamentos (aulas), mas através de seus combates, muitos destes, com concorrentes de outras disciplinas.
Maeda tratava tanto os seus experientes, quanto os seus inexperientes alunos, por igual, atirando-lhes como se em combate real. Ele defendeu que este comportamento, “foi uma medida respeitoso para com seus alunos”, mas que muitas vezes foi mal interpretado, e outras vezes, assustou muitos jovens, que lhe abandonavam em favor de outros professores.
Em 1903, um professor sênior da Kodokan, Yoshiaki Yamashita, viajou para os Estados Unidos a pedido do empresário americano Seattle Sam Hill. Em Washington, DC, Yamashita fez demonstrações e ganhou proeminentes alunos americanos.
Por pedido do presidente Americano, na época, Theodoro Roosevelt, Yamashita também ensinou Judô na Academia Naval americana. Apreciando a boa publicidade, foi solicitada a Kodokan para enviar mais professores para a América, dando assim continuidade ao trabalho do Yamashita. Mas o Sensei Tomita relutou em aceitar a tarefa, enquanto, os Senseis Maeda e Satake logo abraçaram a oportunidade.












Em 1904, Mestre Jigoro Kano aconselhou Maeda a viajar para os Estados Unidos a fim de mostrar aos americanos as habilidades das artes marciais japonesas. Antes de partir, recebeu o quarto grau das mãos de seu mestre.
Mitsuyo Maeda foi formado junto com Soishiro Satake, um dos chefes da segunda geração do Kodokan, que substituiu a primeira até ao início do século 20.

Mituyo Maeda deixou o Japão através do porto de Yokohama
Naquela época, os norte-americanos já conheciam um pouco sobre judô, uma vez que o então presidente, Theodore Roosevelt era um grande fã do povo japonês e de sua cultura, chegando a ter um instrutor particular de judô chamado Yamashita. Em busca de melhorar a defesa pessoal, alguns militares americanos também já aprendiam judô em suas bases. Logo, cabia a Maeda e seus companheiros lutar contra os norte-americanos e provar a superioridade japonesa.
Hoje em dia, o judô perdeu muito das técnicas antigas, uma vez que os lutadores treinam para ganhar o ouro olímpico tendo de obedecer a uma grande quantidade de regras e tempo de luta .O Judô de hoje é muito diferente do de Maeda e Mestre Kano...


ROTEIRO DE VIAGENS

Estados Unidos_____1906
México____________1909/1910
Cuba_____________ 1910
Europa____________1911
América Central____ 1912/1913
América do Sul_____ 1913/1914
Brasil_____________ 14/11/1914

Maeda nas Américas

Tomita, Maeda e Satake navegaram de Yokohama, em 16 de novembro de 1904, e chegaram a Nova York no dia 8 de dezembro de 1904.Quando Maeda deixou o Japão, o Judô era ainda conhecido como “Kano Ju-Jutsu ou ainda, mais genericamente apenas “Ju-Jutsu”.
Kigashi, o co-autor de “Kano Ju-Jutsu”, escreveu o prólogo:
“alguma confusão surgiu com o emprego do termo “judo”. Para esclarecer, vou declarar que judo é o termo selecionado pelo Professor Kano para descrever seu sistema mais precisamente que Ju-Jutsu. Professor Kano é um dos líderes da educação no Japão. E é natural que ele deva velar pela palavra técnica que mais precisamente descreva seu sistema. Mas os japoneses geralmente ainda chamam pela popular nomeclatura Ju-Jutsu”.
Nos EUA ele e seu professor Tsunejiro Tomita fizeram várias demonstrações de judô, e ao contrário do que dizem, Maeda não se encontrou com o presidente Roosevelt na Casa Branca (na verdade, quem foi instrutor de judô de Roosevelt foi o lendário mestre Yoshitsugo Yamashita) Os registros da época mencionam apenas que o Consul Uchida, acompanhado de Tomita e Maeda, foram a West-Point para dar uma palestra e fazer uma exibição. Em 21 de fevereiro de 1905, eles deram uma demonstração de Judô na Academia Militar dos Estados Unidos, em West Point. Tomita e Maeda realizaram o Nage-no-Kata, Koshiki-no-Kata, Ju-no-Kata, entre outros.
Tomita e Maeda demonstraram os movimentos do Judô, formalmente (wazas e katas), ou seja não fizeram uma luta ou treino livre (randori). Naturalmente, Tomita sendo menor e mais idoso, foi ele o Tori (quem aplicava os golpes) e Maeda o Uke (quem os recebia). Os militares americanos viam sem entusiasmo e, provavelmente, com desconfiança. Pediram então que aplicassem aquilo com eles... Maeda derrubou um cadete e o finalizou com facilidade.
Tomita foi desafiado por um cadete americano, um gigante jogador de futebol americano...
Tomita aceitou o desafio e parece ter falhado na aplicação do tomoe-nague, quando o gigante musculoso lançou-se sobre ele, Tomita calculou mal e o gigante americano ficou por cima, sem que Tomita saísse, por um tempo.
O incidente foi interpretado como uma grande derrota, e dizem alguns que foi o que inspirou Maeda a passar a lutar desafios. Mas a prática de japoneses desafiando lutadores orientais já era corrente, é possível que Maeda teria ido para o Ocidente já de olho nisso.
Depois disso ele deu aulas de judô na Universidade de Princeton em Nova York, mas aí ele começou a aceitar desafios de lutadores de outros estilos (boxe, wrestling e etc). O Kodokan passou a não tolerar mais a participação de desafios, bem mais tarde, só depois da década de 1920, quando começara um esforço para transformar o Judô em esporte olímpico. Naquela época, o Kodokan queria mais era provar que o Judô era superior às formas de luta ocidental.
Quanto a Theodore Roosevelt, este foi discípulo de outro japonês da elite do Kodokan, Yoshitsugo Yamashita.
Em Nova York Maeda participou de várias lutas de vale-tudo para ganhar dinheiro. Na primeira, diante de um westler 20 centímetros maior e que gostava de ser chamado pela alcunha de "O menino açougueiro", Maeda derrubou o oponente várias vezes antes de finalizar na chave de braço. Três lutas e três vitórias depois, uma delas diante do então campeão mundial dos pesos pesados de boxe, Jack Johnson, Maeda iniciava a tradição que seria seguida no Brasil por Helio Gracie e seus discípulos em derrotar adversários muito mais altos e mais fortes. Os Estados Unidos já estavam pequenos demais para ele. Durante o período em que Maeda permaneceu em Nova York, conheceu um empressário de nome H. Martins, que imprecionado com a facilidade em que Maeda vencia seus adverssários e antevendo lucros fabulosos, com a concordância de Maeda, Martins publicou no New York Times um desafio com letras garrafais.

New Yok Times

"Pocura-se adverssários para Maeda, vinte dólares para quem vencê-lo."

Em 8 de fevereiro de 1907, Maeda e Satake chegaram em Liverpool, Inglaterra. Lá, juntaram-se com Akitaro Ono, que tinha ido a Londres para brigar pelo salão de música de Londres com o promotor William Bankier. Akitaro usaria o local para exposições.

No Reino Unido, Maeda teria vencido mais 13 lutas e em seguida foi para a Bélgica, onde fez mais uma vítima. Em Março de 1908, Maeda venceu Henry Irslinger, e a revista inglesa Saúde & Força descreveu a vitória como "um dos melhores duelos realizados na Inglaterra em muitos anos.".
Maeda também parece ter feito algumas lutas na Escócia, durante o mês de setembro de 1908, mas não se sabe ao certo se ele esteve lá, porque vários japoneses foram dar demonstrações de Judô e Sumo no norte europeu . Durante novembro de 1908, Maeda foi para Paris, França, aparentemente para ver o seu amigo Akitaro Ono.
De Paris, ele foi para Havana, Cuba, chegando lá em 14 de dezembro de 1908. Lá, muito antes de Fidel Castro sonhar em assumir o poder, quem mandava era Maeda. Foram ao todo 15 vitórias, em 23 de junho de 1909, Maeda deixou Havana e viajou para Cidade do México. Sua estréia na Cidade do México teve lugar no Teatro Virgínia Fabregas, em 14 de julho de 1909. Esse show foi uma demonstração privada para alguns cadetes militares.





KENDO VS ESGRIMA

A foto acima estava em poder do governo japonês, nela Maeda se encontra em um desafio ou treino de kendô vs esgrima ocidental, provavelmente foi tirada na Alemanha, não se sabe a data correta, isso mostra masi uma vez para aqueles que insistem em dizer que Kano criou um simples esporte, não é verdade, o judô de Kano era uma arte marcial completa, existia muita influência de vários estilos no judô, no texto abaixo o próprio Kano escreve sobre seu enbteresse de unir o seu judô ao kendô.

No Judô, de nível básico o propósito de treinamento é aprender a defesa contra ataques. Nesse nivel, a maior parte do treinamento é feita com as mãos livres, mas armas são usadas algumas vezes para o treinamento com kata. Entretanto, eu descobri que, no treinamento der Judô para crianças pequenas, o uso de espadas de borracha ou tecidos no lugar das espadas é necessário desde o início para ensinar o kata, para que elas aprendam a golpear ou empurrar umas as outras e a se defender desses golpes. isso quer dizer que eu gostaria de incorporar, no treinamento do Judô, alguns dos katas que eram ensinados antigamente no Kendô.
Portanto, convém incluir no Judô lanças, naginatas e outras armas usadas na defesa contra ataques. Espadas e bastões, entretanto, são na maioria das vezes armas muito boas e úteis, e o Kendõ, por ser um dos elementos essenciais do Judô, deve ser incluido de alguma maneira. é necessário não apenas como kata, mas também para competições. no futuro, acredito que o Judô incorporará algo do Kendô atual no treinamento normalmas, como se encontra agora, no meu ver ele é muito pouco satisfatória. As espadas já não são taão úteis como eram consideradas no passado. em comparação, com o que se aprende no Judô, não existe uma situação que a espada traga vantagem, exeto quando o praticante desembainha uma espada e fica e fica em postura defensiva. Sem o conhecimento do Judô, mesmo as pessoas que fazem uso de espadas serão incapazes de ultiliza-las com grande habilidade ou confiança. ao contrário, os praticantes de kendô por fim reconhecem a necessidade de aprender também o Judô. Portanto, acho que o Kendô atual deve ser integrados.
é claro que existe uma grande oposição a essa idéia, e por isso é difícil colocá-la em prática imediatamente. Entretanto, tudo leva nessa direção e, com o passar do tempo, inevitavelmente haverá uma distinção entre o que consideram as espadas importantes e os que não lhe dão importância nenhuma.
No futuro, os praticantes de luta, como o boxe, se esforsarão tanto quanto os praticantes de Judô. Acho que também será útila ao ao sumô e ao savate que façam algum estudo sobre o Judô. Mas o método, naturalmente, é diferente, pois alguns praticam apenas como propósito de luta ou para educação física. Quando a prática tem o objetivo de educação física, ela já se encontra em um nível intermediário.

JIGORO KANO

(Maeda ao lado de espadachins ocidentais.)







. É importante ressaltar que estas são apenas as lutas oficiais. Não estamos falando de desafios feitos no meio da rua. Se contados lutas, só em Cuba foram mais de 400... Pouco tempo depois, Maeda começou a aparecer no Teatro Principal do México.
Em Janeiro de 1910, Maeda participou de um torneio na Cidade do México. Durante as semifinais, Maeda lutou com Hjalmar Lundin.
Em julho de 1910, Maeda retornou a Cuba, onde ele tentou organizar lutas contra Frank Gotch e Jack Johnson. Evidentemente, os americanos ignoraram-lo, já que Maeda não tinha dinheiro suficiente para desafiá-los.
Em 23 de agosto de 1910, Maeda lutou contra Jack Connell em Havana. O resultado foi um empate.Há de se resgistrar que, na época , no Japão, severas críticas eram dirigidas por um grupo do Kodokan a Maeda, argumentando que ele sujara o nome do budô japonês, fazendo do judô um instrumento de exibição e espetáculo.
Mitsuyo Maeda assim se pronunciou sobre o caso :
“ Exibição ou espetáculo, não quer dizer que eu tenha vendido ou disvirtuado o espírito do judô japonês, pois há a necessidade de difundi-lo pelo mundo, pois, se ficar restrito entre nós, japoneses, aí sim é que o espírito do judô estaria sendo avitado, ficaria restrito , fossilizado, e isso só é próprio de mentes tacanhas e retrógadas . É, portanto, de extrema importância transmitir a força e a beleza do nosso povo, do país, o espírito de paz através do judô.”









(foto, Satake)
Durante 1911, Maeda e Satake, em Cuba, foram, acompanhados por Akitaro Ono e Ito Tokugoro, tidos como “Os Quatro Reis de Cuba”. Orgulhosos com a reputação que estavam trazendo para o Judô e o Japão, seus feitos foram reconhecidos, e em 8 de janeiro de 1912, a Kodokan promoveu Maeda ao quinto Dan da Faixa Preta.
Em 1913, Ito Tokugoro permaneceu em Cuba, enquanto Maeda e Satake foram para El Salvador, Costa Rica, Honduras, Panamá, Colômbia, Equador e Peru.
Em El Salvador, o presidente foi assassinado enquanto Maeda estava lá, e no Panamá ele se deslocou para o sul.
No Peru se reuniram a Laku, um japonês que ensinava Ju-Jutsu aos militares. Laku os convidou a participar das aulas.
Eles foram, então, ao Chile conhecer o Sensei Okura, e posteriormente a Argentina, onde encontraram Shimitsu.
Maeda, Satake, Laku, Okura e Shimitsu partiriam, então, da Argentina para o Brasil, onde chegariam em 14 de novembro de 1914.


Depois de muito viajar pelo mundo, Mitsuyo Maeda desembarcou no Brasil, mais especificamente em Santos. Pouco ficou nada na cidade do litoral paulista, indo se fixar em Belém, começava então a sua jornada no Brasil...














A chegada ao Brasil
O TEMPO – 08 DE JANEIRO DE 1916
'Seguem hoje pelo paquete vapor Antony, a troupe de lutadores de jiu-jitsu: Conde Koma, Okura e Schimitsu. Laku e Satake continuam administrando aulas de jiu-jitsu em Manaus a quem possa interessar A troupe segue com destino a Liverpool."

Maeda, Satake, Luke, Okura e Shimitsu (foto) chegaram ao Brasil pela cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, em 14 de novembro. Foi na própria Porto Alegre que fizeram, então, sua primeira exposição de Judô. Existe uma controvérsia sobre a chegada de Maeda no país, alguns autores adotam datas diferentes para a sua chegada, como Calleja (1979) que cita final da década de 20 e início da de 30, Virgílio, (1986), início da década de 20, Soares (1977), determina 22, junto com Hunger et al. (1995), entre outros autores, recentemente, porém, em artigo na revista Judô, Rildo Eros, relata a chegada do Conde Koma, através da cópia do passaporte de Maeda cedido por Gotta Tsutsumi (Presidente da Associação Paramazônica Nipako de Belém, revela que sua chegada ao Brasil teria sido em Porto Alegre no dia 14 de novembro de 1914, teria ganho o apelido de Conde Koma devido a sua elegância e semblante sempre triste., o nome poderia ser uma alusão ao Komaru, que em japonês significa "incomodado" . Maeda, certa vez, afirmou a um jornal europeu: "Um influente cidadão espanhol, impressionado com as minhas vitórias, postura e comportamento, [...] me deu esse título, que em breve espalhados por toda parte em detrimento do meu nome verdadeiro [...]”.
Maeda gostava do nome, e começou a usá-lo para promover a sua arte, posteriormente.

No Brasil ele teria percorrido o caminho de Porto Alegre onde teria se exibido pela primeira vez, seguindo depois para o Rio de Janeiro, São Paulo , Salvador, Recife, São Luiz, Belém (outubro de 1915) e finalmente em Manaus, no dia 18 de dezembro do mesmo ano. "A primeira apresentação do Grupo Japonês em Manaus, intermediado pelo empresário Otávio Pires Júnior, foi em 20 de dezembro de 1915, no teatro Politheama", sendo apresentadas técnicas de torções, defesas de agarrões, chaves de articulações, demonstração de armas japonesas e desafio ao público. Hunger et. al. (1995), coloca que Maeda teria também oferecida seus serviços para "a Academia Militar e o Exército, os quais incorporaram a prática do Judô no treinamento dos Militares".
Antes de entrar no Brasil por Porto Alegre, Maeda e Satake teriam passado pela Guatemala, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Equador e Peru, onde o terceiro japonês Laku teria se juntado a trupe,no Chile Maeda incorporou Okura e na seguência Shimitsu completou a troupe na Argentina.No dia 14 de novembro de 1914, depois de passar pelo Uruguai, a troupe japonesa chegou ao Brasil, por Porto Alegre, passando por diversos estados até chegar em Manaus, no dia 18 de dezembro de 1915.


Na ocasião da primeira apresentação em Belém, o jornal da cidade “O Tempo”, anunciou o evento, afirmando que “Conde Koma” iria mostrar as principais técnicas do Jiu-Jitsu. Maeda também demonstrou técnicas de auto-defesa. Depois disso, o elenco começou a aceitar desafios da multidão, e a pedido de todos, houve uma luta sensacional de Jiu-Jitsu entre Shimitsu, campeão da Argentina, e Laku, militar peruano e professor.
Em 22 de dezembro de 1915, de acordo com o jornal “O Tempo”, Maeda enfrentou Satake, numa sensacional luta também. No mesmo dia, Nagib Assef, um greco-romana campeão australiano de origem turca, desafiou Maeda, que não quis lutar na ocasião.
Em 24 de dezembro de 1915, Maeda derrotava em segundos o pugilista Barbadiano Adolpho Corbiniano, que se tornou um dos seus discípulos.




Jornal O Tempo de 1915 noticiando a chegada de Maeda

Troupe japonesa

“Chega hoje, a bordo do paquete “Pará”, a toupe de lutadores japoneses de “jiu-jitsu”, que vem fazer as delícias dos freqüentadores dos popularíssimos do Theatro Politheama.
Essa troupe que é chefiada pelo Conde Koma, campeão mundial de “Jiu-jitsu”, desembarcará em trajes orientais, percorrendo as ruas em automóveis.
Os espetáculos a serem realizados pela troupe são em números pequenos, porquanto tem ela de, em breve, realizar outros contatos.
Como se vê, a empresa C. Oliveira não perde a ocasião para facilitar ao público amazonense diversões várias e ótimas.
A estréia da troupe dar-se á segunda-feira , 20 do corrente."

O Tempo 18/12/1915

"Desta afamada troupe fazem parte: Satake campeão de New York, Okura campeão do Chile, Shimitsu campeão da Argentina e Laku, ex-professor militar do Peru.A estréia da troupe dar-se-á segunda-feira dia 20 do corrente. ”

O Tempo 20/12/1915

"empougante estréia da afamada troupe de lutadores japoneses dirigida pelo Conde Koma, campeão mundial de jiu-jitsu.

Programação:

1 Apresentação da troupe.
2 Demonstração dos principais golpes de jiu-jitsu com discriminação dos golpes proibidos pelo Conde Koma.
3 Defesa pessoal executada pelo Conde Koma e Okura:Nessa parte, o Conde koma defender-se pelo jiu-jitsu dos dos seguintes e perigosos ataques: Agressão a soco, a faca, a pau. Estrangulamento; prisão de mãos, colhido pela cintura, agressão dos apaches: ataque a boxe; surpreendido pela retaguarda e diversas agressões a faca.
4 Desafio da troupe a qualquer lutador que queira lutar.
5 Primeiro e sensacional mach de jiu-jitsu entre Shimitsi (campeão argentino) e Laku, ex professor militar no Peru."



No Brasil Maeda teria percorrido o caminho de Porto Alegre onde teria se exibido pela primeira vez, seguindo depois para o Rio de Janeiro, São Paulo , Salvador, Recife, São Luiz, Belém (outubro de 1915) e finalmente em Manaus, no dia 18 de dezembro do mesmo ano. "A primeira apresentação do Grupo Japonês em Manaus, intermediado pelo empresário Otávio Pires Júnior, foi em 20 de dezembro de 1915, no teatro Politheama", sendo apresentadas técnicas de torções, defesas de agarrões, chaves de articulações, demonstração de armas japonesas e desafio ao público.

Correio da Manhã

23/12/1915

"Grande luta entre Conde Koma versus lutador de boxe barbadiano Adolpho Corbiniano."

24/12/1915

"Conde Koma derrota boxeador em segundos, mostrando suas habilidadse no jogo nipônico.O derrotado agora se torna discípulo do grande mestre."

Em 3 de janeiro de 1916, no Theatro Politheama, Maeda finalmente lutou contra Nagib Assef, que foi jogado por Conde Koma, para fora do palco.
Em 8 de janeiro de 1916, Maeda, Okura e Shimitsu embarcaram o SS Antony, que partiu para Liverpool. Ito Tokugoro foi para Los Angeles. Satake e Laku foram prá Manaus, onde ensinariam Judô. Após 15 anos juntos, Maeda e Satake tinham finalmente se separados.
O Sensei Ito Tokugoro chegou algum tempo depois.
Desta última viagem, pouco se sabe. Maeda passou da Inglaterra para Portugal, depois foi para Espanha e, em seguida, para França, voltando para o Brasil em 1917 sozinho.
De volta ao Brasil, Maeda fixou-se em Belém do Pará, onde casou-se com May Iris. Logo depois adotou Celeste e Clívia, suas únicas filhas.




(Maeda e um grupo de alunos no Brasil)


Quando Maeda, Satake e sua troupe de lutadores japoneses chegaram ao Brasil em 1914, todos os jornais anunciaram “jiu-jitsu” apesar dos dois serem judocas do Kodokan.
O governo japonês não se pronunciou sobre tal distinção até 1925 quando estabeleceu que o nome correto da luta a ser ensinada nas escolas públicas no Japão deveria ser “Judô” e não “Ju-jutsu”. No Brasil, a arte ainda é chamada de Jiu-jitsu. Quando os Gracies foram aos Estados Unidos divulgar sua arte, o sistema ficou conhecido como “Brazilian Jiu-Jitsu” ou “Gracie Jiu-Jitsu”.
JUDOCAS AINDA ERAM CHAMADOS DE JUJUTSUKAS
CARTA DO Theodore Roosevelt
Querida Kermit:
“…Eu continuo treinando Boxe com Grant, que agora se torna o campeão dos pesos médios de Wrestling dos Estados Unidos. Ontem à tarde, nós encontramos o professor Yamashita (Yamashita era o instrutor de Judô de Roosevelt antes de Maeda e Tomita chegarem aos EUA) para lutar com Grant. Foi muito interessante, mas claro ju -jutsu e o nosso wrestling estão tão distantes um do outro, que é difícil fazer qualquer comparação entre eles. Wrestling é somente um esporte com regras tão convencional quanto aquelas do Tênis, enquanto o ju jutsu realmente significa na prática de matar ou inutilizar nosso adversário. Em conseqüência, Grant não sabia o que fazer a não ser colocar Yamashita de costas, e Yamashita ficou confortável nesta posição. Em menos de um minuto, Yamashita tinha estrangulado Grant e dentro de mais um minuto mais ele o pegou em uma chave de braço que poderia ter quebrado o mesmo; então não houve dúvidas quanto à quem venceu. Então ficou claro que um homem do ju-jutsu pode bater um wrestler comum, Mas Grant no wrestling e nas quedas era tão bom quanto o japonês, e era tão forte que evidentemente machuca e preocupa os japoneses. Com um pouco de prática na arte, tenho certeza que um de nossos wrestlers ou boxers pode, simplesmente dada a sua força superior e resistência ,estar apto a matar qualquer japonês, que são excelentes lutadores para seus tamanhos e pesos, apesar de muito pequenos para manter vitórias contra adversários maiores, mais fortes, rápidos e bem treinados.
Theodore Roosevelt (1858-1919)
(Theodore Roosevelt's Letters to His Children. 1919. NEW YORK: CHARLES SCRIBNER'S SONS, 1919 NEW YORK: BARTLEBY.COM, 1999)

(Maeda e familia)



Em 1921, Maeda fundou sua primeira academia Judô no Brasil. Era chamado Clube Remo, e sua construção foi num galpão de 4m x 4m. Mais tarde, a escola foi transferida para a sede do Corpo de Bombeiros, e depois para a sede da Igreja de Nossa Senhora de Aparecida.
Desde 1991, a Academia era situada no SESI, e dirigida pelo Sensei Alfredo Mendes Coimbra, da terceira geração de descendentes do Conde Koma.
Em 18 de setembro de 1921, Maeda, Satake, e Okura foram brevemente a Nova York. Eles estavam a bordo do navio a vapor Polycarp Booth Line.
Depois de deixar Nova York, os três homens foram para as Caribe, onde permaneceram de setembro a dezembro de 1921. Em algum ponto nesta viagem, Maeda foi acompanhado por sua esposa.
Já em Havana, Satake e Maeda participaram de alguns torneios. Seus adversários incluíram Paul Alvarez, que lutou como “Español Icognito”. Alvarez derrotou Satake e Yako Okura, antes de ser espancado pelo próprio Maeda. Maeda também derrotou um boxeador cubano chamado Jose Ibarra, e um lutador francês chamado Fournier.

Em 1925 Maeda se envolveu na ajuda a imigrantes japoneses perto de Tomé-Açu.
Maeda continuou também a ensinar Judô , agora principalmente para os filhos dos imigrantes japoneses.
Consequentemente, em 1929, o Kodokan lhe promoveu a sexto Dan. E em 27 de novembro de 1941, ao sétimo Dan (póstumo). Mas Maeda nunca soube desta promoção, porque faleceu em Belém, em 28 de novembro de 1941. A causa da morte foi doença renal.
Em Maio de 1956, um memorial para Maeda foi erguido em Hirosaki, Japão. A dedicada cerimônia contou com a presença de Risei Kano e Kaichiro Samura.
Sabe-se que Satake viveu em Manaus até 1948.
Em 6 de outubro de 1945, Satake fez a última apresentação, tendo como coadjuvante o seu aluno Vinícius Ruas da Silva, encontrava-se com 66 anos de idade. Em 1948, partiu para Cordoba, na Argentina, terminou assim a tragetória desse gigante do judô.


Conde Koma e o “Brasilian Jiu-jitsu”


Mitsuyo Maeda , conhecido como Conde Koma, foi um grande mestre de judô. Depois de percorrer vários países divulgando o judô, chegou ao Brasil em 1914 e fixou residência em Belém do Pará, existindo até hoje nessa cidade a Academia Conde Koma. Um ano depois, conheceu Gastão Gracie. Gastão era pai de oito filhos, sendo cinco homens, tornou-se entusiasta do Judô e levou seu filho Carlos Gracie para aprender a luta japonesa. Maeda conheceu Gastão devido a um desafio a um lutador do American Circus, Alfredi Leconte, o Hércules do circo, depois disso Maeda e Gastão ficaram muito amigos.
Pequeno e frágil por natureza, Carlos encontrou no “jiu-jitsu” o meio de realização pessoal que lhe faltava, descontando intervalos provocados pelas viagens do japonês, as aulas com Maeda duraram quase três anos, as aulas eram dadas em uma academia que Maeda abriu em 1916,nos salões do Cine Teatro Moderno, localizado ao lado da Igreja de Nazaré, hoje uma praça, as aulas eram amplamente divulgadas nos ornais para quem quisesse aprender pagando.O primeiro aluno de Maeda foi o estivador Jacinto Ferro, ex-lutador de greco-romana, Jacinto foi instrutor de Maeda e ajudou a dar aulas para o Carlos Gracie.
Satake também abriu uma academia em 1916,em Manaus, o Luís França que formou o mestre Fadda, que foi o grande responssável pela divulgação do Brazilian Jiu-jitsu nos subúrbios do Rio de Janeiro, foi aluno de Satake e teve aulas com Maeda também.
Outro iniciado no caminho suave por Satake foi Vinícius Ruas, tio do lutador Marcos Ruas, Vinicius é sétimo dan de judô e exerce cargo na Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro.Em 06 de outubro de 1945, Satake fez sua última apresentação de judô, tendo como coadjuvante o seu aluno Vinícius Ruas, Satake estava com sessenta e seis anos de idade, em 1948, partiu para Cordoba, na Argentina.
Laku, outro japonês da troupe, também deu aulas de judô no Clube do Banco do Brasil e depois na sede do Nacional Futebol até o início da guerra em 1940, depois disso foi embora para o Peru. Shimitsu e Okura ficaram dando aulas na academia de Maeda, em Belém até 1920, em seguida retornaram para o Japão.Depois do fim do ciclo da borracha, Maeda voltou ao Japão onde recebeu o sexto dan das mãos do mestre Jigoro Kano, em 1924 Maeda volta ao Brasil, em Belém começa a ensinar judô para as crianças.

Um discípulo de sobrenome Gracie

Com dezenove anos de idade,Carlos Gracie transferiu-se para o Rio de Janeiro com a família, sendo professor dessa arte marcial e lutador. Viajou por outros estados brasileiros, ministrando aulas e vencendo adversários mais fortes fisicamente.Durante o tempo em que ficaram juntos, o japonês ensinou ao irmão de Helio Gracie os princípios fundamentais do Judô ou Kano Ju-jutsu como era chamado naquela época, como o de utilizar a força do oponente como arma para a vitória, bem como técnicas eficientes para vencer em lutas de vale-tudo. Seu método de luta principal era usar chutes baixos e cotoveladas para se aproximar do adversário antes de levá-lo para o chão. Nos treinamentos, botou em prática o “randori”, treino livre que havia sido ensinado por Jigoro Kano em suas aulas.
Anos depois, em 1925, Carlos Gracie abriu sua própria academia de “Jiu-Jitsu”. Para os seus alunos, passou ensinamentos e métodos desenvolvidos por ele próprio através dos anos. Enquanto isso, Maeda seguiu viajando pelo Brasil e pelo mundo.
No Rio de Janeiro e abrindo a primeira Academia Gracie de Jiu-jitsu, convidou seus irmãos Osvaldo e Gastão para assessorá-lo e assumiu a criação dos menores George, com quatorze anos, e Hélio Gracie, com doze. A partir daí, Carlos transmitiu seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à condição física franzina, característica de sua família.
Nessa época o judô começava a ser introduzido em quase todas as nações civilizadas do mundo, todavia, no ocidente o termo Ju-jutsu ainda era empregado, embora o nome Jigoro Kano fosse citado. Este fato técnico afetava o modo de se usar os termos "judô" e "Jiu-jitsu", naturalmente. O que Jigoro Kano promovia no Kodokan era percebido por todos como sendo Ju-jutsu, e o termo "Ju-jutsu" era aplicado à prática do Kodokan. Muitos textos inclusive,chamavam aquela prática de "Kano Ju-jutsu".
Jigor Kano e seus alunos, entre 1890 e 1904, usavam muito o termo "Ju-jutsu" para a prática do Kodokan. Tudo era uma questão de ênfase e de contexto. Preferiram "Judô", somente quando queriam falar da parte filosófica e educativa. Mas usavam "Ju-jutsu', quando falavam da parte puramente técnico-combativa.
O governo japonês não se pronunciou sobre tal distinção até 1925 quando estabeleceu que o nome correto da luta a ser ensinada nas escolas públicas no Japão deveria ser “Judô” e não “Ju-jutsu”. No Brasil, a arte ainda é conhecida como “Jiu-jitsu”.
Nessa mesma época era aberta a primeira academia Gracie de “Jiu-jitsu” no Brasil.
Foi só nos anos 40 que os praticantes do Brasil e em outros países começaram a usar o termo "Judô" de modo definitivo. Os Gracie, que resistiram a todas estas tendências, preservaram o termo dos tempos de Maeda, ou seja,"Ju-jutsu” . No Brasil, temos o hábito de fazer referência "ao" Ju-jutsu, como se fosse um único sistema de luta.
Segundo pesquisadores, não se trata de um sistema, mas de diversos sistemas de luta herdados do Japão Feudal. Justamente pelo Japão da época estar dividido em feudos, cada qual com suas atividades militares particulares, havia uma pluralidade de sistemas.
O Ju-jutsu seria, então, conforme estudos, o termo geral para qualquer tipo de sistema de treinamento técnico para o combate desarmado, ou com armamento mínimo. Assim, também encontraremos diversos sistemas e escolas de Ju-jutsu.
Ryu pode querer dizer escola ou sistema. Vale pelos dois, pois cada escola tem o seu sistema. E, conforme já mencionado, haviam várias, porque o Japão era militarmente dividido em clãs (ou "feudos", daí que dizemos "Japão Feudal").

O que sabemos de fato é que, Maeda ensinou Judô a Carlos Gracie em virtude da afinidade com seu pai, Gastão Gracie. Carlos por sua vez ensinou a seus demais irmãos, em especial a Hélio Gracie. Neste ponto surgem duas teorias. A primeira alega que Maeda ensinou somente o judô de Jigoro Kano a Carlos, e esse o repassou a Hélio, que era o mais franzino dos Gracie, adaptando-o com grande enfoque no Ne-waza - técnicas de solo do judô, ponto central do Gracie jiu-jitsu ou brasilian jiu-jitsu.
Para compensar seu biotipo, a partir dos ensinamentos de Carlos, Hélio aprimorou a parte de solo pelo uso do dispositivo de alavanca, dando-lhe a força extra que o mesmo não dispunha. A segunda teoria, apoiada pelos Gracies, fala que Maeda era, também, exímio praticante de Ju-jutsu tradicional e foi essa a arte que ensinou aos brasileiros. Porém, em uma recente entrevista, Hélio Gracie afirma que "Carlos lutava judô’, veja a entrevista http://www.youtube.com/watch?v=BG309oqVLb4

Nenhuma das terorias dos Gracies são verdadeiras devido a fatos, a primeira era que para praticar judô o estudante teria que usar muita força, como hélio era franzino, teria desenvolvidos "alavancas' que revolucionaram as artes marcias, Hélio também teria aprendido o "jiu-jitsu' de seu irmão Carlos apenas olhando, no livro da Reila Gracie ela conta que hélio aprendeu "jiu-jitsu" treinando com os irmão...vaja parte do livro "Cralos Gracie", em que relata que Hélio teria aprendido a lutar com a ajuda dos irmão :

"O jiu-jitsu é uma luta que exige condicionamento dos reflexos, e, por mais genial e talentoso que fosse, para conhecer verdadeiramente a técnica, Hélio teria que praticar os movimentos com alguém."

'Como não freqüentava mais a escola, tinha todo tempo do mundo para ficar na academia. Começou a ter aulas com Gastão e praticar nos treinos com George e os outros alunos."

Numa entrevista de Carlos ao jornalista José Geraldo, em 1958, ele comentou sobre a época da iniciação de Hélio e George : “ Todo tempo disponível eu dedicava a o estilo de George, que se tornou um digno discípulo.Hélio também progredia muito.”

Sobre a teoria da "alavanca", em que judocas usavam muita força e o Hélio franzino teria criado alavancas que revolucionaram o ne-waza, se observár-mos as fitas do Kosen judo, nela existem dois velhos fazendo movimentos de guarda Delariva, Muito antes do próprio DeLariva, esses dois velhos japoneses são antigos como a criação do mundo, demonstrando a mesma técnica nestas fitas e fazendo raspagens d onde você pega a chave de bíceps, com seu queixo sobre a barriga dele, rola o oponente para finalizar na chave de bíceps de cima. Inacreditável!!!! Eles faziam tudo isso com toda suavidade e técnica de um Roger Gracie da vida, lembre-se que os caras pareciam velhos, então todo o lixo dito sobre judocas usando muita força é jogado por terra...
Sabemos também que Maeda não graduou Carlos Gracie, até onde podemos saber Maeda só teria graduado um tal Donato Pires, o mesmo teria estudado junto de Carlos Gracie...
Em 1920 Carlos encontra com um conhecido no Rio de Janeiro, o tal Donato Pires, também aluno do Conde Koma, Donato também foi aluno de Maeda no Pará.Donato fora nomeado nstrutor da polícia especial de Belo Horizonte, trabalharam juntos por três meses, depois saiu uma nomeação que o Donato estava a espera, aí Carlos assumiu a chefia por dois anos, algum tempo depois Donato e Carlos teriam se desentendido, segue parte da entrevista de Donato a um jornal da época :

(...)no Brasil, a não ser eu, que exibi ao prezado jornalista o meu diploma devidamente autentificado, mas ninguém existe que possa, verdadeiramente, provar que é formado pelo Conde Koma. Os lutadores de jiu-jitsu que temos não merece nem ser considerados de segunda classe, sobre o
Gracie ? perguntou-lhe o jornalista-é um esforçado e nada mais. Seus conhecimentos são rudimentáres, não tendo em nehum momento conseguido impô-lo aos adversário.(...) Me surpreende"-continuou-"a facilidade com que pessoas sem escrúpulo se dizem formadas pelo Conde Koma"

Sobre Carlos e Hélio Gracie

Maeda não graduou nenhum deles, no começo eles usavam faixas azuis...para não se confundir com o Judô, não havia graduações de faixa. O aluno era faixa branca, o instrutor faixa azul escuro e o mestre, azul clara.Hélio e Carlos usavam faixas azul clara, só depois de um tempo é que Hélio e Carlos começaram a usar faixas superiores... em 1967, foi fundada a Federação de Jiu-Jitsu do Brasil. Foram regulamentadas as ordens das faixas de graduação: branca, azul, roxa, marrom e preta. As faixas amarela, laranja e verde, só eram concedidas para crianças.

Sobre a segunda teoria Gracie de que Maeda teria ensinado somente jujutsu tradicional também não se basea em fatos, no livro de Renzo/Royler que é co-escrito pelo faixa-preta de Jiu-Jitsu e professor de filosofia da Columbia Universidade em Nova Yok, John Donaher, o outor escreve:

"...Enfim, tudo isso deixa a dúvida lutador de "Judô" ou de "Jiu-Jitsu" para uma simples questão de terminologia, visto que à época, não havia quase diferença, e o Judô havia sido criado muito recentemente do Jiu-Jitsu. Me parece fora de contexto discutir se Maeda era de um estilo ou de outro um século depois, quando as modalidades têm regras totalmente distintas. E se é para escolher um estilo (acho desnecessário, porém), a opção mais racional é mesmo o Jiu-Jitsu, pelo simples fato de respeitar a vontade de Maeda."

Será verdade ou é mais uma maneira de manipular para dar afirmação a mantiras contadas no passado, vamos lá...

1 )Por que raios os "JUDOKAS PIONEIROS" não falavam que ensinavam Judô, diziam que ensinavam Jiu Jitsu ? Somente depois adotaram o nome Judô.

Simples.
Quando Maeda deixou o Japão, o Judô era ainda conhecido como “Kano Ju-Jutsu ou ainda, mais genericamente apenas “Ju-Jutsu”.
Kigashi, o co-autor de “Kano Ju-Jutsu”, escreveu o prólogo:
“alguma confusão surgiu com o emprego do termo “judo”. Para esclarecer, vou declarar que judo é o termo selecionado pelo Professor Kano para descrever seu sistema mais precisamente que Ju-Jutsu. Professor Kano é um dos líderes da educação no Japão. E é natural que ele deva velar pela palavra técnica que mais precisamente descreva seu sistema. Mas os japoneses geralmente ainda chamam pela popular nomeclatura Ju-Jutsu”.


2 )E por que não diziam que ensinavam "KANO JUJUTSU" e afirmavam ensinar apenas Jiu Jitsu ?



Simples.
pelo mesmo "raio" da primeira pergunta..

Nessa época o judô começava a ser introduzido em quase todas as nações civilizadas do mundo, todavia, no ocidente o termo Ju-jutsu ainda era empregado, embora o nome Jigoro Kano fosse citado. Este fato técnico afetava o modo de se usar os termos "judô" e "Jiu-jitsu", naturalmente. O que Jigoro Kano promovia no Kodokan era percebido por todos como sendo Ju-jutsu, e o termo "Ju-jutsu" era aplicado à prática do Kodokan. Muitos textos inclusive,chamavam aquela prática de "Kano Ju-jutsu".
Jigor Kano e seus alunos, entre 1890 e 1904, usavam muito o termo "Ju-jutsu" para a prática do Kodokan. Tudo era uma questão de ênfase e de contexto.
Preferiram "Judô", somente quando queriam falar da parte filosófica e educativa. Mas usavam "Ju-jutsu', quando falavam da parte puramente técnico-combativa.
O governo japonês não se pronunciou sobre tal distinção até 1925 quando estabeleceu que o nome correto da luta a ser ensinada nas escolas públicas no Japão deveria ser “Judô” e não “Ju-jutsu. No Brasil, a arte ainda é conhecida como “Jiu-jitsu”.
a confusão é feita devido a falta de estudo ou falta de informação dos praticantes das duas artes...


3 )Se eles não praticaram JU JUTSU, por que divulgar algo que apenas tinham ouvido falar, se treinaram a vida toda JUDÔ ?

Simples, tem a ver com as duas primeiras perguntas, era uma questão de contexto, o judo é uma união de várias escolas de jujutsu e luta livre ocidental, era tido como jujutsu no começo, um ryu moderno, kano só realmente mudou o nome para judo para diferênciar sua escola das demais...



4 )Será que foram desonestos ensinando algo que não praticaram, o JIU JITSU ?


Foi só nos anos 40 que os praticantes do Brasil e em outros países começaram a usar o termo "Judô" de modo definitivo. Os Gracie, que resistiram a todas estas tendências, preservaram o termo dos tempos de Maeda, ou seja,"Ju-jutsu” . No Brasil, temos o hábito de fazer referência "ao" Ju-jutsu, como se fosse um único sistema de luta.
Segundo pesquisadores, não se trata de um sistema, mas de diversos sistemas de luta herdados do Japão Feudal. Justamente pelo Japão da época estar dividido em feudos, cada qual com suas atividades militares particulares, havia uma pluralidade de sistemas.
O Ju-jutsu seria, então, conforme estudos, o termo geral para qualquer tipo de sistema de treinamento técnico para o combate desarmado, ou com armamento mínimo. Assim, também encontraremos diversos sistemas e escolas de Ju-jutsu.
Ryu pode querer dizer escola ou sistema. Vale pelos dois, pois cada escola tem o seu sistema. E, conforme já mencionado, haviam várias, porque o Japão era militarmente dividido em clãs (ou "feudos", daí que dizemos "Japão Feudal").

está estampado na capa do jornal dos sports datada de 3 de julho de 1931, reproduzida à página 62 do livro "a capoeiragem no Rio de Janeiro, primeiro ensaio-Sinhozinho e Rudolf Hermanny de André Luiz Lacê Lopes da Editora Europa. Na fotografia que ilustra o encarte tem uma foto de Jigoro Kano de bigode preto, fardado e cheio de medalhas. À pág. 61 a íntegra da reportagem:
"O Sr. GRacie, acreditamos que por desconhecer as regras officiaes (sic), não interpretou fielmente o que elas ensinam, pois sua proposta está em desaccordo com o que determina o livro do professor Jigoro Kano, INSPETOR GERAL DAS ESCOLAS DE "JIU-JITSU" do Mikado, considerado a maior autoridade no assumpto(sic) em todo Japão."

Essa reportagem fala da recusa de Carlos Gracie de submeter-se à uma regra alegadamente emanada da "Instituição que controlava o "jiujitsu" no mundo", Kodokan de considerar vencedor quem tivesse as espáduas em contato com o solo por dois segundos, que teria sido exigência de adversários capoeiristas num desafio de Gracies vs lutadores avulsos no ano da graça de 1931. Quando Kimura, Kato e Yamaguchi estiveram no Brasil em 1951 os jornais noticiaram que os campeôes mundiais de "jiujitsu" estavam no Brasil. Antes da década de 50 você dificilmente encontra referência à palavra judô no Brasil. A partir daí vai aparecendo associada ao esporte.

Kimura em sua biografia, "My judô" fala de ter sido desafiado no Brasil por um professor de "judô" em 1951...quem sera esse professor de "judô" em 1951???

Kimura também responde : "Se fosse especialista somente em lutas de pé, provavelmente teria sofrido muito para derrotar Hélio Gracie, homemm que nunca desiste. Foi lá no Brasil, lutando contra Gracie, reconfirmei a importância da luta de chão"
Kimura, my judo 1969


Conde Koma lutava Ju-jutsu clássico ????

Será mesmo?
Ou é mais uma flácia contada para negar a origem de Maeda. Abaixo veremos alguns livros que podem provar a origem marcial de Conde Koma, que era o Kodokan.








O Sonho do Leão

Para aqueles que ainda duvidam da origem marcial de Conde koma, aí vai algumas boas biografias da vida desse nosso grande lutador.A primeira biografia de Mitsuyo Maeda (Conde Koma),é de autoria de Norio Koyama. O livro se chama (em tradução livre) "O Sonho do Leão" e ganhou o prêmio de melhor livro de não-ficção da revista japonesa SAPIO. O autor visitou os lugares em que Maeda esteve (USA, Brasil, Cuba, Espanha, Inglaterra e etc.), entrevistou os imigrantes que o conheceram, pesquisou seus documentos escolares, etc.Maeda nasceu em 1878 na província de Aomori (bem ao norte da ilha de Honshu) e não era de origem nobre como contam aqui no Brasil, tendo sido um estudante medíocre; ele chegou em Toquio com 17 para 18 anos (1894), onde iniciou seus treinos em artes marciais, sendo que o Kodokan possui o registro de sua matrícula desse mesmo ano.









O INVENCIVEL YONDAM DA HISTORIA
A segunda biografia é do brasileiro Sensei Stanlei virgilio, nela podemos descobrir um pouco da vida de Maeda no Brasil.
O Sensei Stanlei Virgilio, com mais de meio século de sua vida dedicada ao Judo, é autor de sete (07) excelentes livros sobre Judo ("Arte do Judo" - 1987, "A Arte e o Ensino do Judo" - 2000, "A Arte do Judo - Golpes Extra Gokio" - 1990, "Judo Defesa Pessoal" - 1994, "Mitsuyo Maeda - Conde Koma" - 2002, "História do Judo de Campinas" (1994) e "Personagens da História do Judo Brasileiro" - 2002) e um dos maiores conhecedores da filosofia, história, técnica e da arte do Judo.
Otávio Mitsuyo Maeda - O Conde Koma: Toda a história desta figura imortal do nosso Judo e da história da expansão e consolidação dessa nobre arte fora do Japão, narrada em 104 páginas. Este que foi o maior divulgador desta nossa arte nas Américas e na Europa. Mais de mil combates sem derrota; herói da imigração japonesa no norte do nosso país. Uma história absolutamente verídica, e que, por certo ficará gravada na memória do leitor.






The Toughest Man Who Ever Lived
"O homem mais durão que já existiu"

A terceira é uma versão em inglês, o livro fala sobre o pioneiro do Judô em países como Brasil e Reino Unido, entre outros. Maeda foi fundamental para o desenvolvimento do Jiu-Jitsu brasileiro através de seu ensino a Família Gracie. Ele era também um promotor da emigração japonesa ao Brasil. Maeda ganhou mais de 2000 lutas profissionais em sua carreira. Suas realizações levaram-no a ser chamado de "O homem mais durão que já existiu", e é referido como o pai do Jiu-Jitsu brasileiro e pró-MMA.





JUDO KYOHAN
A quarta é o livro de 1915, JUDO KYOHAN, uma obra clássica do Kodonan, o autor é Sakujiro Yokoyama, um dos maiores judocas de todos os tempos, também foi professor de Maeda quando este estava no Kodokan. No livro Maeda aparece em fotos demosntrando os benefícios físicos do treinamento de judô.








No livro Kodokan judô de Toshiro Daigo, fala sobre o diário de Maeda, nesse diário estariam as anotações dos combates de Maeda desde sua mocidade no Kodokan, um dos relatos mostra um combate de Maeda com Kano, o próprio Maeda descreve com suas palavras a maestria de Kano na aplicação do Uki-goshi, " The diary of Mitsuyo Maeda, 7tH dan, who died abroad in Brazil 1941, refers to Master Kano's Uki-goshi.
When I remember the feeling of being thown by Master Kano, I am overcome. Especially his uki-goshi, this technique was suprehuman feat. When you felt his hip touch you. It was just like the piont of a needle and you are already thorwn by then"











 JIUDÔ- Uma Arte de Cultura  Física e Japonesa, livraria escolar-PARÁ-BELÉM..
Livro escrito por Mitsuyo Maeda em 1935, no livro Maeda procura exclarecer dúvidas sobre o Judô de Jigoro Kano.









Por volat de 1931

Em 28 de novembro de 1941, passou para a posteridade Otávio Mitsuyo Maeda, o Conde Koma, o "heroi da Amazonia".

Folha da Tarde

"saudades da estrela gigante-Ele nos deixa aos 63 anos de idade..."

O Estado do Pará 29/11/1941

Faleceu ontem asprimeiras horas da manhã, em sua residência à vila bolonha, n 04, o conde koma, um dos mais destacados membros da colônia nipônica desse estado. O morto contava 63 anos de idade, nasceu na provincia de Aomori, no Japão em 18 de dezembro de 1878, tendo cursado a Universsidade waseda em Tóquio. Era casado com a senhora Mary Iris , deixando desse consócio uma filha apenas, a senhorita Celeste, acadêmica de medicina. foi o Conde Koma diretor da Companhia Nipônica de Plantações do Brasil, e membro do Conselho Fiscal da companhia Industrial Amazonense S/A. O seu enterramento realizou-se ontem as 16:oo horas , saindo féretro da casa enlutada para a necrópole de Santa Isabel com grande número de pessoas amigas, autoridades e destacados membros da colônia japonesa do Pará."

Foram portanto vinte e sete anos vividos no Brasil, nos quais desenvolveu também um intenso trabalho pela imigração japonesa no norte do país, mas cujos resultados infelizmente não corresponderam ao seu sonho que era dar melhores condições de vida aos seus patrícios e ver florescer na Amazônia a civilização japonesa.


fontes:
Conde Koma's Life Story
Conde Koma: o Invencível Yondan da História
Jiudo a arte de cultura phisica japonesa.
Arquivos pessoais.
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6 comentários:

Enfim um site que recomendo a todos os serios Judokas e Budokas do Brasil. Informações precisas sobre a verdadeira historia do Judo e do JU JUTSU. Parabens Elton.

Unknown | 22 de novembro de 2010 às 09:52 Reply |

Olá, eu gostaria de ter informação a respeito de onde Mitsuyo Maeda foi enterrado. Foi em Belém? Qual cemitério? Existe alguma lápide? Gostaria de bater foto para enviar a meu cunhado, ele é fã de jiu jitsu.
obrigada.

foi um grande mérito para o brasil receber e adotar esse mestre,que nos faz ser os melhores lutadores de jiu jitsu do mundo.(familia gracie)só temos a agradecer e homenagear a (carlos gracie- hélio gracie)

Excelente texto e pesquisa parabéns!

Anônimo | 31 de outubro de 2012 às 07:43 ¿Responder? |

Excelente o seu texto. Sei que o Conde Koma teve um discípulo de nome Jacinto Ferro. Você chegou a encontrar alguma coisa sobre ele?

Bom dia!Agora me sinto um verdadeiro judoca.Obrigado por trazer a verdade a luz.Raul é o meu nome.Resido em Campos, estado do Rio de Janeiro.