"A meta final do JUDÔ KODOKAN é o aperfeiçoamento do indivíduo por si mesmo, desenvolvendo um espírito que deve buscar a verdade através de esforço constante e da sua total abnegação, para contribuir na prosperidade e no bem estar da raça humana" "Nada sob o céu é mais importante que a educação. Os ensinamentos de uma pessoa virtuosa podem influênciar uma multidão; aquilo que foi bem aprendido por uma geração pode ser transmitidas a outras cem." Jigoro Kano

Kime-no-kata – Formas de decisão

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Criado por volta de 1906, a partir de outros estilos de jujutsu combinando com idéias de Jigoro Kano. Esse kata é igualmente reconhecido por shinken-shobu-no-kata, que se traduz em formas de combate real. Foi criado para perpetuar as técnicas de atemi-waza e só pode ser executado dessa forma especial, utilizando as mãos nuas ou com armas. Executa-se em 02 posições, uma ajoelhado e a outra em pé, divide-se em 02 grupos: Idori e Tachiai-Idori


. Idori – Defesa em posição de seza

1. Ryote-dori – Segurar os dois pulsos com as duas mãos2. Tsukkake – Murro ao estômago3. Suri-age – Golpe deslizando pela face4. Yoko-uchi – Murro lateral5. Ushiro-dori – Agarrar os ombros por trás6. Tsukkomi – Golpe ao estômago com o punhal7. Kiri-komi – Fender a cabeça com o punhal8. Yoko-tsuki – Golpe lateral com o punhal


II. Tachi-ai – Defesas em posição de pé

1. Ryote-dori – Agarrar os dois pulsos com as duas mãos2. Sode-tori – Agarrar as mangas3. Tsukkake – Murro à cara4.Tsuki-age – Murro para cima (“uppercut”)5. Suri-age – Golpe deslizando pela face6. Yoko-uchi – Murro lateral7. Ke-age – Golpe aos testículos8. Ushiro-dori – Agarrar os ombros por trás9. Tsukkomi – Golpe ao estômago com o punhal10. Kiri-komi – Fender a cabeça com o punhal11. Nuki-kake – Impedir de desembainhar12. Kiri-oroshi – Fender a cabeça com o sabre




Idori – Defesa em posição de seza



































































Tachi-ai – Defesas em posição de pé






























































































Jigoro Kano e o Judô

0 comentários quinta-feira, 28 de agosto de 2008 às 14:53 - Edit entry?

O PAI DO JUDO

Jigoro Kano nasceu em 28 de Outubro em Hamahigashi, na Vila de Mikage (hoje uma parte da cidade de Kobe) na perfeitura de Hyogo. Era o terceiro filho de Jirosaku Maresiba Kano, intendente naval do Shogunat Tokugawa.

Eis as grandes etapas da sua vida:

* Em 1877 entra na Universidade Imperial de Tóquio;
* Torna-se aluno do mestre Fukuda (ju-jitsu);
* Funda, em 1878, o primeiro clube de basebol do Japão (Kasei Baseball Club);
* Em 1879 estuda ju-jitsu na escola do mestre Iso;
* Em 1881 é licenciado em letras e estuda ju-jitsu da escola de Kito;
* Em 1882 termina os seus estudos de ciências estéticas e morais;
* Funda, em Fevereiro desse ano, a sua própria escola de ju-jitsu o Kodokan e em Agosto é nomeado professor no Colégio dos Nobres;
* Em 1884 é adido ao Palácio Imperial;
* No ano seguinte obtém a 7ª categoria Imperial;
* Em 1886 obtém a 6ª categoria Imperial; é nomeado vice-presidente do Colégio dos Nobres, passando a reitor do mesmo colégio dois anos depois;
* De 1889 a 1891 percorre a Europa como adido ao ministério da Casa Imperial;
* Em Abril de 1891 é nomeado conselheiro do Ministro da Educação Nacional e Director da Escola Normal Superior. Em Setembro de 1893 é nomeado Secretário do Ministro da Educação Nacional;
* Em 1895 obtém a 5ª categoria Imperial;
* Cria em 1897, a Sociedade Zoshi-Kai e funda os institutos Zenyo Seiki e Zenichi para a cultura dos jovens; Edita a revista Kokusiai;
* Em 1898 é director da Educação primária, no ministério da Educação Nacional;
* Torna-se presidente da comissão do Butokukai (Centro de Estudos das artes militares em 1899;
* É enviado por duas vezes à China pelo Ministro Nacional (1902-1905);
* Em Outubro de 1905, obtém a 4ª categoria Imperial;
* Exemplifica em 1907, no Butokukai, os três primeiros kata do judo;
* Em 1909 modifica os estatutos do Kodokan, tornando-o numa sociedade pública;
* Torna-se o primeiro japonês membro do Comité Olímpico Internacional;
* Em 1911 é eleito presidente da Federação Desportiva do Japão;
* Funda em 1915 a revista do Kodokan;
* Recebe no mesmo ano, do Rei da Suécia a medalha dos 7ºs Jogos Olímpicos;
* Em 1920 consagra-se inteiramente ao Judo;
* Em Julho, assiste aos Jogos Olímpicos de Antuérpia, visitando depois a Europa;
* Em 1921 demite-se da presidência da Federação Desportiva do Japão;
* Em 1922, passa a ter lugar na Câmara Alta;
* Em 1924 é nomeado professor honorário da Escola Normal Superior de Tóquio;
* Em 1928 participa na assembleia geral dos Jogos Olímpicos e nos próprios jogos;
* Desloca-se aos Estados Unidos em 1932 para assistir aos Jogos Olímpicos;
* Torna-se conselheiro do Gabinete de Educação Física do Japão;
* Participa por duas vezes no Conselho dos Jogos Olímpicos que lançará os convites para os jogos japoneses (l932-1934);
* Em 1936 assiste aos XI Jogos Olímpicos de Berlim;
* A 4 de Maio de 1938, morre a bordo do navio que o transportava ao Cairo onde se realizava a assembleia geral do Comité Internacional dos Jogos Olímpicos;
* Recebe a título póstumo a 2º Categoria Imperial.

Neste resumo pode-se ver que Jigoro Kano para além de uma vida pública repleta de actividade, ao mesmo tempo, conseguir conciliar a difusão do judo por todo o Mundo.













DO SONHO À REALIDADE

Jigoro Kano media apenas um metro e cinquenta, pesando uns escassos 48 kg. De saúde delicada, aos 16 anos, decidiu fortificar o corpo, praticando ginástica, remo e basebol. No entanto estes desportos eram demasiado exigentes para a sua débil constituição. Apesar de ser de filho de um samurai nas brigas entre estudantes, Kano era sistematicamente vencido, por tal facto decidiu estudar o ju-jitsu. O seu primeiro professor foi Hachinosuke Fukuda, da Escola Tenjin-Shin yo-Ryu. Sob, a direcção deste mestre, Kano iniciou-se nos métodos da Escola «Coração de Salgueiro». Em 1879, com 82 anos, Fukuda morreu e Kano herdou os seus arquivos e segredos. Tornou-se seguidamente aluno de Mestre Iso, um sexagenário que possuía os segredos de uma escola derivando igualmente de Tenjin-Shingo.

Interessado como era, Jigoro Kano treinou-se afincadamente enquanto prosseguia os seus estudos e tornar-se-ia em breve vice-presidente da escola. Infelizmente, Iso morreu muito cedo e o nosso jovem ju-jitsuka (praticante de ju-jitsu) encontrou-se de novo sem professor. Apesar de estar na posse dos livros e documentos que lhe tinham sido legados pelos seus ex-mestres, achou indispensável ser acompanhado por um bom professor. Foi então que encontrou mestre Iikugo, que lhe ensinou a técnica e os métodos da escola de Kito com a particularidade de nesta escola ter aprendido o combate com armadura.

Aos poucos, Kano foi aglutinando os métodos das diversas escolas, criando um sistema próprio de disciplina, continuando no entanto a treinar-se com mestre Iiku-go até 1885. Em Fevereiro de 1882 instalou-se no pequeno templo budista de Eishosi, da seita Jôdo. É neste templo, berço do Judo, que Jigoro Kano instala o seu primeiro dojo (sala própria para o estudo do judo).

Vivendo nas dependências do templo com alguns alunos e uma velha criada, dedicou-se pacientemente a desenvolver um novo método de educação física e formação de carácter, baseado no ju-jitsu.

Kano fez a síntese das melhores técnicas de ju-jitsu, escolheu os golpes mais eficazes e os mais racionais. O ju-jitsu era urna prática guerreira baseada na ligeireza do corpo e do espírito no entanto tinha diversas técnicas perigosas que foram eliminadas, aperfeiçoou a maneira de cair, criou uma vestimenta especial de treino (o judogi), pois o antigo trajo dos ju-jitsukas provocava frequentemente ferimentos e dedicou-se particularmente aos métodos de projecção, aperfeiçoando vários da sua autoria.

Kano pensou que a sua nova arte devia ter outro nome, pois a sua prática era diferente do jiu-jitsu. Tendo em conta a sua essência, a não resistência e o aproveitamento da força do oponente chamou a esta nova arte «judo».

O KODOKAN

igoro Kano baptizou a sua escola de Kodokan que significa «Escola para o Estudo da Via» e, como já se disse começou a ensinar o judo a partir de 1882 numa modesta sala do templo budista de Eisho (Tokyo).

O primeiro aluno inscreveu-se a 5 de Junho de 1882, chamava-se Tomita. Depois vieram Higushi, Nakajima, Arima, Matsuoka, Amano Kai e o famoso Shiro Saigo. Este último tornar-se-ia campeão imbatível de judo, alcançando inúmeras vitórias sobre os adeptos do antigo ju-jitsu. As idades destes primeiros alunos oscilavam entre os 15 e os 18 anos. Kano albergou-os e ocupou-se deles como se fosse um pai. O dojo contava apenas com 10 tatamis. O Kodokan aceitou inúmeros reptos lançados pelos professores do ju-jitsu. Em 1883, o Kodokan mudou-se para Kojimachi e transformou em dojo o armazém de um editor chamado Shinagawa. No ano seguinte, o dojo aumentou para 40 tatamis.

Os encontros entre as diversas escolas de ju-jitsu multiplicavam-se. Tratavam-se, muitas vezes, de verdadeiros concursos em que os vencedores eram escolhidos para professores da polícia.

O Kodokan alcançou a sua primeira vitória em 1886: os seus famosos discípulos Saigo e Yoko-Yima foram particularmente notados. Secções do Kodokan criaram-se em Nirayama, Edajima, e Kyoto. O Kodokan apenas conheceu uma derrota: um formidável ju-jitsuka, chamado Tanabé, derrotou regularmente todos os seus campeões. Especialista do combate no solo, conseguia atirar os seus adversários ao chão e aproveitando-se das suas posições junto ao solo, estrangulava-os rapidamente. Destas derrotas Kano tirou uma lição, precisava de aperfeiçoar o judo no solo e todo o judoca deveria conhecer a luta tanto na posição de pé como no chão.

Em Abril de 1890 Kano mudou as instalações para Hongo-ku, Nasago-cho passando a contar com 60 tatamis. O judo estava agora definitivamente estabelecido. De ano para ano, o Kodokan aumentava o seu dojo. Enquanto Kano fazia as suas primeiras viagens pelo mundo e apresentava o judo na Europa e na América, confiava aos seus melhores alunos a direcção do Kodokan.

Em 1894 a sede passou-se para Koishikawa-ku, Shimotomisaka-cho contando com 107 tatamis. Em 1897 o governo japonês instituiu uma escola nacional de todas as artes marciais, o Butokukai. O judo passa a ser já ensinado pelos mestres Isogai, Nagaoka, Samura, Tabata e Kurihara. Em 1898 a superficie passou a ser de 314 tatamis depois da transferência para Otsaka, Sakashita-cho.

Embora estes ensinamentos fossem ministrados sob a orientação de Kano, o Butokukai não tardou em transformar-se em rival do Kodokan. Alguns anos mais tarde as escolas superiores e profissionais, patrocinadas pela Universidade Imperial de Tóquio, formavam outra federação: o Kosen. Os magníficos judocas destas duas últimas escolas fizeram a vida negra aos campeões do Kodokan. Contudo, este continua a sua ascensão. O seu último dojo é o maior do todo o Japão: 514 tatamis. O judo é, por fim ensinado oficialmente nas escolas. Nas classes secundá- rias e mesmo em inúmeras classes primárias o judo faz parte do programa do curso.
Gokio, como método pedagógico é organizado por Kano com a ajuda dos mestres Yoko-Yama, Yamashita, Nagaoka, Iitsuka. As técnicas perigosas são eliminadas. O gokio voltaria a ser revisto em 1920 por uma dúzia dos maiores mestres e mantém-se inalterável até aos nossos dias.

Em 1909, o Kodokan torna-se uma instituição pública. É nesta época que os katas, estabelecidos pelo Butokukai, são ensinados no Kodokan e formam os primeiros fundamentos do judo: o nage-no kata, o kime-no kata e o katame-no-kata vêm juntar-se ao ju-no-kata e itsutsu-no-kata, elaborados em 1887.

O número de mulheres que praticam judo aumenta, cedo uma secção feminina é inaugurada. Kano pensa em elaborar um curso de formação para professores. Além disto o Kodokan, é dotado de associações culturais, de comissões de pesquisas, de comissões de estudo, etc.

Quando Jigoro Kano morreu, cerca de 120.000 judocas estão oficialmente recenseados dos quais 85.000 são cintos negros.
oi pena que Jigoro Kano não tivesse pudido assistir em Março de 1958 à inauguração do moderníssimo edifício que alberga hoje o Kodokan.

Para além do imenso tapete com 500 tatamis, tem mais três salas com 108 tatamis e três salas com 54 tatamis, contando com cerca de 2.000 m2 de áreas praticáveis destinadas a treino de competição, treino de mulheres, crianças, alunos particulares, estrangeiros, etc., com possibilidade de acolher estudantes especiais, assim como os monitores.

O JUDO APÓS A 2ª GUERRA

Sob o domínio Americano o Japão viu-se obrigado a alterar muitas das suas tradições. Os americanos interditaram todas as actividades inspiradas no bushido. As artes marciais e o judo foram proíbidos. O judo só podia ser praticado nas escolas.

Em 1946, os professores do Kodokan foram autorizados a ensinar judo... apenas às tropas americanas. Depois o judo foi permitido na condição de se apresentar, não como uma arte marcial, mas como um desporto. O Butokukai é definitivamente suprimido e o Kosen é forçado a decalcar as suas actividades pelas do Kodokan.

Até então o judo fora difundido sobretudo no Japão. Somente Kano e alguns dos seus discípulos o haviam introduzido na Europa e na América.

Em Inglaterra, França, Estados Unidos, Argentina, etc. começaram a despontar os primeiros iniciados no Judo. O judo iria expandir-se pelo mundo inteiro em pouquíssimo tempo.

Em 1950 cerca de 150.000 judocas são cintos negros. No ano seguinte as forças americanas autorizam o ensino do judo nas escolas japonesas. Em 1952, quando do 70º aniversário da criação do judo, contavam-se, somente no Japão, 200.000 cintos negros.

Em 1956 o Japão organiza os primeiros campeonatos do mundo, em Tóquio, Natsui foi o grande vencedor. Em 1958, de novo em Tóquio, realiza-se a final do segundo campeonato do mundo: Sone bate Kaminaga. Desde o fim da guerra, mais de 15.000 estrangeiros estagiaram do no Japão, a fim de se aperfeiçoarem.




















O JUDO NA EUROPA

Na Grã-Bretanha, o judo foi introduzido por mestre Koizumi. Mas, até ao fim da segunda guerra mundial, não se desenvolveu muito, sendo apenas praticado por um restrito grupo de pessoas. Por várias vezes os judocas ingleses receberam a visita de mestres japoneses. Uma associação britânica, similar ao Kodokan e que tem o nome de Budokwai, passou a promover o judo neste país.

Em França, mau grado as visitas de Kano e outros especialistas nipónicos, o judo não teve êxito. Contudo em 1905, Guy de Montgaillard (apelidado Ré-Nié), abriu uma sala destinada ao ensino do ju-jitsu. Os seus reptos, sempre vitoriosos, endereçados aos boxeurs e lutadores, a par de uma boa propaganda, lançaram, na época, a moda de uma «misteriosa arte de lutar», de golpes tão secretos como formidáveis. Outro francês, mais aventureiro ainda e que vivera em Tóquio, o oficial de marinha Le Prieur, torna-se o primeiro cinto negro da França. Mas, apesar da visita de Ishiguro e o entusiasmo de alguns fanáticos, o judo não se consegue fixar em França.

Em 1935, um japonês, Mikonosuke Kawaishi, que vivia em Paris, principia a ensinar o judo segundo uma técnica pessoal. Um dos seus méritos foi assinalar os graus dos judocas com cintos de cores diferentes. Em seguida dividiu os golpes em grupos, cada técnica foi numerada, assim, uma projecção em que se desequilibra o adversário, varrendo-lhe a perna por detrás, é uma «projecção de pernas» e como esta era a primeira projecção ensinada por Kawaishi, chamou-lhe simplesmente «primeira de pernas».

E, assim, duas novidades racionais e psicológicas foram suficientes para popularizar o judo em França. Em 1943 quando teve de regressar ao Japão, Kawaishi formara já mais de 100 judocas. Quando do seu regresso a Paris em 1948, encontrou o judo francês em pleno progresso. Retomou de novo a sua direcção e difunde-o na Europa inteira. Embora inúmeras críticas fossem emitidas contra o seu método, Kawaishi deve ser considerado o verdadeiro fundador do judo europeu.

O judo espalha-se pelo mundo a pouco e pouco e alguns iniciados, disseminados por todos os países, trabalham na sua difusão. Alguns livros sobre o antigo ju-jitsu ou sobre o judo, constituíam a única fonte de informação destes professores improvisados.

Após a segunda guerra mundial, o público, ainda condicionado pela agressividade de tantos anos de hostilidade, sentia inconscientemente a necessidade de se defender. Sem o saberem, foi este o fenómeno psicológico explorado pelos pioneiros do judo. A fórmula «A defesa do fraco contra o agressor» ou, como lhe chamou Armando Gonçalves «0 Fraco Vence o Forte», fez furor.

Iniciou-se o período mágico do judo. Os professores ensinavam uma estranha mistura de ju-jitsu antigo, de judo, de luta e de boxe. A autodefesa estava na ordem do dia e muitos amadores inciaram-se nos «terríveis golpes secretos».

O trabalho de Kawaishi começava no entanto a dar os seus frutos. Os primeiros cintos negros franceses ensinavam na Bélgica, Espanha e Países Baixos, amadores de todos os países vinham de longe para receberem algumas lições dos mestres, pouco a pouco, os primeiros objectivos eram conseguidos. A técnica melhorou, os «professores improvisados» tornaram-se verdadeiros professores. Japoneses, com altas graduações, vieram de passagem ou até mesmo para se instalarem na Europa. Pouco a pouco, o autêntico judo de Jigoro Kano foi ensinado por toda a parte.

Técnicos europeus publicaram várias obras e a célebre revista «Judo do Kodokan» foi traduzido para o francês e inglês. Esta iniciativa, devida a um grupo de judocas entusiastas, permitiu publicar, cinco vezes por ano, os textos originais da revista do Kodokan, desde o princípio.

O Ocidente instruía-se assim, directamente, na origem. Todo o judoca, principiante ou especialista, passou a ter à sua disposição uma documentação única no mundo sobre o seu "desporto" favorito. O período desportivo começava. Cada país organizava a sua própria federação nacional, os primeiros campeonatos vieram à luz do dia e em Paris teve lugar, em 1951, o primeiro campeonato da Europa, ao qual assistiu Risei Kano, filho do fundador do judo, e que foi nomeado, na ocasião, presidente da Federação Internacional.

A batalha decisiva do Judô (Tradução Flávio Almeida)

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O grande Torneio entre os quarto cavaleiros celestiais do Kodokan Judo e os mestres do Jujutsu.
by Wayne Muromoto


O Futuro do Kodokan Judo estava em jogo. Era um teste de vida ou morte da viabilidade deste novo sistema marcial.
Todos em Tóquio falavam da iminente batalha entre o recém criado judô e os mais temidos mestres de jujutsu da era Meiji. Apenas 15 anos após o início da era Meiji e a revolução japonesa em direção à ocidentalização, as artes marciais japonesas chegavam a uma encruzilhada.
De um lado estava o Kodokan Judo, a criação de Kano Jigoro, um educador profissional. Kano tinha sintetizado o que ele pensava ser o melhor dos antigos sistemas de jujutsus, misturando-os com o Wrestling ocidental e conceitos progressivos de educação física e fortalecimento espiritual. Kano, o professor das camadas mais elevadas da sociedade, lamentava a decadência de vários estilos de jujutsu na efervecente cidade de Tóquio e tentou salvar a antiga sabedoria presente nas artes marciais japonesas para adequá-las a um eficiente, progressivo e científico sistema de treinamento. Kano odiava o sádico tratamento dado aos iniciantes nas antigas escolas de artes marciais. No seu lugar, kano pretendia criar um sistema lógico de treinamento físico, mental e espiritual do indivíduo. Kano investigou cada técnica de um ponto de vista pragmático, descartando o que era ineficiente, perigoso, melhorando e desenvolvendo seu sistema baseado no extensivo conhecimento dos métodos de Wrestling japoneses e ocidentais. Por seus esforços, Kano atraiu a atenção nacional e a veneração. Ele foi taxado como o típico pensador futurista da era Meiji.
De outro lado estavam as escolas de jujutsu que desconfiavam das novas direções de Kano. Elas denegriam a imagem da escola de Kano como sendo de métodos de luta irreal, improváveis e ineficientes numa situação de combate real. Também achavam que o Kodokan Judô soava muito “moderno” e “estrangeiro”.
Estes desafios apareciam quase todos os dias no Dojo de Kano na seção Kokimachi Fujimicho de Tóquio. Na era Meiji 15 (1883), Kano já tinha se aposentado das lutas com aqueles que apareciam no dojo Fujimicho para testar as técnicas do judô. Ele deixou os desafios com oponentes para seus discípulos que cresceram em número.
Kano, em suas memórias escreveu: “Parecia que o Kodokan contava com todo o Japão e tinha que ter o espírito de estar sempre preparado para qualquer coisa.” (1)
Tamanha adversidade brindava os superlativos e durões mestres do randori (treino livre). Entre os melhores alunos de kano estavam os que viriam a ser conhecidos como os Shitenno, os quatro deuses do judô inicial. Seus nomes ecoavam orgulhosamente pela Terra:
Tomita Tsunejiro, Yokoyama Sakujiro, Yamashita Yoshikazu.
E o temido pequeno representante da província noroeste de Aizu, Shiro Saigo.
Estes quarto senhores da luta carregavam a bandeira do Kodokan e eles ficaram reverenciados não apenas como grandes judocas, mas também como homens retos e avançados, o ideal pelo qual Kano lutava com seus fundamentos:
Seiryoku zen’yo (maxima eficiência) e jita kyoei (mútuo benefício).
Kano acreditava que o judô podia ser usado como parte da educação do novo homem da era Meiji, uma pessoa que poderia contribuir positivamente para a nação e para o mundo. Mas toda essa filosofia avançada poderia se perder se o Judô não pudesse se afirmar contra as escolas de Jujutsu querendo sua cabeça. Seria o novo Judô de Kano páreo para as melhores escolas de Jujutsu?
Este teste veio em 1883. A polícia metropolitana de Tóquio atraía professores de diversas escolas de jujutsu e também do judô. Eles estavam convidados pela polícia de Tóquio. O quartel-General da Polícia de Tóquio promoveu um épico torneio entre o kodokan Judô e os melhores mestres de jujutsu, e no dia do contexto, haveria um duelo de gigantes, os mestres do Totsusuka-há Yoshin Ryu contra os judocas do Kodokan. Se o Judô perdesse, sua derrota ressoaria por toda a Terra e significaria a morte prematura desta jovem arte.
Kano conhecia todas as implicações do torneio. Ele decidiu colocar 15 dos seus melhores alunos contra os estudantes do Totsuka Eimi. A facção Totsuka contava com brilhantes mestres de quatro entre cinco mestres de outras escolas, mas todos os olhos estavam voltados para as dez ou mais lutas entre Totsuka e o Kodokan. Era na superfície da rivalidade entre o velho e o novo, o “tradicional” e o “científico”. Na verdade Kano desenvolveu suas técnicas de várias fontes incluindo jujutsu e o Wrestling ocidental, e queria transformar o jujutsu de uma arte de combate para uma de arte de alto disciplina física, mental e espiritual. Era uma mudança mais de filosofia que de técnica.
O próprio Kano escreveu estar incerto do resultado das disputas.
Totsuka Hikosuke era considerado o melhor jujutsuka do período Bakumatsu (fim do Shogunato). Após Hirosuke (seu filho) Eimi carregava o nome da escola e treinou vários jujutsukas remanescentes...Na verdade, Totsuka tinha habilidosos lutadores com muita técnica...Ao mencionar o nome Totsuka mencionava-se os grandes mestres de jujutsu daquela era. Os meus mestres de Tenshin Shinyo-ryu e Kito-ryu (jujutsu) estavam tão pressionados que se uniram contra os mestres do Totsuka jujutsu no Komusho dojo do Shogunato.
De acordo com o Bugei Ryuha Daijiten (p. 642), Totsuka Hikosuke Eishun foi o primeiro filho de Totsuka Hikouemon Isshinsai. Aos 25 anos ele herdou o Totsuka-ha (ramo Totsuka) do Yoshin Ryu de seu pai. Ele era instrutor de artes marciais no feudo de numazu Mizuno Clan. Mais tarde ele ensinou no centro de treinamento Komusho do Shogunato e abriu o seu dojo em Atagosan. No fim do Shogunato, seu filho Hikosuke se moveu para Shiba Prefecture. Hirosuke prosseguiu a tradição até sua morte em Meiji 19 (1887), com a idade de 74 anos. Seu filho era Totsuka Eimi.
Os contemporaneous no Totsuka-ha Yoshin-ryu eram: Miura Yoshin-Abe Kanya Egami Shima No Suke Taketate (Egami ryu)-Totsuka Eicho Hikouemon Isshinsai (Totsuka-ha Yoshin-ryu)-Totsuka Hikosuke Eushun- Totsuka Hikokuro Eimi Ukiji Entaro.
Como poderiam os melhores alunos de kano enfrentar os mais temidos jujutsukas de Totsuka Eimi?
Sensei Kano reviu a lista dos desafiantes e tremeu. Seus alunos eram bons. Seus Shitenno eram excepcionais. Mas ele iria enfrentar os mais temidos jujutsukas de todo o Japão. Ele tinha de provar que seu princípio de maximização da ajuda mútua e máxima eficiência eram mais que meras palavras. O espírito e as morais do judô tinham de ser provados num contexto de desafio.










O grande evento

Que comecem as lutas”! Declarou o juiz. As cortinas vermelhas e brancas se abriram delicadamente naquele dia de primavera à 11 de Junho de 1886 na arena Yayoi no parque Shiba.
O impacto de Kano foi provado sem dúvida. O Kodokan venceu de maneira estrondosa, perdendo apenas duas lutas e empatando uma da 15 lutas programadas. Mas que lutas devem ter sido!
Os duelos exprimiram um conceito próximo do que a palavra shiai significava, que agora quer dizer peleja ou torneio, mas já se referiu a Shi ni-ai; que simbolicamente significava a morte mesmo ou o desafio à morte. Não havia yuko ou koka (meio ou um quarto de ponto), só valia ponto ippon; Quedas, estrangulamentos, imobilizações ou chaves de braço que porderiam, numa situação real, vencer o oponente. E o limite de tempo era decidido pelo juiz. As lutas iam até alguém cair exausto ou o juiz interromper, dando a vitória ao inquestionável vencedor. Verdadeiramente era Shi-ni-ai.
Os mestres do judo provaram efetivamente sua bravura. Mas se houvera rivalidade, animosidade ou sectarismos ele teria acabado quando as últimas lutas iniciaram. Um silêncio sepulcral se instalou.
Tomita Sakushiro ganhou sua luta e assim também o fez Yamashita Yoshiazu
Yokoyama Sakushiro, entretanto, enfrentou Nakamura Hansuke num épico duelo que testou as argúcia de ambos os contestantes. Hansuke era mestre do Ryoi Shintoh-ryu. Media 1m e 76 cm, pesava 94 Kg. Hansuke era conhecido como o lutador mais durão do Japão naquela época e se dizia que ele podia se pendurar enforcado de uma árvore sem problemas.
Os dois duelaram nariz a nariz usando toda técnica que conheciam. Contra o homem-montanha, Yokoyama utilizou cada músculo de seu corpo. A peleja durou 55 minutos, sem que nenhuma vantagem fosse dada ou tirada até que os juízes finalmente encerraram e declararam empate.
Yokoyama enfrentou seu mais duro oponente e deixou a área de luta. Tinha sido a luta de uma vida, mas seu coração agüentou. Ele sabia profundamente que um empate significava a perda aos olhos dos mestres antigos do jujutsu. Mesmo que o Kodokan judô tivesse vencido a maioria das lutas, Saigo tinha que vencer definitivamente seu oponente afim de eliminar qualquer dúvida remanescente que pairasse sobre os espectadores.
“A última luta!” anunciou o juiz, como se ninguém soubesse era a esperada luta entre Shiro Saigo do Kodokan judô versus Entaro Ukiji do Totsuka-há.
Se Hansuke Nakamura era um gigante comparado com os japoneses de seu tempo, Entaro Ukiji era o herdeiro do Yoshin-ryu, sendo um monstro comparado com o diminuto Saigo. Um murmúrio correu a audiência. Seria essa uma luta cruenta? A velocidade e a técnica de Saigo, mas que chance teria contra uma montanha de músculos e determinação?.
Os registros do duelo são nebulosos e incompletos, mas se juntarmos vários documentos e consideraremos a novela Sanshiro Sugata que foi escrita sobre os fatos envolvendo a vida de Saigo e suas lutas, então talvez poderemos recriar a decisiva batalha final.
Por alguma razão, Saigo apareceu letárgico no início da luta. Entaro conseguiu fazer uma pegada firme no judogui de Saigo e rapidamente o arremessou no ar. A platéia prendeu a respiração esperando o ensurdecedor estrondo das costas de Saigo batendo no tatame. Porém isso não ocorreu. Saigo deu uma virada no ar e caiu de joelhos e antebraços.
"Wha…!"A platéia gritou.

Ukiji tentou finalizar o service, mas derepente seu braço e gola foram agarrados em uma pegada favorita de Saigo, cuja atitude havia mudado. Saigo cuspia fogo pelos olhos, talvez fogo vindo da distante Aizú, um fogo vindo primeiramente de seu ancestral Tanomo Saigo Chikanori (alguns livros o chamam de Chikamasa) o velho conselheiro do clan Aizu Matsudaira. Após as guerras que marcaram o fim do Shogunato, o primogênito Saigo virou um sacerdote Shintoísta, passando aos remanescentes do orgulhoso clan de tradições marciais para Takeda Sokaku que continuou divulgando o método Oshikiushi de pegada como o Daito-ryu aikibudô- e seu filho adotivo Saigo (formalmente Shida) Shira. Na tradição de yoshi Shiro casado com a filha de Tanomo, mas ficou com o nome Saigo para reproduzir a linhagem.
Quando Saigo se mudou para Tóquio para prosseguir em seus estudos em Seijo Gakko, ele se juntou à escola Tenshin Shinyo-ryu de jujutsu. Lá, ele atraiu a atenção de outro estudante desta escola, Jigoro Kano que o recrutou para que se tornasse seu assistente no seu novo dojô de judô.
O que realmente inspirava Saigo? Seu espírito de nunca desitir? Era o fato de representar o judô Kodokan? Ou talvez fosse o velho orgulho de ser membro do Clan Aizú?
O que quer que fosse que ardia em seu coração, trouxe coragem a Saigo para seguir em frente.
Shiro Saigo desequilibrou Ukiji e o girou num pequeno círculo, no centro do qual estava o próprio seika tanden de Saigo, ou baixo centro de gravidade.
“É o yama arashi (tempestade da montanha)!” A platéia exclamou. Essa técnica, que provavelmente tinha suas raízes no Oshikiuchi de Tanomo Saigo, era própria de Shiro Saigo. Ninguém desde sua época podia imitá-la. Yama arashi era a assinatura de Shiro Saigo. Era sua marca registrada e morreu com ele. Alguns dizem que era uma variação da queda de quadril Hane-goshi, mas ninguém explica como o Yama arashi de Shiro Saigo era feito.
Naquele dia, o yama arashi de Saigo moveu uma montanha. O gigantesco Ukiji Entaro foi subitamente arremessado sobre as montanhas e se espatifou de costas!
Zonzo, Entaro levantou-se, machucado, confuso e furioso.
“Ninguém consegue se levantar depois de lever um yama arashi assim tão rápido!” Sakujiro Yokoyama sussurrou “Entaro é durão”!
“Cuidado, Saigo-san, cuidado!” Yoshisaku Yamashita advertiu.
Antes que Entaro pudesse recobrar suas forces, Saigo o atacou. Partiu para cima utilizando outra devastadora queda, como osoto-gari (grande ceifa exterior), e o arremessou de novo no tatame. O impacto foi sentido pela platéia.
Desta vez, Entaro não se levantou. Balançou sua cabeça tentando espantar as estrelas que dançavam diante de seus olhos. O Juiz interrompeu a luta. Saigo tinha conseguido a maior vitória do juvenil Kodokan judô.


Após o torneio

Os dias de glória do jovem Kodokan foram se apagando a medida que a geração dos Shitenno envelhecia e o judô se refinava como vinho fino. Logo logo com o fim do debut, o judô amadureceu para se tornar a proeminente arte marcial e esporte do Japão. Jigoro Kano, o mais eclético estudante do budô se tornou respeitado pelos outros mestres de artes marciais por seu temperamento e magnanimidade. Em compensação, Kano usava sua elevada posição social para ajudar outros artistas marciais, incluindo praticantes de jujutsu, para que estes preservassem e desenvolvessem seus sistemas de artes marciais.
Enquanto o torneio trouxe os desejados resultados assegurando o futuro do judô, um incidente ocorreu algum tempo depois que tocou o coração de Kano.
Kano viajou para Chiba prefecture para demonstrar os métodos de ensino do judô com alguns de seus alunos incluindo Nishimura Teisuke, na prefeitura daquela cidade. Shiro Saigo estava engajado no randori quando Eimi Totsuka veio até Kano. Nessa época, Eimi tinha se tornado o instrutor de jujutsu da força policial daquela cidade. Kano e Eimi se cumprimentaram respeitosamente, como oponentes formais e agora grisalhos velhos sábios.
Eimi pausou sua conversação com Kano para observer Saigo. Talvez se recordando da épica luta contra seu próprio estudante, Entaro Ukiji, Eimi disse a Kano: “ Esse (Saigo) é um homem de grandeza, eu penso.”
“Quando ouvi estas palavras, “Kano disse, eu fiquei lisongeado. Quando ouvi Totsuka (Eimi) dizer sobre Saigo, eu não pude crer nos meus ouvidos. Certamente, outros nada disseram sobre este incidente, mas eu guardo estas preciosas palavras como uma de minhas maiores recordações.” (3)
Saigo não só tinha conquistador a vitória sobre seu oponente naquele dia de torneio. Pelo seu espírito empreededor, sua nobreza e sua humildade, conquistou até o mestre de seu adversário, Totsuka Eimi.
Nos anos que se seguiram, judo floresceu e os shitenno passaram o manto da grandeza aos seus sucessores judokas. Sakujiro Yokoyama viveu para treinar o grande mestre 10º dan Kyuzo Mifune, falecendo em Taisho Gannen (1912) com 50 anos de idade. Yoshizaku Yamashita se tornou o primeiro 10º dan do Kodokan. Ele faleceu em 1936 com a idade de 71 anos. Tsunejiro Tomita viveu até a idade de 73 anos falecendo em 1938. Seu filho Tsuneo foi o autor da novela Sugata Sanshiro, que era baseada na vida de Shiro Saigo. A novela se tornou filme pelas mãos do diretor Akira Kurosawa. (4)
Tem sido dito que Kano nunca mais conheceu ninguém igual a estes quatro estudantes, os Quatro cavaleiros celestiais do judô. Em Showa 5 (1931), Kano observou uma demonstração da nova arte de Morihei Ueshiba, que era chamada aikidô. Ueshiba desenvolveu sua arte em grande parte do Daito-ryu ensinado a ele por Sokaku Takeda, aluno de Tanomo Saigo. Talvez lembrando-se da técnica de Shiro Saigo, o filho adotivo de Tanomo. Kano exclamou: “Este (Aikidô) é meu conceito do que o judô deveria ser”!
Após a passagem de seus Shitenno, Jigoro Kano mesmo enredou-se na confusão mortal em 1939, na idade de 79, um homem que viveu as eras Meiji, Taisho e Showa. Ele viu o crescimento de seu judô que veio a ser considerado esporte de escala mundial a ser incluído nas olimpíadas (A segunda grande Guerra interrompeu este sonho que não pode ser realizado até as olimpíadas de Tóquio em 1964). Mas talvez, o que Kano carregasse em seu coração nos seus últimos dias fosse as honradas palavras de Eimi Totsuka, ditas de um grande guerreiro para outro. E a visão de seus Shitenno, lutando não por eles próprios, mas pela glória do Kodokan Judô e os ideais que Kano defendia.

References:
(1) P. 63, Kano Jigoro Chosakushu, by Kano Jigoro, Gogatsu Shobo, Tokyo, Japan. 1984.
(2) P. 64. Ibid.
(3) P. 65. Ibid.
(4) P. 333. Nihondensho Bugei Ryuha Dokuhon, Betsuron Rekishi Dokuhon #36. Shinjin Oraisha publishers, Tokyo, Japan. 1994.
(5) P. 240. Modern Bujutsu and Budo, by Donn F. Draeger. John Weatherhill, Inc. New York and Tokyo, Japan. 1974.

Artes Marciais por Bruce Tegner 1977

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Artes Marciais

O termo "artes marciais", conforme é usado atualmente, abrange uma ampla gama de atividades derivadas dos antigos estilos asiáticos de combate corpo-a-corpo. Seria lógico incluir os estilos europeus e americanos de boxe , esgrima e arco e flecha entre as artes marciais. Afinal, também derivam de antigas técnicas de combate. Mas o no uso corrente, somente as formas de luta asiáticas estão incluidas nas artes marciais.
Há uma considerável controvérsia a respeito das origens e história das artes marciais. Há registros de métodos de luta similares sendo praticados em diversos países pelo menos desde 2000 A.C. Mas considéra-se que as técnicas especificamente asiáticas chegaram a China através da India eTibé.
Da China, o conhecimento de várias formas de combate sem armas estendeu-se a outras regiões asiáticas. embora o Japão possa ter sido o último país asiático a adquirir as arte3s marciais, com exeção do kung-fu, são as formas japonesas que se tornaram mais populares e mais amplamente praticadas no mundo ocidental.
Um grande número de sistemas de luta divérsos que se desenvolveram no Japão é conhecido pelo termo genérico de Jiu-jitsu. Entre os sistemas de Jiu-jitsu, há dezenas de estilos principais. Se contarmos também os subestilos, existem literalmente centenas de tipos difeferentes de Jiu-jitsu. Não é correto refrir-se a qualquer um como o autêntico ou oficial. Simplismente não existe nenhuma forma padronizada de Jiu-jitsu.
As diferenças estilísticas são encontradas em todas as formas das artes marciais e de seus equivalentes europeus.
As diferenças estísticas podem ser tão sutis que só se tornam patentes para os que possuem esperiência nesse campo. Ou quando são substantivas a observação da atividade e a comparação com uma forma variante são as únicas maneiras de se adquirir informações corretas sobre o estilos.

Jiu-jitsu e Judô

Na década de 1880, o Dr. Jigor Kano, educador japonês e intusiasta do esporte, introduziu um novo estilo de Jiu-jitsu. O Dr Kano eswtudara e classificara muitos dos antigos métodeos de Jiu-jitsu e selecionara técnicas de diverssos estilos. Chamou essa nova sintese de Judô.
O novo Jiu-jitsu do Dr Kano tinha duas formas didtintas. Uma forma abrangia as técnicas de queda e imobilização. Essa forma evoluiu para o esporte moderno que conhecemos como Judô..O Judõ é reconhecido e praticado como um esporte no mundo interiro, sendo uma das modalidades oficial de competições das olimíadas..A outra parte do Judô do Dr Kano consistia nas técnicas de gopear com as mãos e os pés, em combinação com agarramentos e chaves para imobilização. Embora o Dr Kano fizesse uma distinção clara entre Judô para esporte e Judô para autodefesa, era um tanto confuso usar um único termo para duas atividades diferêntes. A parte do Judô do Dr Kano que ele chamou de Judô de autodefesa voltou a ser conhecida como Jiu-jitsu.

Onde está Kano?

2 comentários quarta-feira, 6 de agosto de 2008 às 19:51 - Edit entry?


No número 149 da Tatame, revista especializada em Jiu-jitsu e MMA, foi feito uma reportagem de título "o legado do judô', escrito por Eduardo Ferreira, nela o jornalista escreve : "nomes como Takeo Yano, Geo Omori, Ryuzo Ogawa e Gomi, que surgiram MAIS A LINHA DE JIGORO KANO, chegaram a participar de diversos desafios.Takeo Yano , por exemplo, foi extremamente importante para divulgação do judô em todo o Brasil, pois ao contrário de conde Koma, que se fixou em Belém, Yano percorreu o país lutando (lutou com George e Hélio Gracie inclusive)e formando faixas-pretas."
Me pergunto, que linha seria essa?
Colocaram uma foto classica de 1906, lá estão os maiores mestres de jujutsu tradicional junto de Jigoro Kano, são vinte grandes mestres de vários ryus, em baixo da foto estão os nomes dos mestres e seus ryus(escolas), todos os nomes estão trocados, fizeram uma grande confusão, até aí tudo bem, errar é humano não?
Mas fazer uma matéria sobre um assunto, ou um personagem e não saber de quem se trata já é até uma tremenda falta de respeito.
colocaram um circulo vermelho sobre Imai Kotarō (centro da foto) e o chamaram de Jigoro Kano, nome em baixo escrito em vermelho!
É por essas e outras que, existe uma grande confusão sobre judô, jujutsu e brasilian jiu-jitsu em nosso país, não acho que o jornalista fez por maldade, mas é uma revista de grande circulação em nosso país, já se fala tanta besteira sobre Maeda ser originário de uma escola de jujutsu tradicional que ninguém sabe qual é, que o judô é um falso jujutsu para enganar europeus e outras mais que não vale a pena comentar,não saber que foi Jigoro Kano era só oque faltava...

















DAI NIPPON BUTOKOKAI
("Association of Martial Virtues of the Great Japan")
("Associação das Virtudes Marciais do Grande Japão"

JŪDŌ KATA SEITEI IIN.
("Members of the Commitee to Establish the Jūdō Kata")
("Membros do Comitê para Estabelecer os Jūdō Kata")

(Sitting - from right to left) / (Sentados - da direita para esquerda)
YŌSHIN RYŪ - Hiratsuka Katsuta.
TAKENOUCHI SANTŌ RYŪ - (Kyōshi) Yano Kōji.
SEKIGUCHI RYŪ - Sekiguchi Jūshin.
YŌSHIN RYŪ - (HANSHI) Totsuka Eibi (Kōdōkan's rival in 1886).
KŌDŌKAN - (HANSHI) Kanō Jigorō.
SHITEN RYŪ - (HANSHI) Hoshino Kūmon.
YŌSHIN RYŪ - Katayama Takayoshi.
KYŪSHIN RYŪ - (Kyōshi) Eguchi Yazo.
MIURA RYŪ - Inazu Masamizu.
- - - - - - - - - - (Standing - from right to left) / (De pé da direita para esquerda)
KŌDŌKAN - (Kyōshi) Yamashita Yoshiaki.
KŌDŌKAN - (Kyōshi) Isogai Hajime.
KŌDŌKAN - (Kyōshi) Yokoyama Sakujirō.
KŌDŌKAN - (Kyōshi) Nagaoka Shūichi.
TAKENOUCHI RYŪ - Takano Shikatarō.
FUSEN RYŪ - (Kyōshi) Tanabe Matauemon (Kōdōkan's rival in 1886).
TAKENOUCHI RYŪ - (Kyōshi) Imai Kotarō.
KŌDŌKAN - (Kyōshi) Satō Hōken.
TAKENOUCHI RYŪ - (Kyōshi) Ōjima Hikosabur!.
SEKIGUCHI RYŪ - Tsumizu Mokichi.
SŌSUISITSU RYŪ - (Kyōshi) Aonagi Kihei.

KYŌTŌ-SHI OBUTOKUKAI HONBU
("Butokukai HQ in Kyōtō")
("Sede Butokukai em Kyōtō")

MEIJI 39-NEN 7-GATSU 24-NICHI
("1906 year, 7th month, 24th day")
("1906 ano, 7º mês (Julho), 24º dia")

Imai Kotarō na reunião de 1906 com Jigoro Kano (ao centro).
onde está wally ?

A IMPORTÂNCIA DO TREINO COM A MAKIWARA

1 comentários sábado, 2 de agosto de 2008 às 20:25 - Edit entry?




1. O QUE É A MAKIWARA ?

Para além de uma tábua recoberta de palha de arroz que se utiliza para treinar os golpes (atemi-waza), é sobretudo um fundamental método tradicional de treino onde se adquire perícia; velocidade; " kime " ; foco; estabilidade; controlo muscular e controlo de respiração, juntando a tudo isto um sentido apurado de concentração e desenvolvimento do " Ki " .

Como tal deve o estudante de Karate ou judô utilizar a sua prática com bastante regularidade, obtendo com isso largos benefícios não só no apuramento das suas técnicas mas também no vigor físico, para além do importante fortalecimento do " Hara ". Na makiwara é uma excelente maneira de se sentir as técnicas de Karate como que aplicadas em alvo real, ao invés de no ar.

Um karateca ou judoka com larga experiência sente que as técnicas daqueles que não utilizam makiwara são bastante mais fracas.

No entanto para aqueles que se vão iniciar no trabalho da makiwara, devo alertá-los de que se trata de um trabalho que exige grande vontade, dedicação e empenho pois no início é bastante doloroso e sempre deveras extenuante.


2. COMO FAZER UMA MAKIWARA

Primeiramente deve-se arranjar um suporte em madeira que seja flexível ( no Japão a madeira utilizada é a Sanji por ser muito forte e ao mesmo tempo com bastante flexibilidade) com cerca de 2,20 metros de altura por 15 centímetros de largura e uma espessura variando de 1 a 5 centímetros que é colocado firmemente no chão até que a sua parte superior esteja à altura dos ombros do praticante.

Quanto à makiwara propriamente dita deve ser feita em palha de arroz ou ráfia natural com cerca de 6 centímetros de grossura enrolada com corda de cânhamo ou juta entrançada, quanto à largura deve ser semelhante à do suporte.

A parte forrada da makiwara deve estar à altura do peito, pois se estivesse mais alta o soco seria ascendente e perderia a sua força.
O principiante, ao golpear, sentirá nos seus punhos uma dor considerável, desta forma no princípio é recomendável cobrir com uma toalha.


3. COMO UTILIZAR A MAKIWARA

A makiwara é usada geralmente para a prática de técnicas manuais, muito embora as técnicas de pernas sejam, por vezes, treinadas. Para os que se vão agora iniciar no trabalho da makiwara, não devem começar a golpear com muita força, mas sim aumentar a potência do golpe gradualmente, à medida que o punho se vai acostumando a absorver o golpe mais forte. Posteriormente deve ser golpeado com todas as forças.

No momento do impacto expire rapidamente, inspirando em seguida, assim estará a treinar de forma correcta o controle de respiração.
No início as mãos incharão e ficarão com algumas escoriações. Quanto ao inchaço alivia-se metendo as mãos em água gelada, mas quanto às feridas necessitam curar-se antes de prosseguir o treino.


4. GOLPES MAIS UTILIZADOS NO TREINO COM MAKIWARA

Atemi-wawa


A) TÉCNICAS DE KEN

Método de preparação: Fechar os dedos da mão contra a palma firmemente, apertando o polegar contra os dedos indicador e médio. Os nós devem formar um ângulo recto.

Uma boa altura para praticar a forma de fechar o punho é quando se está no banho. Ensaboam-se as mãos até que os dedos estejam escorregadios, posteriormente deve-se abrir e fechar o punho, como foi descrito, tão rápido quanto seja possível.

B) TÉCNICAS DE KAISHÕ

Ao executar as técnicas de Kaishõ, e para evitar lesões mais graves, tenha a certeza que todos os dedos estão firmemente unidos , os quatro dedos bem esticados e o polegar junto da borda interior da mão, concentrando a força no dedo mínimo. O pulso deve estar em linha recta e tenso enquanto a articulação do cotovelo utiliza um "snap" instantâneo.


5. COMO GOLPEAR NA MAKIWARA - CONSELHOS IMPORTANTES

1º A posição do " Maai " na colocação das pernas, com ambos os pés bem agarrados à terra no momento do impacto;
2º A posição deve ser baixa, baixando o centro de gravidade obtendo desta forma uma maior estabilidade;
3º As ancas devem girar rapidamente e com força, produzindo toda a potência de que o corpo é capaz;
4º Os olhos devem estar fixos profundamente na makiwara;
5º Toda a potência deve estar concentrada no " Tanden ".

Atemi-waza:
Guiaku Zuki - Directo inverso
Guiaku Hanmi - Posição inversa semi frontal
Hanmi - Posição semi frontal
Hara - Ponto situado uns centímetros abaixo do umbigo. Centro de gravidade, ponto de percussão e centro em que reside a vontade. Ponto no qual assenta e do qual parte a energia vital ( KI). Centro de força física e espiritual.
Haishu - Dorso da mão
Haitõ - Borda interior da mão
Kaishõ - Mão aberta
Ken - Punho
Kentsui - Punho em martelo
Ki - Energia vital
Kime - Contracção decisiva no final de uma técnica
Maai - Distância
Shutõ - Mão em sabre
Tanden - Centro do hara
Uraken - Reverso do punho

Guiaku zuki - Sendo uma das técnicas básicas deve ser treinado constantemente quer por principiantes como por experientes.
Ao contrário das técnicas de ataque que dependem, quase sempre, do uso de um movimento de " Snap ", a focagem do soco não é fácil de aprender meramente praticando no ar.

Na preparação para golpear a makiwara, mantenha-se direito na sua frente a uma distância igual àquela em que, com o braço esticado, o punho desloque a makiwara cerca de dez centímetros atrás. Para socar rode as ancas totalmente para trás ( hanmi ) mas sem alterar o equilíbrio, e estenda a mão contrária para a frente; então desfira o soco na makiwara projectando as ancas para a frente ( guiaku hanmi ).
Deve ter em atenção o golpear correctamente, utilizando os pontos correctos de impacto do punho.

Cerca de cem socos com cada mão já é razoável para uma sessão de treino.

Uraken - Mantenha-se numa postura a 45º da makiwara. Execute a técnica utilizando o cotovelo em movimento de " snap ".
Uma variação que torna o ataque mais eficaz é começar de frente passando para uma distância lateral no momento que execute o golpe.

Kentsui - Mantenha-se numa postura semelhante á do uraken, utilizando a área do punho externa próxima do dedo mínimo desfira o golpe, assegurando-se que tem o punho fortemente fechado.

Shutõ - Assuma uma postura frontal ao lado da makiwara. Para a sua execução, rode as ancas para trás e depois para a frente.

Haitõ - Adopte a mesma postura e procedimento do shutõ.

Haishu - Assuma uma postura a 45º da makiwara. Execute a técnica utilizando o dorso da mão esticada e tensa.

JUDO KYOHAN Sakujiro Yokoyama - 1915 parte final

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SPIEGAZIONE DELL'ATEMI WAZA
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100. ALLENAMENTO DELL’ATEMI WAZA. (Tecniche di percussione, di pugno e di calcio)

Poiché la vittoria sul nemico era l’obiettivo principale del ju jitsu antico, l’atemi waza così come il nage waza e il katame waza erano allora molto praticati. Erano considerate come tecniche segrete dalle antiche scuole e non venivano insegnate ai principianti. Ma erano veramente così pericolose da non essere insegnate? No, non necessariamente. Queste tecniche, così utili nel combattimento odierno, erano spesso, se non sempre, tenute segrete come il risultato di un costume allora in voga. Stando così le cose, esse non solo non devono essere tenute segrete, ma devono essere ancor più studiate e approfondite per lo sviluppo di quest’arte. Non é sufficiente sapere dove e come colpire per conoscere l’atemi waza. Bisogna prima imparare a muoversi liberamente e senza problemi secondo i modi del nage waza e del katame waza per poi poter usare queste tecniche. Anche se riuscite a colpire ogni parte del corpo di uke con la mano o il piede non serve a molto se non siete altrettanto abili nel colpire di pugno, di punta e di calcio. Quindi dovete allenarvi non solo nel sapere dove e come colpire, ma anche nel colpire di pugno, di punta e di calcio e in modo costante. Ma le atemi waza sono comunque più pericolose delle altre teniche e i principianti non dovrebbero praticarle prima di aver sviluppato la muscolatura e imparato come muoversi liberamente e senza problemi secondo i modi del nage waza e del katame waza. Possono comunque allenarsi contro un muro nelle loro case o contro altri oggetti colpendo di pugno, gomito, ginocchia e piede. Anche i principianti possono ricavare beneficio da questo tipo di pratica.

101. DOVE E COME APPLICARE L’ATEMI WAZA

Ogni atemi waza é fatta per colpire l’avversario di pugno, di punta e di calcio. Bisogna sempre ricordarsi di riportare indietro alla primitiva posizione il piede dopo che avete calciato. Lo stesso vale per pugno, gomito, ginocchia con cui avete colpito uke. Questo é molto importante. In caso contrario le vostre tecniche avranno poco effetto. Queste tecniche possono essere applicate con uke in piedi o sdraiato a terra.

A. Uto. Con questa tecnica voi colpite di punta o percuotete la parte compresa fra i suoi occhi. Naturalmente dovete usare il pugno per colpire. Ci sono due modi: uno con la sommità del pugno, l’altro con il fianco. Il secondo é il più efficace.
B. Jinchu. Dovete colpire di punta o percuotere con il pugno o il gomito proprio sotto il naso.
C. Kasumi. Dovete percuotere la tempia di uke con la parte esterna del palmo della vostra mano. Se colpite con energia uke sviene.
D. Suigetsu. Dovete colpire di calcio il punto sotto il suo sterno conosciuto nella boxe come plesso solare. Potete anche colpirlo di punta con il pugno, il gomito o il ginocchio. Questa é un atemi waza molto efficace. Quando colpite dovete tenere le dita del piede sollevate in modo tale da utilizzare la pianta del piede e non le dita.
E. Denko e Tsukikake. Si tratta della parte, dx o sx, sotto la costola più bassa di uke che dovete colpire di punta o con un calcio.
F. Myojo. Si tratta del punto posto a circa 3cm sotto l’ombelico di uke che dovete colpire con un calcio molto forte.
G. Tsurigane. Si tratta di colpire con un calcio o una ginocchiata la parte “tenera”(*) del corpo di uke.
Per la nomenclatura dell’atemi waza vedere la fig.94.

(*) I testicoli. Il testo é del 1915 e probabilmente era considerato “disdicevole” anche il solo nominare certe parti anatomiche con il loro vero nome.N.d.T.

JUDO KYOHAN Sakujiro Yokoyama - 1915 pate vinte e três

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SPIEGAZIONE DEL KATAME WAZA
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94. UDE GARAMI. (Chiave al braccio)

Si può applicare in due modi, con uke sdraiato sulla schiena e seduto, qui vedremo solamente il primo. Vi trovate sul lato sx di uke mentre lui é sdraiato sulla schiena. Se tentate di andare in kesa gatame infilando il vostro braccio sx sotto la sua ascella dx uke, per difendersi, può afferrare il vostro bavero con la sua mano dx. In questo caso afferrate il suo polso dx con la vostra mano dx da sopra, come nella fig.87, schiacciando il suo braccio piegato senza tentare di distenderlo. Contemporaneamente fate passare il vostro braccio sx sotto il suo dx e afferrate il vostro polso dx. Sollevate un poco il suo braccio dx usando il vostro braccio sx mentre schiacciate sempre più in basso il suo polso dx con la vostra mano dx. Questo causerà parecchio dolore al gomito di uke poiché si troverà schiacciato in due diverse direzioni contemporaneamente. Se questa azione sarà prolungata oltre misura il suo gomito si lusserà o si romperà.

95. UDE HISHIGI. (Rompere il braccio)

Quando voi e uke state per mettervi in presa può capitare che lui allunghi il suo braccio in avanti senza troppa attenzione. Se allunga il braccio dx afferrategli il polso con la vostra mano dx tenendogli il dorso della mano rivolto verso l’alto ed il suo gomito ruotato verso il basso come nella fig.88. Avanzate il piede sx e ruotate il corpo verso il suo fianco dx e portate il suo braccio dx sotto la vostra ascella sx. Afferrate il vostro bavero dx con la mano sx così che il vostro avambraccio sia in contatto con il suo gomito o appena sopra mentre schiacciate il suo polso con la vostra mano dx. Il suo braccio assumerà una posizione tale per cui uke non riuscirà a sollevarlo e sentirà un grande dolore all’articolazione. Questa tecnica, se prolungata, porta alla rottura del braccio. Non bisogna mai dimenticare di tenere il suo gomito rivolto verso il basso mentre si schiaccia il suo polso altrimenti non avrà effetto.
*
96. JUMONJI GATAME. (Chiave a croce)

Vi trovate sul lato dx di uke sdraiato sulla schiena; prendete il suo polso dx con la vostra mano dx e il suo avambraccio dx con la vostra mano sx tenendo il dorso delle vostre mani rivolto verso l’alto e portate il suo braccio dx fra le vostre gambe sul basso ventre, come nella fig.89. Distendete la vostra gamba sx e portatela sulla sua gola. Piegate la vostra gamba dx e portatela con il vostro stinco sotto il suo braccio dx e contro il suo fianco dx. Lasciandovi cadere indietro spingete il suo braccio un poco a dx con la parte interna rivolta verso l’alto. Come nella tecnica precedente uke sentirà parecchio dolore. Questa tecnica può risultare utile ogni qualvolta uke distenda in fuori un braccio per afferrare il vostro bavero nel tentativo di spostarvi dal suo corpo mentre voi vi trovate sopra di lui. Ma non potrete applicare questa tecnica a meno che non siate vicini a lui. E‘ necessario perciò tenere le vostre cosce il più strette possibili al suo braccio.

97. UDE GATAME. (Chiave con il braccio)

Vi trovate sul lato dx di uke sdraiato sulla schiena e con il vostro ginocchio dx piegato e lo stesso piede posato aterra; può capitare che uke tenti di afferrarvi il bavero dx o qualche altra parte del vostro abbigliamento vicino alla gola. In quel momento portate entrambe le vostre mani sul suo gomito e schiacciatelo verso il basso mentre lo portate verso di voi, come nella fig.90. Il suo braccio si distenderà e il suo polso sarà contro la vostra spalla, impedendogli qualunque altro movimento del suo braccio in modo tale che se impegherete maggior forza il suo braccio si romperà.


98. HIZA GATAME. (Chiave con il ginocchio)

Alcune volte, tentando tomoe nage, può capitare che fallita la tecnica vi troviate con la schiena a terra e le mani che afferrano la parte bassa delle maniche di uke. In quel frangente, uke, talvolta piega il suo ginocchio dx e allunga il braccio dx fra le vostre gambe per difendersi portandolo internamente alla vostra coscia sx e vicino al vostro ginocchio sx. E‘ l’occasione migliore per applicare questa tecnica. Tiratelo con entrambe le mani mentre spingete con il vostro piede dx sulla parte superiore della sua coscia sx per bloccare i suoi movimenti, come nella fig.91. Se schiacciate il suo gomito dx con il vostro ginocchio sx si romperà poiché non potra muoversi, bloccato com’é dal vostro fianco sx, in basso, e dalla sua stessa spalla, in alto.

99. ASHI GARAMI. (Chiave alla gamba)

Alcune volte, tentando tomoe nage, può capitare che fallita la tecnica vi troviate con la schiena a terra e le mani come nella tecnica precedente. In quel frangente, uke, talvolta distende in fuori la sua gamba sx sul vostro fianco dx. E‘ questa l’occasione migliore per applicare questa tecnica. Lasciate la presa della vostra mano sx e afferrate in presa naturale il suo bavero dx. Come nella fig.92, fate passare la vostra gamba dx intorno alla sua sx passando da sotto e andate a mettere la vostra caviglia contro la sua coscia sx nella parte interna mentre con il piede sx spingete la parte interna della sua coscia dx. Tirando le braccia a voi distendete le vostre gambe, come nella fig.93, uke non riuscirà più a uscire e il suo piede sx sarà schiacciato dal vostro braccio dx. Inoltre sentirà un grande dolore al ginocchio sx perché schiacciato dalla vostra gamba dx. Esiste anche un’altra versione in cui voi afferrate il suo bavero sx in presa inversa con la vostra mano sx e per il resto é uguale alla precedente. Anch’essa é molto efficace.

figuras 87, 88, 9, 90, 91 e 92