"A meta final do JUDÔ KODOKAN é o aperfeiçoamento do indivíduo por si mesmo, desenvolvendo um espírito que deve buscar a verdade através de esforço constante e da sua total abnegação, para contribuir na prosperidade e no bem estar da raça humana" "Nada sob o céu é mais importante que a educação. Os ensinamentos de uma pessoa virtuosa podem influênciar uma multidão; aquilo que foi bem aprendido por uma geração pode ser transmitidas a outras cem." Jigoro Kano
TÓPICO BUBISHI
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terça-feira, 26 de janeiro de 2010
às
11:56
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Edit entry?
Comecei um debate em um site de artes marciais,O BUBISHI, nele, voltamos novamente e discutir as origens do judô e BJJ, resolvi postar uma resposta, mas acabou ficando interessante que resolvi postar no blog.
A História do BJJ é bem nebulosa; cheia de contradições, isso acontece porque há pessoas que querem “vendê-la”, isso aconteceu no passado, mesmo com o advento da comunicação, ainda acontece hoje. Chamar lutadores como Yamashita, Maeda, Satake, Yano e Kimura de lutadores de jujutsu é um claro exemplo do qu venho escevendo em meu blog a tempos.. Nós ouvimos freqüentemente que o Mestre Kano teve pessoas como Yamashita, Yokoyama, Saigo e outros, que vieram de outros ryus tradicionais, e então alguns anos depois Kano os tem lutando para ele eobtendo va´rias vitórias contra os antigos ryus. Eles ficaram legendários por causa das vitórias que obtiveram para o Kodokan nos grandes torneios de 1886 e 1888. Eu estou pensando, em particular, no grande torneio de 1886, quando eles tiveram uma competição por equipe e o Kodokan venceu outro ryu de Jujutsu. Algumas pessoas discutem que os meios através dos quais realmente Kano construiu o Kodokan fundou-se nas forças destas pessoas que haviam estudado em outros ryus tradicionais de Jujutsu e que ele realmente não lhes ensinou muito. A realidade era que eles não eram os campeões que se tornaram até que conheceram Kano e estudaram com ele seu método de ensino. A habilidade sem igual de Kano era a perspicácia; a habilidade para realmente entender o que ia ao centro de certas coisas, e como ensinava isso às outras pessoas de forma que elas passavam a operar em outro nível, de acordo com os princípios mais elevados. E assim ele mostrou o que eles já sabiam e os fez melhorarem, lhes mostrando os princípios internos, o funcionamento interno do que eles já estavam fazendo. E isso é o que este programa é projetado para fazer, essa era a grande diferênça do método antigo para o novo sistema que Kano acabara de criar.
Para entender isso; vamos ter que definir o que é o Jujutsu é e o que é o Judô.
Koryu X Gendai Budo
Koryu são as artes marciais tradicionais originalmente criadas para o uso nos campos de batalha pelos samurais. Seu objetivo de criação foi a eficiência em combate pois os guerreiros precisavam de um estilo infalível afinal eram suas vidas que estavam em jogo. Por isso, os estilos pertencentes a essa categoria são perceptivelmente mais rígidos e geralmente visam pontos vitais e formas eficazes de derrotar o oponente, predominantemente por meio da provocação de dor que cause uma reação imediata no individuo assim havendo tempo para a realização da técnica. Essas técnicas precisam de agilidade, ma ai e timming bem condicionados.
São freqüentes em Koryu técnicas que se de fato efetuadas causariam quebramentos, levariam a inconsciência, danificariam as articulações ou ainda resultariam na morte do Uke. Esse é mesmo o propósito do Koryu, é muito mais agressivo e visa o condicionamento do praticante para que ele saiba também usar as técnicas em situações empíricas.
um koryu (ko-antigo, ryu-escola) deve se enquadrar nos itens abaixo :
koryu deve ser uma arte datada de antes da restauração Meiji (1868)
1) O koryu deve conseguir provar ser desse escopo temporal através de documentação;
2) O koryu deve ter suas características didáticas tradicionais preservadas.
3)O koryu deve ter sido criado pela classe guerreira (bushi).
Dragger explica isso em seus trabalhos sobre Bujutsu antigo e moderno;
1; Ausência de faixas
2. Sem Sparring, apenas Kata.
3. Treinando para a batalha . Todos os Bujutsu tradicionais tinham como meta matar alguém para defender ou tomar um território, ou lutar em uma grande batalha.
O Gendai Budo são os estilos estabelecidos depois da Era Meiji no Japão, que, por ser uma época de paz, deu origem a estilos mais suaves e esportivos, com regras especificas e formatos de competição. . Alguns desses estilos fazem parte de grade escolar oriental e são esportes participantes de grandes competições como é o caso do Judo e do Karatê.
1-Sistema de faixas para mostrar a diferença entre iniciantes, intermediários e avançados
. 2- Didática que ensinava as técnicas básicas para construir o aprendizado gradativamente até as técnicas mais avançadas.
3. Katas para preservar a tradição dos Koryus.
4. Randori e Shiai para testar suas habilidades, pouquissímas escolas tradicionais tinham randoris e shiai.
Antes da Era Meiji, nenhuma escola possuía competições e as mesmas são condenadas até os dias de hoje pelos mestres mais tradicionais, pois, devido ao seu histórico, o Koryu condena classificações desse tipo. Nos desafios reais entre guerreiros praticantes de Koryu não havia um primeiro e um segundo lugar e sim o que permanecia vivo e o que era morto pela espada do vencedor. No entanto, nas artes Gendai Budo, a competição é no mínimo admitida e, em algumas escolas, até mesmo incentivada como forma de aprendizado.
Depois de analizar as informações acima, reta uma pergunta...o BJJ é um Koryu Japonês ?
,Vamos ver:
1- O BJJ tem graduação de faixas.
2-O BJJ não possui katas tradicionais.
3-O BJJ não possui treino de batalha- (treino de um contra um não é treino para batalha).
4- O BJJ não é uma arte datada de antes da restauração Meiji (1868)
5- O não tem como provar ser desse escopo temporal através de documentação.
6- O BJJ não tem suas características didáticas tradicionais de um Koryu.
7- O BJJ não foi criado pela classe guerreira (bushi).
Para os defensores da teoria Gracie, a única saída para negar todas as informações acima é dizer o nome do tradicional Jujutsu ryu que o BJJ clama ser originário. Essa é uma questão para qualquer um que defende tal teoria responder...
Sobre Maeda
Maeda nasceu na vila de Funazawa, cidade de Hirosaki, Aimori Prefecture a 18 de Novembro de 1878 e não era de origem nobre como é contado no Brasil. Cursou seu segundo grau na Kenritsu Itiu High School. Quando criança era conhecido como Hideyo.Entre os amigos, era conhecido pelo apelido de menino-sumô, em razão de seu grande fascínio pela arte que lhe fora ensinada por seu pai e das várias lutas que vencia contra colegas de escola.
Praticou sumo quando adolescente, mas não prosseguiu devido à falta de estrutura corporal para este esporte. Por causa disso e pelo interesse gerado pelo sucesso do Judô nos embates contra o Ju-Jutsu, ele trocou o sumo pelo judô. Em 1894 com 17 anos de idade, seus parentes o enviaram a Tokyo para compor o time da Waseda University. Ele entrou para o Kodokan no ano seguinte. O Kodokan possui o registro de sua matrícula desse mesmo ano de 1894. Ou seja, não há nenhuma possibilidade de que ele tenha estudado Ju-Jutsu tradicional , ele começou mesmo treinando judô Kodokan, e logo foi considerado o mais promissor dos estudantes de judô. No kodokan existe um livro de inscrições criado por Kano que data de 1883, lá se encontram os nomes de todos os judocas que por lá passaram, o nome de Maeda se encontra nesse livro.
Em 1904, Mestre Jigoro Kano aconselhou Maeda a viajar para os Estados Unidos a fim de mostrar aos americanos as habilidades das artes marciais japonesas. Antes de partir, recebeu o quarto grau das mãos de seu mestre.
Mitsuyo Maeda foi formado junto com Soishiro Satake, um dos chefes da segunda geração do Kodokan, que substituiu a primeira até ao início do século 20.
Mituyo Maeda deixou o Japão através do porto de Yokohama
Naquela época, os norte-americanos já conheciam um pouco sobre judô, uma vez que o então presidente, Theodore Roosevelt era um grande fã do povo japonês e de sua cultura, chegando a ter um instrutor particular de judô chamado Yamashita. Em busca de melhorar a defesa pessoal, alguns militares americanos também já aprendiam judô em suas bases. Logo, cabia a Maeda e seus companheiros lutar contra os norte-americanos e provar a superioridade japonesa.
Hoje em dia, o judô perdeu muito das técnicas antigas, uma vez que os lutadores treinam para ganhar o ouro olímpico tendo de obedecer a uma grande quantidade de regras e tempo de luta .O Judô de hoje é muito diferente do de Maeda e Mestre Kano...
Depois de muito viajar pelo mundo, Mitsuyo Maeda desembarcou no Brasil, mais especificamente em Santos. Pouco ficou nada na cidade do litoral paulista, indo se fixar em Belém, começava então a sua jornada no Brasil...
A chegada ao Brasil
Maeda, Satake, Luke, Okura e Shimitsu chegaram ao Brasil pela cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, em 14 de novembro. Foi na própria Porto Alegre que fizeram, então, sua primeira exposição de Judô. Existe uma controvérsia sobre a chegada de Maeda no país, alguns autores adotam datas diferentes para a sua chegada, como Calleja (1979) que cita final da década de 20 e início da de 30, Virgílio, (1986), início da década de 20, Soares (1977), determina 22, junto com Hunger et al. (1995), entre outros autores, recentemente, porém, em artigo na revista Judô, Rildo Eros, relata a chegada do Conde Koma, através da cópia do passaporte de Maeda cedido por Gotta Tsutsumi (Presidente da Associação Paramazônica Nipako de Belém, revela que sua chegada ao Brasil teria sido em Porto Alegre no dia 14 de novembro de 1914, teria ganho o apelido de Conde Koma devido a sua elegância e semblante sempre triste., o nome poderia ser uma alusão ao Komaru, que em japonês significa "incomodado" . Maeda, certa vez, afirmou a um jornal europeu: "Um influente cidadão espanhol, impressionado com as minhas vitórias, postura e comportamento, [...] me deu esse título, que em breve espalhados por toda parte em detrimento do meu nome verdadeiro [...]”.
Maeda gostava do nome, e começou a usá-lo para promover a sua arte, posteriormente.
Quando Maeda, Satake e sua troupe de lutadores japoneses chegaram ao Brasil em 1914, todos os jornais anunciaram “jiu-jitsu” apesar dos dois serem judocas do Kodokan.
O governo japonês não se pronunciou sobre tal distinção até 1925 quando estabeleceu que o nome correto da luta a ser ensinada nas escolas públicas no Japão deveria ser “Judô” e não “Ju-jutsu”. No Brasil, a arte ainda é chamada de Jiu-jitsu. Quando os Gracies foram aos Estados Unidos divulgar sua arte, o sistema ficou conhecido como “Brazilian Jiu-Jitsu” ou “Gracie Jiu-Jitsu”.
Em 1925 Maeda se envolveu na ajuda a imigrantes japoneses perto de Tomé-Açu.
Maeda continuou também a ensinar Judô , agora principalmente para os filhos dos imigrantes japoneses.
Consequentemente, em 1929, o Kodokan lhe promoveu a sexto Dan. E em 27 de novembro de 1941, ao sétimo Dan (póstumo). Mas Maeda nunca soube desta promoção, porque faleceu em Belém, em 28 de novembro de 1941. A causa da morte foi doença renal.
Em Maio de 1956, um memorial para Maeda foi erguido em Hirosaki, Japão. A dedicada cerimônia contou com a presença de Risei Kano e Kaichiro Samura.
Conde Koma e o “Brasilian Jiu-jitsu”
Mitsuyo Maeda , conhecido como Conde Koma, foi um grande mestre de judô. Depois de percorrer vários países divulgando o judô, chegou ao Brasil em 1914 e fixou residência em Belém do Pará, existindo até hoje nessa cidade a Academia Conde Koma. Um ano depois, conheceu Gastão Gracie. Gastão era pai de oito filhos, sendo cinco homens, tornou-se entusiasta do Judô e levou seu filho Carlos Gracie para aprender a luta japonesa. Maeda conheceu Gastão devido a um desafio a um lutador do American Circus, Alfredi Leconte, o Hércules do circo, depois disso Maeda e Gastão ficaram muito amigos.
Pequeno e frágil por natureza, Carlos encontrou no “jiu-jitsu” o meio de realização pessoal que lhe faltava, descontando intervalos provocados pelas viagens do japonês, as aulas com Maeda duraram quase três anos, as aulas eram dadas em uma academia que Maeda abriu em 1916,nos salões do Cine Teatro Moderno, localizado ao lado da Igreja de Nazaré, hoje uma praça, as aulas eram amplamente divulgadas nos ornais para quem quisesse aprender pagando.O primeiro aluno de Maeda foi o estivador Jacinto Ferro, ex-lutador de greco-romana, Jacinto foi instrutor de Maeda e ajudou a dar aulas para o Carlos Gracie.
Satake também abriu uma academia em 1916,em Manaus, o Luís França que formou o mestre Fadda, que foi o grande responssável pela divulgação do Brazilian Jiu-jitsu nos subúrbios do Rio de Janeiro, foi aluno de Satake e teve aulas com Maeda também.
Outro iniciado no caminho suave por Satake foi Vinícius Ruas, tio do lutador Marcos Ruas, Vinicius é sétimo dan de judô e exerce cargo na Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro.Em 06 de outubro de 1945, Satake fez sua última apresentação de judô, tendo como coadjuvante o seu aluno Vinícius Ruas, Satake estava com sessenta e seis anos de idade, em 1948, partiu para Cordoba, na Argentina.
Laku, outro japonês da troupe, também deu aulas de judô no Clube do Banco do Brasil e depois na sede do Nacional Futebol até o início da guerra em 1940, depois disso foi embora para o Peru. Shimitsu e Okura ficaram dando aulas na academia de Maeda, em Belém até 1920, em seguida retornaram para o Japão.Depois do fim do ciclo da borracha, Maeda voltou ao Japão onde recebeu o sétimo dan das mãos do mestre Jigoro Kano, em 1924 Maeda volta ao Brasil, em Belém começa a ensinar judô para as crianças.
Um discípulo de sobrenome Gracie
Com dezenove anos de idade,Carlos Gracie transferiu-se para o Rio de Janeiro com a família, sendo professor dessa arte marcial e lutador. Viajou por outros estados brasileiros, ministrando aulas e vencendo adversários mais fortes fisicamente.Durante o tempo em que ficaram juntos, o japonês ensinou ao irmão de Helio Gracie os princípios fundamentais do Judô ou Kano Ju-jutsu como era chamado naquela época, como o de utilizar a força do oponente como arma para a vitória, bem como técnicas eficientes para vencer em lutas de vale-tudo. Seu método de luta principal era usar chutes baixos e cotoveladas para se aproximar do adversário antes de levá-lo para o chão. Nos treinamentos, botou em prática o “randori”, treino livre que havia sido ensinado por Jigoro Kano em suas aulas.
Anos depois, em 1925, Carlos Gracie abriu sua própria academia de “Jiu-Jitsu”. Para os seus alunos, passou ensinamentos e métodos desenvolvidos por ele próprio através dos anos. Enquanto isso, Maeda seguiu viajando pelo Brasil e pelo mundo.
No Rio de Janeiro e abrindo a primeira Academia Gracie de Jiu-jitsu, convidou seus irmãos Osvaldo e Gastão para assessorá-lo e assumiu a criação dos menores George, com quatorze anos, e Hélio Gracie, com doze. A partir daí, Carlos transmitiu seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à condição física franzina, característica de sua família.
Nessa época o judô começava a ser introduzido em quase todas as nações civilizadas do mundo, todavia, no ocidente o termo Ju-jutsu ainda era empregado, embora o nome Jigoro Kano fosse citado. Este fato técnico afetava o modo de se usar os termos "judô" e "Jiu-jitsu", naturalmente. O que Jigoro Kano promovia no Kodokan era percebido por todos como sendo Ju-jutsu, e o termo "Ju-jutsu" era aplicado à prática do Kodokan. Muitos textos inclusive,chamavam aquela prática de "Kano Ju-jutsu".
Jigor Kano e seus alunos, entre 1890 e 1904, usavam muito o termo "Ju-jutsu" para a prática do Kodokan. Tudo era uma questão de ênfase e de contexto. Preferiram "Judô", somente quando queriam falar da parte filosófica e educativa. Mas usavam "Ju-jutsu', quando falavam da parte puramente técnico-combativa.
O governo japonês não se pronunciou sobre tal distinção até 1925 quando estabeleceu que o nome correto da luta a ser ensinada nas escolas públicas no Japão deveria ser “Judô” e não “Ju-jutsu”. No Brasil, a arte ainda é conhecida como “Jiu-jitsu”.
Nessa mesma época era aberta a primeira academia Gracie de “Jiu-jitsu” no Brasil.
Foi só nos anos 40 que os praticantes do Brasil e em outros países começaram a usar o termo "Judô" de modo definitivo. Os Gracie, que resistiram a todas estas tendências, preservaram o termo dos tempos de Maeda, ou seja,"Ju-jutsu” . No Brasil, temos o hábito de fazer referência "ao" Ju-jutsu, como se fosse um único sistema de luta.
Segundo pesquisadores, não se trata de um sistema, mas de diversos sistemas de luta herdados do Japão Feudal. Justamente pelo Japão da época estar dividido em feudos, cada qual com suas atividades militares particulares, havia uma pluralidade de sistemas.
O Ju-jutsu seria, então, conforme estudos, o termo geral para qualquer tipo de sistema de treinamento técnico para o combate desarmado, ou com armamento mínimo. Assim, também encontraremos diversos sistemas e escolas de Ju-jutsu.
Ryu pode querer dizer escola ou sistema. Vale pelos dois, pois cada escola tem o seu sistema. E, conforme já mencionado, haviam várias, porque o Japão era militarmente dividido em clãs (ou "feudos", daí que dizemos "Japão Feudal").
O que sabemos de fato é que, Maeda ensinou Judô a Carlos Gracie em virtude da afinidade com seu pai, Gastão Gracie. Carlos por sua vez ensinou a seus demais irmãos, em especial a Hélio Gracie. Neste ponto surgem duas teorias. A primeira alega que Maeda ensinou somente o judô de Jigoro Kano a Carlos, e esse o repassou a Hélio, que era o mais franzino dos Gracie, adaptando-o com grande enfoque no Ne-waza - técnicas de solo do judô, ponto central do Gracie jiu-jitsu ou brasilian jiu-jitsu.
Para compensar seu biotipo, a partir dos ensinamentos de Carlos, Hélio aprimorou a parte de solo pelo uso do dispositivo de alavanca, dando-lhe a força extra que o mesmo não dispunha. A segunda teoria, apoiada pelos Gracies, fala que Maeda era, também, exímio praticante de Ju-jutsu tradicional e foi essa a arte que ensinou aos brasileiros. Porém, em uma recente entrevista, Hélio Gracie afirma que "Carlos lutava judô’, veja a entrevista http://www.youtube.com/watch?v=BG309oqVLb4
Nenhuma das terorias dos Gracies são verdadeiras devido a fatos, a primeira era que para praticar judô o estudante teria que usar muita força, como hélio era franzino, teria desenvolvidos "alavancas' que revolucionaram as artes marcias, Hélio também teria aprendido o "jiu-jitsu' de seu irmão Carlos apenas olhando, no livro da Reila Gracie ela conta que hélio aprendeu "jiu-jitsu" treinando com os irmão...vaja parte do livro "Cralos Gracie", em que relata que Hélio teria aprendido a lutar com a ajuda dos irmão :
"O jiu-jitsu é uma luta que exige condicionamento dos reflexos, e, por mais genial e talentoso que fosse, para conhecer verdadeiramente a técnica, Hélio teria que praticar os movimentos com alguém."
'Como não freqüentava mais a escola, tinha todo tempo do mundo para ficar na academia. Começou a ter aulas com Gastão e praticar nos treinos com George e os outros alunos."
Numa entrevista de Carlos ao jornalista José Geraldo, em 1958, ele comentou sobre a época da iniciação de Hélio e George : “ Todo tempo disponível eu dedicava a o estilo de George, que se tornou um digno discípulo.Hélio também progredia muito.”
Sobre a teoria da "alavanca", em que judocas usavam muita força e o Hélio franzino teria criado alavancas que revolucionaram o ne-waza, se observár-mos as fitas do Kosen judo, nela existem dois velhos fazendo movimentos de guarda Delariva, Muito antes do próprio DeLariva, esses dois velhos japoneses são antigos como a criação do mundo, demonstrando a mesma técnica nestas fitas e fazendo raspagens d onde você pega a chave de bíceps, com seu queixo sobre a barriga dele, rola o oponente para finalizar na chave de bíceps de cima. Inacreditável!!!! Eles faziam tudo isso com toda suavidade e técnica de um Roger Gracie da vida, lembre-se que os caras pareciam velhos, então todo o lixo dito sobre judocas usando muita força é jogado por terra...
Sabemos também que Maeda não graduou Carlos Gracie, até onde podemos saber Maeda só teria graduado um tal Donato Pires, o mesmo teria estudado junto de Carlos Gracie...
Em 1920 Carlos encontra com um conhecido no Rio de Janeiro, o tal Donato Pires, também aluno do Conde Koma, Donato também foi aluno de Maeda no Pará.Donato fora nomeado nstrutor da polícia especial de Belo Horizonte, trabalharam juntos por três meses, depois saiu uma nomeação que o Donato estava a espera, aí Carlos assumiu a chefia por dois anos, algum tempo depois Donato e Carlos teriam se desentendido, segue parte da entrevista de Donato a um jornal da época :
(...)no Brasil, a não ser eu, que exibi ao prezado jornalista o meu diploma devidamente autentificado, mas ninguém existe que possa, verdadeiramente, provar que é formado pelo Conde Koma. Os lutadores de jiu-jitsu que temos não merece nem ser considerados de segunda classe, sobre o
Gracie ? perguntou-lhe o jornalista-é um esforçado e nada mais. Seus conhecimentos são rudimentáres, não tendo em nehum momento conseguido impô-lo aos adversário.(...) Me surpreende"-continuou-"a facilidade com que pessoas sem escrúpulo se dizem formadas pelo Conde Koma"
Sobre Carlos e Hélio Gracie
Maeda não graduou nenhum deles, no começo eles usavam faixas azuis...para não se confundir com o Judô, não havia graduações de faixa. O aluno era faixa branca, o instrutor faixa azul escuro e o mestre, azul clara.Hélio e Carlos usavam faixas azul clara, só depois de um tempo é que Hélio e Carlos começaram a usar faixas superiores... em 1967, foi fundada a Federação de Jiu-Jitsu do Brasil. Foram regulamentadas as ordens das faixas de graduação: branca, azul, roxa, marrom e preta. As faixas amarela, laranja e verde, só eram concedidas para crianças.
Sobre a segunda teoria Gracie de que Maeda teria ensinado somente jujutsu tradicional também não se basea em fatos, no livro de Renzo/Royler que é co-escrito pelo faixa-preta de Jiu-Jitsu e professor de filosofia da Columbia Universidade em Nova Yok, John Donaher, o outor escreve:
"...Enfim, tudo isso deixa a dúvida lutador de "Judô" ou de "Jiu-Jitsu" para uma simples questão de terminologia, visto que à época, não havia quase diferença, e o Judô havia sido criado muito recentemente do Jiu-Jitsu. Me parece fora de contexto discutir se Maeda era de um estilo ou de outro um século depois, quando as modalidades têm regras totalmente distintas. E se é para escolher um estilo (acho desnecessário, porém), a opção mais racional é mesmo o Jiu-Jitsu, pelo simples fato de respeitar a vontade de Maeda."
Será verdade ou é mais uma maneira de manipular para dar afirmação a mantiras contadas no passado, vamos lá...
1 )Por que raios os "JUDOKAS PIONEIROS" não falavam que ensinavam Judô, diziam que ensinavam Jiu Jitsu ? Somente depois adotaram o nome Judô.
Simples.
Quando Maeda deixou o Japão, o Judô era ainda conhecido como “Kano Ju-Jutsu ou ainda, mais genericamente apenas “Ju-Jutsu”.
Kigashi, o co-autor de “Kano Ju-Jutsu”, escreveu o prólogo:
“alguma confusão surgiu com o emprego do termo “judo”. Para esclarecer, vou declarar que judo é o termo selecionado pelo Professor Kano para descrever seu sistema mais precisamente que Ju-Jutsu. Professor Kano é um dos líderes da educação no Japão. E é natural que ele deva velar pela palavra técnica que mais precisamente descreva seu sistema. Mas os japoneses geralmente ainda chamam pela popular nomeclatura Ju-Jutsu”.
2 )E por que não diziam que ensinavam "KANO JUJUTSU" e afirmavam ensinar apenas Jiu Jitsu ?
Simples.
pelo mesmo "raio" da primeira pergunta..
Nessa época o judô começava a ser introduzido em quase todas as nações civilizadas do mundo, todavia, no ocidente o termo Ju-jutsu ainda era empregado, embora o nome Jigoro Kano fosse citado. Este fato técnico afetava o modo de se usar os termos "judô" e "Jiu-jitsu", naturalmente. O que Jigoro Kano promovia no Kodokan era percebido por todos como sendo Ju-jutsu, e o termo "Ju-jutsu" era aplicado à prática do Kodokan. Muitos textos inclusive,chamavam aquela prática de "Kano Ju-jutsu".
Jigor Kano e seus alunos, entre 1890 e 1904, usavam muito o termo "Ju-jutsu" para a prática do Kodokan. Tudo era uma questão de ênfase e de contexto.
Preferiram "Judô", somente quando queriam falar da parte filosófica e educativa. Mas usavam "Ju-jutsu', quando falavam da parte puramente técnico-combativa.
O governo japonês não se pronunciou sobre tal distinção até 1925 quando estabeleceu que o nome correto da luta a ser ensinada nas escolas públicas no Japão deveria ser “Judô” e não “Ju-jutsu. No Brasil, a arte ainda é conhecida como “Jiu-jitsu”.
a confusão é feita devido a falta de estudo ou falta de informação dos praticantes das duas artes...
3 )Se eles não praticaram JU JUTSU, por que divulgar algo que apenas tinham ouvido falar, se treinaram a vida toda JUDÔ ?
Simples, tem a ver com as duas primeiras perguntas, era uma questão de contexto, o judo é uma união de várias escolas de jujutsu e luta livre ocidental, era tido como jujutsu no começo, um ryu moderno, kano só realmente mudou o nome para judo para diferênciar sua escola das demais...
4 )Será que foram desonestos ensinando algo que não praticaram, o JIU JITSU ?
Foi só nos anos 40 que os praticantes do Brasil e em outros países começaram a usar o termo "Judô" de modo definitivo. Os Gracie, que resistiram a todas estas tendências, preservaram o termo dos tempos de Maeda, ou seja,"Ju-jutsu” . No Brasil, temos o hábito de fazer referência "ao" Ju-jutsu, como se fosse um único sistema de luta.
Segundo pesquisadores, não se trata de um sistema, mas de diversos sistemas de luta herdados do Japão Feudal. Justamente pelo Japão da época estar dividido em feudos, cada qual com suas atividades militares particulares, havia uma pluralidade de sistemas.
O Ju-jutsu seria, então, conforme estudos, o termo geral para qualquer tipo de sistema de treinamento técnico para o combate desarmado, ou com armamento mínimo. Assim, também encontraremos diversos sistemas e escolas de Ju-jutsu.
Ryu pode querer dizer escola ou sistema. Vale pelos dois, pois cada escola tem o seu sistema. E, conforme já mencionado, haviam várias, porque o Japão era militarmente dividido em clãs (ou "feudos", daí que dizemos "Japão Feudal").
está estampado na capa do jornal dos sports datada de 3 de julho de 1931, reproduzida à página 62 do livro "a capoeiragem no Rio de Janeiro, primeiro ensaio-Sinhozinho e Rudolf Hermanny de André Luiz Lacê Lopes da Editora Europa. Na fotografia que ilustra o encarte tem uma foto de Jigoro Kano de bigode preto, fardado e cheio de medalhas. À pág. 61 a íntegra da reportagem:
"O Sr. GRacie, acreditamos que por desconhecer as regras officiaes (sic), não interpretou fielmente o que elas ensinam, pois sua proposta está em desaccordo com o que determina o livro do professor Jigoro Kano, INSPETOR GERAL DAS ESCOLAS DE "JIU-JITSU" do Mikado, considerado a maior autoridade no assumpto(sic) em todo Japão."
Essa reportagem fala da recusa de Carlos Gracie de submeter-se à uma regra alegadamente emanada da "Instituição que controlava o "jiujitsu" no mundo", Kodokan de considerar vencedor quem tivesse as espáduas em contato com o solo por dois segundos, que teria sido exigência de adversários capoeiristas num desafio de Gracies vs lutadores avulsos no ano da graça de 1931. Quando Kimura, Kato e Yamaguchi estiveram no Brasil em 1951 os jornais noticiaram que os campeôes mundiais de "jiujitsu" estavam no Brasil. Antes da década de 50 você dificilmente encontra referência à palavra judô no Brasil. A partir daí vai aparecendo associada ao esporte.
Kimura em sua biografia, "My judô" fala de ter sido desafiado no Brasil por um professor de "judô" em 1951...quem sera esse professor de "judô" em 1951???
Kimura também responde : "Se fosse especialista somente em lutas de pé, provavelmente teria sofrido muito para derrotar Hélio Gracie, homemm que nunca desiste. Foi lá no Brasil, lutando contra Gracie, reconfirmei a importância da luta de chão"
Kimura, my judo 1969
Como podemos ver, Maeda ensinou mesmo Judô tradicional no Brasil, não existe nehuma relação entre nenhum Koryu japonês e o BJJ, a metodologia do Kodokan era inovadora, compretamente diferente dos antigos Koryus.
Para quem ainda insiste em dizer que Maeda foi expulso, ou não lutava Judô Kodokan, na Biblioteca do Kodokan no Japão, existe um diário que pertencia a Maeda, nele está escrito sua profunda relação com seu mestre Jigoro Kano e o Judô, em uma certa parte Maeda fala de um randori com Kano, o mesmo afirma que o Uki-goshi de Kano era como uma forte agulhada, uma hora voce estave em pé, na outra estatalado no chão.
No livro Judô Kyohan, de 1915, Maeda também aparece como lutador do Kodokan, Maeda não tinha estilo próprio, O ESTILO DE MAEDA ERA JUDO KODOKAN TRADICIONAL, era assim que os lutadores do Kodokan lutavam naquela época.
O Judô era arte marcial, sua parte desportiva ficou famosa devido ao advento olimpico
“ Há no judo sete Katas cujos processos podem evidentemente ser empregados como técnicas de auto-defesa. Mas muitos movimentos, como os de Kime-no-kata (kata de decisão) e Seiryokuzenyokokumintaiiku (kata de boa utilização da energia física educativa do povo) não podem ser utilizadas em randori porque constituem verdadeiramente processos de arte marcial”. (Keni tomiki, 7.º dan de Judo, 8.º dan de Aikido, in revista do Kodokan).
“A Kime-no-kata (formas de self-defense) também chamada Shinken-shobu-no-kata (formas de combate real) foi concebida para o combate real”.
(Illustrated Kodokan Judo. Edição do Kodokan).
CONTINUA...
Mikonosuke Kawaishi
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sábado, 16 de janeiro de 2010
às
14:16
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Edit entry?
Nasceu em Kyoto no Japão em 1899. Ele estudou Jujutsu na Dai Nippon Butokukai (Associação para as Virtudes Marciais para o Grande Japão) em Kyoto. Não se sabe exatamente qual o estilo de Jujutsu ele aprendeu embora se pareça muito com a forma do Aiki Jujutsu.
No meio da década de 20 ele deixa o Japão e excursiona pelos EUA, ensinando especialmente em Nova York e San Diego.
Em 1928 ele chega ao Reino Unido e estabelece um clube de Jujutsu em Liverpool onde ele ensinou Aiki Jujutsu.
Ele suplementou sua baixa renda ensinando a Wrestlers (luta-livre) profissionais e boxeadores sob o nome de “Matsuda” , as aulas eram ministradas em ringues de boxe e salões de música (palcos de teatros).
Em 1931, ele se mudou para Londres, lá fundando o Clube Anglo-Japonês de Judo e ensinou Judo na Universidade de Oxford. Por volta desta mesma época recebeu o diploma de 3º Dan conferido por Jigoro Kano.
Em 1936, quando então 4º Dan mudou-se para Paris onde ensinou Jujutsu (Aiki Jujutsu) e Judo. Durante a Segunda Guerra retornou ao Japão e foi aprisionado na Manchuria por algum tempo, retornando à Paris após a Guerra para continuar ensinando.
Kawaishi acreditava que meramente transplantar os métodos de ensino do Japão para os ocidentais era inapropriado, daí, ter desenvolvido um método próprio. Ele desenvolveu um estilo intuitivo de instrução e uma ordem numérica de técnicas. Este método parece ter funcionado na França, o que fez rapidamente crescer o interesse no Judo neste país. Um dos seus méritos foi assinalar os graus dos judocas com cintos de cores diferentes.Hoje, às faixas tem grande importância para os praticantes de Artes Marciais que ainda não compreenderam seu real significado.
No inicio as faixas serviam apenas para segurar as calças e / ou fechar a parte de cima da vestimenta (Kimono, Dogi).
Normalmente se usava uma faixa branca para se atar a roupa usada por baixo (Dogi) dos Kimonos, esta roupa era normalmente branca para transmitir limpeza e pureza; dizia-se que esta faixa escurecia se tornando preta com o passar do tempo, pelo suor do esforço e dedicação aos treinamentos feitos pelo praticante para alcançar o entendimento e a perícia na sua Arte (cabe salientar que este escurecimento é simbólico, já que a higiene sempre foi e é um fundamento das Artes Marciais, principalmente as de origem japonesa ), Daí, a mística da faixa preta simbolizar o esforço e experiência daquele que a veste. Já as faixas coloridas surgiram depois do sistema de Kyu e Dan introduzido no Judô por Jigoro Kano, sua criação é creditada a Kawaishi Mikonozuke.
Em seguida dividiu os golpes em grupos, cada técnica foi numerada, assim, uma projecção em que se desequilibra o adversário, varrendo-lhe a perna por detrás, é uma «projecção de pernas» e como esta era a primeira projecção ensinada por Kawaishi, chamou-lhe simplesmente «primeira de pernas».
E, assim, duas novidades racionais e psicológicas foram suficientes para popularizar o judo em França. Em 1943 quando teve de regressar ao Japão, Kawaishi formara já mais de 100 judocas. Quando do seu regresso a Paris em 1948, encontrou o judo francês em pleno progresso. Retomou de novo a sua direcção e difunde-o na Europa inteira. Embora inúmeras críticas fossem emitidas contra o seu método, Kawaishi deve ser considerado o verdadeiro fundador do judo europeu.
Na década de 50 a Kodokan caminhou rumo a um Judo esportivo, nesta ocasião Kawaishi manteve-se fiel a um Judo mais próximo ao Judo de Jigoro Kano (era o que acreditavam seus alunos).
Kawaishi, Mikinosuke - um dos primeiros mestres de Judô na Europa (Paris). Oitavo Dan de Judô. Célebre pelo sistema "Sein", um desdobramento ocidental das técnicas de chão e de posição ereta (luta em pé).
Sistema Kawaishi
Este sistema, baseado no método de ensino de Mikinosuki Kawaishi como o Gokyo-no-kaisetsu (Kodokan), conseguiu se impor por toda a Europa e serve ainda hoje como uma combinação muito objetiva e planificada dos diversos grupos independentes de técnicas individuais. Sua subdivisão ou classificação se faz igualmente em cinco grupos, possuindo ao todo 60 técnicas em escala crescente de golpes de arremesso e de chão.
Na Posição de pé:
I - Ashi-waza - golpes com os pés e pernas.
1. O-soto-gari
2. De-ashi-barai
3. Hiza-guruma
4. Ko-soto-gake
5. O-uchi-gari
6. Ko-uchi-gari
7. Okuri-ashi-barai
8. O-soto-guruma
9. O-soto-otoshi
10. Ko-soto-gari
11. Sasae-tsuri-komi-ashi
12. Harai-tsuri-komi-ashi
13. Soto-gake
14. Ko-uchi-maki-komi
15. Ashi-guruma
II - Koshi-waza - golpes aplicados com os quadris.
1. Uki-goshi
2. Kubi-nage
3. Tsuri-goshi
4. Koshi-guruma
5. Harai-goshi
6. Hane-goshi
7. Ushiro-goshi
8. Tsuri-komi-goshi
9. Utsuri-goshi
10. Uchi-mata
11. O-goshi
12. Ko-tsuri-goshi
13. O-guruma
14. Yama-arashi
15. Obi-goshi
III - Kata-waza - golpes de ombros.
1. Kata-seoi
2. Seoi-nage
3. Kata-guruma
4. Seoi-otoshi
5. Hidari-kata-seoi
6. Seoi-age
IV - Te-waza - golpes de mão.
1. Tai-otoshi
2. a) Uki-otoshi b) Kuki-nage
3. Hizi-otoshi
4. Sukui-nage
5. Mochi-age-otoshi
6. Sumi-otoshi
7. Obi-otoshi
8. Kata-ashi-dori
9. Rio-ashi-dori
V - Sutemi-waza - golpes com o corpo.
1. Tomoe-nage
2. Yoko-tomoe
3. Maki-tomoe
4. Maki-komi
5. Yoko-gake
6. Tani-otoshi
7. Sumi-gaeshi
8. Uki-waza
9. Kani-basami
10. Yoko-otoshi
11. Hane-maki-komi
12. Ura-nage
13. Yoko-guruma
14. Yoko-wakare
15. T awara-gaeshi
Luta de Chão
a) Osae-komi-waza - golpes de agarramento
1. Kesa-gatame - faixa.
2. Kata-gatame - na faixa e no ombro.
3. Kami-shiho-gatame - apresamento superior em quatro ângulos.
4. Kuzure-kami-shiho-gatame - apresamento superior leve em quatro ângulos.
5. Gyaku-kesa-gatame - apresamento da faixa com pegada de mão invertida.
6. Yoko-shiho-gatame - apresamento lateral em quatro ângulos.
7. Mune-gatame - apresamento lateral com o braço.
8. Tate-shiho-gatame - apresamento em pé em quatro ângulos.
9. Kuzure-kesa-gatame - apresamento da faixa e do braço.
10. Kata-osae-gatame - apresamento invertido do ombro.
11. Ura-gatame - apresamento por trás.
12. Kashira-gatame - faixa almofadada.
13. Ura-shiho-gatame - apresamento posterior em quatro ângulos.
14. Kami-sankaku-gatame - apresamento superior em três ângulos.
15. Kuzure-yoko-shiho - quatro lateral de cabeça.
16. Tate-sankaku-gatame - apresamento de pé em três ângulos.
17. Uki-gatame - apresamento do joelho.
b) Shime-waza - golpes de estrangulamento
I - Primeira Parte:
1. Kata-juji-jime - estrangulamento com as mãos cruzadas.
2. Gyaku-juji-jime - estrangulamento com uma das mãos invertida.
3. Yoko-juji-jime - estrangulamento lateral com os braços cruzados.
4. Ushiro-jime - estrangulamento por trás.
5. Okuri-eri-jime - estrangulamento.
6. Kata-ha-jime - estrangulamento do ombro por trás.
7. Hadaka-jime - estrangulamento livre.
8. Ebi-garami - estrangulamento das pernas de caranguejo.
9. Tomoe-jime - estrangular rodando.
10. Eri-jime - estrangular com o metacarpo ou metatarso.
11. Kensui-jime . - estrangular com o metatarso.
12. Kata-jime - estrangulamento do ombro com os joelhos.
13. Do-jime - tesoura com as pernas.
14. Hiza-jime - estrangular estirando para os lados.
15. Tsuki-komi-jime - estrangulamento com apoio.
16. Ebi-jime - estrangulamento cruzado do caranguejo.
17. Hasami-jime - estrangulamento da tesoura.
18. Othen-jime - estrangulamento rolando.
II - Segunda Parte:
1. Narabi-juji-jime - estrangulamento com o metacarpo.
2. Kata-te-jime - estrangulamento com mão no ombro.
3. Sode-guruma - estrangulamento girando os pulsos.
4. Hidari-ashi-jime - estrangulamento inferior com as pernas.
5. Kagato-jime - estrangulamento de pé.
6. Kami-shiho-jime - estrangulamento superior em quatro ângulos.
7. Kami-shiho-ashi-jime - estrangulamento superior com as pernas.
8. Kami-shiho-basami - chave superior dos quatro ângulos.
9. Gyaku-okuri-eri - estrangulamento na gola com pegada inversa.
10. Kaeshi-jime - estrangulamento no arremesso.
11. Giaku-gaeshi-jime - estrangulamento no arremesso, pegada inversa.
c) Kansetsu-waza - chaves de braço
I - Primeira Parte:
1. Ude-hishigi-juji-gatame - partindo da posição ajoelhado, chave de braço com estiramento lateral.
2. Ude-garami - chave com o braço em ângulo, de joelhos.
3. Ude-hishigi - chave de estiramento por contorção, de joelhos.
4. Yoko-hiza-gatame - chave de estiramento das virilhas, de joelhos.
II - Segunda parte:
1. Kami-ude-hishigi-juji- - chave de estiramento lateral gatame na posição do cavaleiro.
2. Yoko-ude-hishigi - chave de estiramento com arremesso.
3. Kami-hiza-gatame - chave de estiramento das virilhas na posição de cavaleiro.
III - Terceira Parte:
l. Ude-hishigi-henkawaza - chave de estiramento dos joelhos.
2. Gyaku-juji - chave de estiramento com virada por baixo.
3. Shime-garami - chave de estiramento dos ombros com os joelhos.
4. Hiza-gatame - chave de estiramento duplo.
IV - Quarta Parte:
1. Hara-gatame - chave de estiramento na posição de “banco” (pernas encolhidas, braços estendidos e rosto no chão). Em japonês, literalmente - apresamento de barriga.
2. Ashi-gatame - chave de estiramento (sentado). Em japonês, literalmente - apresamento de perna.
3. Othen-gatame - chave de banco arqueado (posição no chão, pernas encolhidas e braços esticados).
4. Ude-garami-henkawaza - chave de estiramento lateral na posição de banco.
V - Quinta Parte:
l. Kesa-garami . - chave de estiramento com a faixa.
2. Kuzure-kami-shiho-garami - tesoura superior de quatro ângulos.
3. Gyaku-kesa-garami - chave de estiramento invertida, usando a faixa.
4. Mune-garami - chave de agachamento lateral.
5. Mune-gyaku - chave de estiramento lateral.
VI - Sexta Parte:
1. Gyaku-tekubi - chave de braço invertida.
2. Hizi-maki-komi - chave de giro na posição em pé.
3. Kuzure-hizi-maki-komi - chave de giro abaixando.
4. Kanuki-gatame - chave de estiramento com trava.
5. Ude-hishigi-hiza-gatame - chave de estiramento com arremesso, ao agachar.
Em 1969, no dia 30 de Janeiro falesceu Kawaishi Shihan.
SARAH MAYER
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
às
09:21
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Primeira mulher ocidental a conseguir o shodan no Judo:
SARAH MAYER
Cortesia de "Richard "Dicky" Bowen", do Budokai de Londres, Inglaterra
Tradução e escolha de textos de Carla Valverde
Agradecimentos: Neil Ohlenkamp
Sarah Mayer começou a praticar Judo no Budokai de Londres, que fora fundado por Gunji Koizumi a 28 de Janeiro de 1978. Sarah visitou o Japão nos anos 30 e estudou no Budokan e mais tarde no Butokukai de Kyoto, que tinha sido inaugurado em 1890 e era dirigido pelos alunos de Jigoro Kano. A 1 de Março de 1935, o jornal Times japonês foi editado com o título "Mulher estrangeira obtém Shodan no Butokukai". A graduação foi atribuída a Sarah Mayer a 27 de Fevereiro de 1935 e foi a primeira mulher ocidental a conseguir um cinturão negro no Judo. Sarah voltou a Inglaterra no mesmo ano e praticou no Budokai durante algum tempo até estabelecer o seu próprio dojo na sua cidade natal, Brugh Heath. Sarah trabalhava em teatro e escreveu a peça Hundreds and Thousands, que foi exibida no Teatro Garrett em 1939. Também escreveu artigos e histórias para o jornal Evening Standard. Durante a estadia de Sarah Mayer no Japão, que durou cerca de dois anos, ela escreveu ao Mestre Gunji Koizumi. Os excertos que se seguem são partes dessas cartas, que nos fornecem uma perspectiva da história do Judo e do país tal como o viveu Sarah em 1930. A presença de uma estrangeira já era por si uma raridade. Uma estrangeira que praticava judo com tal afinco era verdadeiramente algo extraordinário.
"Ainda estou em Kobe. Foi assim porque todos têm sido tão simpáticos para mim no Butokuden, e o Sr. Yamamoto é tão paciente comigo, que eu não me sinto com vontade de partir já." "Fui dificilmente persuadida a vestir o meu fato de judo e para meu horror, descobri que centenas de homens tinham parado de treinar judo ou kendo para se sentarem em fila para verem o que eu estava a fazer. O Sr. Yamamoto também me pareceu muito infeliz. Ele conduziu-me como se eu fosse uma bomba que poderia explodir a qualquer minuto. Para piorar as coisas, uma quantidade de homens com câmaras fotográficas estavam á minha espera, e eu nunca quis tanto estar fora do país como naquele momento. O Sr. Yamamoto permitiu que eu o projectasse umas quantas vezes e como eu estava desesperada ataquei-o com toda a força e com a sensação de que a morte seria preferível a desgraçar-me para sempre perante tamanha assembleia.(?) Durante esta experiência, uma personagem de alta graduação e muito solene, vestida de kimono, veio até junto de nós; na sua face eu reconheci uma expressão de entusiasmo que me aterrorizou. Depois, o fotógrafo avançou, mas quando estavam prestes a tirar fotografias, a personagem solene parou-os fazendo um gesto imperativo com a mão. Provavelmente ele pensou que eu tinha trazido todos aqueles jornalistas comigo e que isto era contra o espírito do judo, eu quis explicar-lhe que isto não era culpa minha, e que eu tinha sido arrastada para ali contra a minha vontade, porque me tinha sido assegurado que eu não teria que fazer mais nada além de ver os outros a praticar judo. Como ninguém falava inglês, eu não tinha como explicar. No entanto, não parecia haver razões para preocupações, pois tudo o que aquela pessoa solene queria fazer era desapertar o meu cinto e cruzar o meu fato ao contrário e quando ele teve a certeza de que eu estava convenientemente vestida, avisou os fotógrafos para prosseguirem. Depois deste acontecimento, sentei-me para ver um lutador americano a lutar com o Sr. Yamamoto. Este pobre rapaz foi suficientemente parvo para publicitar que poderia fazer tudo aquilo que quisesse com qualquer judoca de qualquer parte do mundo. Eu ouvi-o a gabar-se e avisei-o, mas ele não me ouviu. Assim, durante a meia hora seguinte, nós vimo-lo a ser tratado comouma criança por vários homens que foram escolhidos de propósito. Eu pensei que o americano era um pouco azarento, por ter caído nas mãos de homens 5º Dan, mas de qualquer forma ele mereceu-o, e assim distraiu as atenções de mim e deu-me tempo para recuperar." "Agora vou todas as manhãs, ás oito horas ao Butokuden e o Sr. Yamamoto dá-me uma aula. Ele é muito cuidadoso e simpático comigo, mas já não me trata como se eu fosse uma delicada peça de porcelana. Ao fim de algumas horas, sinto-me como se estivesse nas garras de um elefante brincalhão. Ele pareceu bastante surpreendido e embaraçado ao saber que eu não sinto aversão ao trabalho de chão e disse-me através de um intérprete que pensava que eu iria argumentar o facto de ser mulher. Eu disse-lhe que enquanto praticava judo achava que não tinha sexo, então ele levou isso a sério e sentou-se em cima de mim durante um bocado até eu me arrepender do que havia dito e agora não tem piedade de mim. Ele pesa cerca de 90 quilos e quando se senta em cima de mim, é como se eu tentasse mover uma montanha."
"No outro dia houve competições e eu fui convidada. Estive desde as sete da manhã até ás cinco da tarde sentada na mesa do júri (graças a Deus não tivemos que nos sentar no chão) e almocei com eles no intervalo. Muitos homens importantes do judo vieram ver a competição, foram muito simpáticos para mim e deram-me os seus cartões, onde escreveram as suas graduações: 5º, 6º, 7º, e 8º Dan. Eu também lhes dei o meu cartão e pensei se deveria escrever "cinto branco" em letras grandes, mas achei que isso seria facilmente visível."
"De qualquer forma, estou-me a habituar-me a eles e eles a mim. Eu até já recuperei do choque que tive quando descobri que iria partilhar a casa de banho ? para não falar da banheira ? com a polícia inteira de Kobe. (...) Todos são tão simpáticos para mim, mandam-me flores e presentes e levam-me a todo o sítio. Felizmente há um jornalista japonês que fala inglês perfeitamente e que poderei consultar acerca dos comportamentos adequados, de forma a não fazer as coisas mal muitas vezes."
"Os meus cumprimentos à Hana e ao Sr. Koizumi e os melhores cumprimentos a todos no Budokai. Diga ao Sr. Tani que estou a adorar, mas que ninguém aqui me trata tão delicadamente como ele fazia. Agora compreendo o cuidado que ele tinha quando me projectava para o tapete!"
"Eu tenho outra rapariga comigo durante as férias. Ela tem vinte e um anos mas aparenta ter dezasseis. É muito diferente das outras. (?). Cai sobre o que quer que esteja no seu caminho. Eu salvei-a de ser atropelada mais vezes do que aquelas que posso contar e na presença de homens é tão tímida que não faz mais nada senão dar risinhos. Todos os dias me pergunta o mesmo acerca do Judo ? "Não é terrível ser projectada?" até eu ficar tão irritada, que se não tenho cuidado, levanto-a e deixo-a cair só para lhe mostrar. Porém, é uma rapariga simpática e gosta tanto de me agradar que não quero ser indelicada."
"O Sr. Yamamoto dá-me aulas de judo todas as manhãs, domingos incluídos, durante aproximadamente duas horas e à tarde vou a Miyahojigawa, onde o Sr. Sonobe me ensina a nadar. Eu partilho uma pequena sala com a polícia de Kobe, que vão todos treinar ao Butokuden. Eles entram e saem, independentemente de como eu esteja vestida, mas agora já me habituei."
APOSTILA DA POLÍCIA JAPONESA Parte 01
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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
às
08:18
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