"A meta final do JUDÔ KODOKAN é o aperfeiçoamento do indivíduo por si mesmo, desenvolvendo um espírito que deve buscar a verdade através de esforço constante e da sua total abnegação, para contribuir na prosperidade e no bem estar da raça humana" "Nada sob o céu é mais importante que a educação. Os ensinamentos de uma pessoa virtuosa podem influênciar uma multidão; aquilo que foi bem aprendido por uma geração pode ser transmitidas a outras cem." Jigoro Kano

Judô Kansetsu-waza( luxação de cervical) do livro My Method of Judo 1955




O JUDO NA EUROPA

Na Grã-Bretanha, o judo foi introduzido por mestre Koizumi. Mas, até ao fim da segunda guerra mundial, não se desenvolveu muito, sendo apenas praticado por um restrito grupo de pessoas. Por várias vezes os judocas ingleses receberam a visita de mestres japoneses. Uma associação britânica, similar ao Kodokan e que tem o nome de Budokwai, passou a promover o judo neste país.

Em França, mau grado as visitas de Kano e outros especialistas nipónicos, o judo não teve êxito. Contudo em 1905, Guy de Montgaillard (apelidado Ré-Nié), abriu uma sala destinada ao ensino do ju-jutsu. Os seus reptos, sempre vitoriosos, endereçados aos boxeurs e lutadores, a par de uma boa propaganda, lançaram, na época, a moda de uma «misteriosa arte de lutar», de golpes tão secretos como formidáveis. Outro francês, mais aventureiro ainda e que vivera em Tóquio, o oficial de marinha Le Prieur, torna-se o primeiro cinto negro da França. Mas, apesar da visita de Ishiguro e o entusiasmo de alguns fanáticos, o judo não se consegue fixar em França.

Em 1935, um japonês, Mikonosuke Kawaishi, que vivia em Paris, principia a ensinar o judo segundo uma técnica pessoal. Um dos seus méritos foi assinalar os graus dos judocas com cintos de cores diferentes. Em seguida dividiu os golpes em grupos, cada técnica foi numerada, assim, uma projecção em que se desequilibra o adversário, varrendo-lhe a perna por detrás, é uma «projecção de pernas» e como esta era a primeira projecção ensinada por Kawaishi, chamou-lhe simplesmente «primeira de pernas».

E, assim, duas novidades racionais e psicológicas foram suficientes para popularizar o judo em França. Em 1943 quando teve de regressar ao Japão, Kawaishi formara já mais de 100 judocas. Quando do seu regresso a Paris em 1948, encontrou o judo francês em pleno progresso. Retomou de novo a sua direcção e difunde-o na Europa inteira. Embora inúmeras críticas fossem emitidas contra o seu método, Kawaishi deve ser considerado o verdadeiro fundador do judo europeu.

O judo espalha-se pelo mundo a pouco e pouco e alguns iniciados, disseminados por todos os países, trabalham na sua difusão. Alguns livros sobre o antigo ju-jutsu ou sobre o judo, constituíam a única fonte de informação destes professores improvisados.

Após a segunda guerra mundial, o público, ainda condicionado pela agressividade de tantos anos de hostilidade, sentia inconscientemente a necessidade de se defender. Sem o saberem, foi este o fenómeno psicológico explorado pelos pioneiros do judo. A fórmula «A defesa do fraco contra o agressor» ou, como lhe chamou Armando Gonçalves «0 Fraco Vence o Forte», fez furor.

Iniciou-se o período mágico do judo. Os professores ensinavam uma estranha mistura de ju-jutsu antigo, de judo, de luta e de boxe. A autodefesa estava na ordem do dia e muitos amadores inciaram-se nos «terríveis golpes secretos».

O trabalho de Kawaishi começava no entanto a dar os seus frutos. Os primeiros cintos negros franceses ensinavam na Bélgica, Espanha e Países Baixos, amadores de todos os países vinham de longe para receberem algumas lições dos mestres, pouco a pouco, os primeiros objectivos eram conseguidos. A técnica melhorou, os «professores improvisados» tornaram-se verdadeiros professores. Japoneses, com altas graduações, vieram de passagem ou até mesmo para se instalarem na Europa. Pouco a pouco, o autêntico judo de Jigoro Kano foi ensinado por toda a parte.

Técnicos europeus publicaram várias obras e a célebre revista «Judo do Kodokan» foi traduzido para o francês e inglês. Esta iniciativa, devida a um grupo de judocas entusiastas, permitiu publicar, cinco vezes por ano, os textos originais da revista do Kodokan, desde o princípio.

O Ocidente instruía-se assim, directamente, na origem. Todo o judoca, principiante ou especialista, passou a ter à sua disposição uma documentação única no mundo sobre o seu "desporto" favorito. O período desportivo começava. Cada país organizava a sua própria federação nacional, os primeiros campeonatos vieram à luz do dia e em Paris teve lugar, em 1951, o primeiro campeonato da Europa, ao qual assistiu Risei Kano, filho do fundador do judo, e que foi nomeado, na ocasião, presidente da Federação Internacional.










KUBI-HISHIGI




















OSAE-HISHIGI









































TATE-HISHIGI























GYAKU-HISHIGI


















TOMOE-HISHIGI
































KESA-GATAME-KUBI-HISHIGI



Fonte:http://www.judoinfo.com/kawaishi.htm
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