"A meta final do JUDÔ KODOKAN é o aperfeiçoamento do indivíduo por si mesmo, desenvolvendo um espírito que deve buscar a verdade através de esforço constante e da sua total abnegação, para contribuir na prosperidade e no bem estar da raça humana" "Nada sob o céu é mais importante que a educação. Os ensinamentos de uma pessoa virtuosa podem influênciar uma multidão; aquilo que foi bem aprendido por uma geração pode ser transmitidas a outras cem." Jigoro Kano

A HISTÓRIA DO JUDÔ POR M. TRIPP ( Tradução de Flávio Almeida)


Antes de começar; vamos entender as regras da luta de solo. Discorde se desejar; mas você vai ter que fazê-lo com fatos não com emoção. Você vai ter que argumentar com fatos históricos.

A História do BJJ/GJJ é bem nebulosa; assim ocorre porque há pessoas que querem “vendê-la”. Chamar pessoas como Maeda e Kimura de lutadores de jujutsu é um claro exemplo disso. Para acabar com isso; vamos ter que definir o que é o jujutsu é e o que é o judô.

Em termos do que veio do Japão, e depois se tornou BJJ/GJJ; não é jujutsu ou judô. Não há meio termo aqui. Jujutsu (Jiu Jitsu ou Jujitsu) são palavras incorretas; verifique Segredos revelados do Aikijujutsu para ver um capítulo sobre isso); era um tradicional Bujutsu ryu do antigo Japão. Como um ryu tradicional; era ensinado e praticado de determinada maneira.

Dragger explica isso plenamente em seus trabalhos sobre Bujutsu antigo e moderno; Para 1; Ausência de faixas 2. Sem Sparring, apenas Kata e um passo 3. Treinando para a batalha apenas eu poderia postar mais, mas você entende o ponto. Todos os Bujutsu tradicionais eram sobre matar alguém para defender ou tomar um castelo, ou lutar em uma grande batalha.

No caso, o Jujutsu eram técnicas sobre matar alguém. As habilidades de penetrar em armadura usando um “tanto”; liberar seus braços para usar a espada, etc. Essa é a base para os tradicionais Ryu do Jujutsu. Agora; BUDO ao contrário do BUJUTSU era sempre sobre a pessoa, não sobre o grupo. A mudança do Bujutsu não era sobre técnicas de “água-abaixo”; mas não usando espadas; ou atacar e defender castelos mais. O Foco do treino tinha de mudar com o tempo.

Agora, para começar a única pergunta que faremos será “É o BJJ/GJJ um tradicional Bujutsu ryu?”

Bem, vamos ver: 1- Graduação de faixas- Sim 2. Katas e um passo- não- nº 3, treino de batalha- Não (treino de um contra um não é treino para batalha). Novamente, se você quer debater isso, vai ter que fazer duas coisas; reprovar Dragger, e dizer o nome do tradicional Jujutsu ryu que o BJJ/GJJ clama ser originário. Tem uma questão para qualquer Gracie responder, se quiser usá-los para referência e fonte histórica. Obviamente, até os Gracies admitem que Maeda foi quem trouxe-lhes o “JiuJitsu” como chamam. Vou chegar a Maeda no curso dessa aula de história. Mas por agora; o ponto é, BJJ/GJJ NÂO é Bujutsu e não pode ser derivado do Jujutsu, como definido na história do Japão. Agora, vamos ver do que se originou o “jujutsu”. Classe dispensada.

Jigoro Kano era de boa família e um educador. Ele viu vários problemas com o antigo estilo de treino que ele sabia que tinha que mudar. Tratamento brutal dos alunos e falta de treino sistemático eram o topo da sua lista de mudanças. Também viu o BUDÔ como algo muito além da luta. Kano sentiu que deveria aprender com a experiência. Então Kano criou um “novo” método de ensino e treino no velho Bujutsu. Eu coloco novas referências porque o que ele “desenvolveu” de outras fontes e o que ele próprio criou, o que dá vazão a muito debate.

Mas em 1882 ele abriu sua primeira escola com os seguintes métodos:

1- Sistema de faixas para mostrar a diferença entre iniciantes, intermediários e avançados. 2- “Plano de aula” que ensinava as técnicas básicas para construir o aprendizado gradativamente até as técnicas mais avançadas. 3. Katas para preservar a tradição. 4. Randori e Shiai para as novas “batalhas” afim de testar suas habilidades.

Agora; Muito foi dito ao longo dos anos, sobre o fato de que Kano queria criar um “esporte” Seguro e não uma arte marcial. Isso não é tão verdade e ignora uma dúzia de escritos de Jigoro Kano que tal fato refutam. O que ele criou foi uma atitude “esportiva” no judô, o que não é a mesma coisa.Exemplo: estou dando um treino com alguém e ele me pega num estrangulamento, eu bato, ele solta o golpe. Isso é esporte. Se e bato, ele não solta, isso NÃO é esporte. Se ele me quebra um osso numa chave e eu não tenho chance de desistir, ISSO não é esporte.

Esse era o “esporte” que Kano queria criar. Ele sabia que não podia permitir golpes traumáticos no Randori/Shiai ou as pessoas poderiam sair seriamente machucadas. Mas havia muito a fazer além disso. Kano sabia que as chamadas técnicas “mortais” (para um lutador desarmado) eram, em grande parte, mito e impossíveis de serem desenvolvidas do jeito que as técnicas “esportivas” poderiam. Como você desenvolve uma técnica de “dedo no olho?” Apenas observe como você pode melhorar uma queda emendando com uma chave de braço, esse era a idéia de Kano.

Kano também queria manter o aspecto de “vida e morte” da tradição dos antigos samurais nas disputas. O problema é a “morte” de alunos diminuiria o número de aprendizes. Então “morte” passou a significar a morte simbólica, a submissão! A única forma de vencer no Judô de Kano era bater ou ser nocauteado por uma queda. Ambas essas áreas continham as verdadeiras lições do BUDÔ que kano queria transmitir. “Caia Nove vezes, levante dez”. Lição essa que você leva para sua vida pessoal. O aspecto da submissão significava a “morte”, batendo, você concordava que o outro o havia “matado”. Isso era ainda a morte do ego (Por isso tantas pessoas tem problemas com a luta de submissão); e Kano aprendeu a como lidar com, e superar essa morte poderia construir um caráter forte; e pessoas melhores.

Finalmente Kano mudou o nome do que ele estava fazendo de Jujutsu para Judô, para mostrar essa diferença de método de treinamento. Vários mestres de Jujutsu dos velhos ryu-ha vieram e se juntaram a ele neste novo conceito. Eles começaram por dividir suas técnicas sob esses métodos de treinamento, e por quatro anos suas habilidades cresceram. Isso foi muito importante, pois em 1886, tivemos o primeiro teste UFC para a escola de Kano. Mas qual a próxima lição...OK; Entendemos agora o que um verdadeiro Bujutsu Ryu-ha vem a ser. E agora, chegamos ao ponto onde a mudança ocorre do Bujutsu (arte da guerra para campos de batalha(coletiva)) para o Budô (arte pessoal(individual)).

Com o desenvolvimento das técnicas mais avançadas; a verdadeira diferença aqui é a falta de armas. No campo de batalha você tem várias, na vida pessoal nenhuma. O próprio termo arte marcial foi construído como se nunca tivesse havido uma guerra em que o exército do Judô tivesse atacado a montanha dominada pelo exército do Tae kwon do. Que “guerra” foi lutada com o que pensamos ser “arte marcial” Esse termo deveria ser reservado somente para verdadeiros estilos de artes bélicas, com armas. Eu digo isso para demonstrar a importância do problema que muitas pessoas tiveram com a confusão gerada pela transição do Bujutsu para o Budô. Simplesmente não se pode treinar pessoas desarmadas da mesma forma que se treina pessoas armadas. Pense, com a espada, o Katá funciona porque se eu a saco primeiro que você vou ser o primeiro a cortar, mas não é a grande preocupação. O mesmo pode ser dito sobre uma luta de armas de muitas maneiras. Se alguém tivesse uma idéia nova, bem houveram várias batalhas e guerras de morte para revelar se esse alguém tinha razão ou não. Entretanto, apenas os vivos ensinam. Mas “habilidades desarmadas” não eram tão claras. Como se luta desarmado? Que habilidades são necessárias? Como treinar? Eram questões que as pessoas tentavam responder, conjecturando sobre “novas” maneiras de se treinar os velhos Ryu .Treinar era brutal e as pessoas ficavam serimente machucadas e brigar na rua era comum pra treinar suas habilidades. Porém, isto não poderia dar certo por muito tempo.

Por estas brigas e confusões, são a razão pela qual TODOS os mestres de Jujutsu começaram a ganhar uma péssima reputação. Isto iria mudar por conta de um jovem lutador chamado Kano que estava treinando Jujutsu; depois de ver o que as pessoas estavam tentando fazer; ele decidiu: NOTA: Vou fazer uma promessa aqui. Se as pessoas esperarem uma mudança no ritmo da Historia, honestamente e objetivamente o pessoal do BJJ/GJJ vai dizer um “epa”, na verdade, estávamos enganados quanto ao que pensávamos que ele estava dizendo. Vamos ver se eles fazem! Os acontecimentos que mudaram Jujutsu em judô não estavam ocorrendo apenas no Kodokan (a casa do judô de kano). Se lembram dos vários Ryús com seus membros arruaceiros? Outras escolas estavam tentando fazer a transição do Bujutsu para o Budô. Dizer que havia uma grande rivalidade entre as diversas escolas era um entendimento correto.

Segundo a tradição japonesa, Qualquer um poderia entrar numa academia e desafiar o melhor aluno; Se vencesse, poderia desafiar o mestre. Se vencesse poderia retirar o símbolo do Dojô. (Bruce Lee fez isso num de seus filmes; Chinese connection) Kano nunca gostou disso e nunca enviou alunos para assim procederem. Contudo, tradição é tradição e ele sabia que pessoas poderiam vir ao Kodokan desafiá-los. Ele SEMPRE mantinha um aluno de prontidão para eventuais desafios. Eles nunca perderam estes desafios e porisso, mais e mais pessoas foram treinar no Kodokan. Em 1886, o Departamento de Polícia de Tokyo queria implantar um programa “moderno” (termo relativo para 2000, mas não para 1886) de treinamento de combate para seus policiais. A questão era, qual meio de combate desarmado poderia ser implantado? Várias apresentações foram feitas e decidiram patrocinar um evento de uma hora para testar, qual dos vários estilos era o mais eficiente. As regras eram simples; Uma hora de duração; vencia-se por desistência ou os segundos jogavam a toalha (eu tenho um relatório traduzido deste evento). Mas do que isso: era um vale-tudo.

Kano insistiu que seu estilo deveria ser testado contra todos os outros naquele dia. Toda luta teria um lutador de Kano dentro. O número de lutas é incerto. (A seguir, dou a minha opinião). Não é porque o Judô tenha perdido alguma destas lutas, na verdade não perdeu, mas que algumas pessoas que lutaram ficaram seriamente machucadas ou morreram Durante esta disputa, e isto reacendeu na mente de Kano a idéia do Budô. Se pensarmos no nível dos lutadores e nas técnicas utilizadas. Mas não importa se houve 10, 12 ou 15 lutas naquele dia, a história nos mostra que o judô derrotou todos os desafiantes (com um empate, mas mais no outro evento realizado...) e foi escolhido pelo Departamento de Polícia como o método de combate desarmado. Gostemos ou não (algumas pessoas não vão gostar); Foi naquele dia que o Jujutsu como arte Marcial viva acabou. Sim, ainda existem alguns estilos no Japão mantendo viva a tradição. Do mesmo modo que pessoas dos EUA vão para selva ensaiar a “guerra Civil” por algumas semanas todo ano. Esses não são sistemas de lutas vivos ou que evoluem e se adaptam, mas pessoas que gostam de interpretar um Samurai, nada contra, porém, não tentem vender isso como um moderno e efetivo sistema.Não usamos mais espadas.

JUDÔ se tonou a mais promissora arte marcial do Japão e seu primeiro Budô.

A única pergunta era, o que aconteceria quando outros adotassem estes métodos de treinamentos...vou responder isso na próxima oportunidade, quando falarmos sobre esta questão...

Bem, as coisas certamente pareciam brilhantes para o Kodokan! Ensinava-se em todo lado; vencer o torneio de 1886 foi brilhante não foi?

Houve um outro UFC que os judokas detestam falar sobre. Foi em 1888. Falarei mais sobre isso.

O Judô nessa época era uma arte vibrante com alguns golpes traumáticos e imobilizações. A arte da finalização era MUITO limitada, como a grande maioria dos velhos sistemas de Jujutsu ou do moderno judô, pois os judocas modernos não necessitam tanto de saber finalizações. Kano ensinava quatro espécies de quedas no Kodokan: Quedas esportivas (para vencer competições), quedas de construção (uma queda que se usa para aprender um movimento a ser usado em quedas mais avançadas, i.e. Uki goshi/Harai goshi); quedas atléticas (simplesmente porque Kano achava treino importante para a saúde); quedas de combate (descaracterizadas essas quedas eram seguras para se aplicar quedas perigosas, i.e. Hiza guruma).

Na verdade, apenas 10 quedas do Go Kyo no Waza eram usadas para pontuar Ippon no Shiai! Pior, havia muito poucos que sabiam quais quedas eram. É por isso que digo para as pessoas focarem nessas dez quedas e deixar as outras pra lá. Nessa época, outro Jujutsu Ryu Ha Sentiu a necessidade de mudança no seu método de treino e esse estilo, também se uniu ao Kodokan para implantar o método de treinamento do Judô. Esta escola depois de observar vários Randoris e Shiais no Kodokan fez uma simples observação; Era muito difícil fazer alguém desistir nos treinos. Também era muito doloroso!

Eles olharam para as regras do desafio de 1886 e decidiram, eles mesmos, desenvolver um jeito melhor de ganhar estas disputas (lembre-se do limite de uma hora).

Agora (gente do BJJ/GJJ prestem atenção); quero ler atentamente como eles treinavam (BTW: Osaekomi por Kashiwasaki, págs. 14 e 15 contém essas e outras informações): 1. Primeiro para evitar perder. 2. Para derrotar uma pessoa e gerar empate e ir para a vitória. Submissão era chave para esse pessoal! Eles Descobriram que “Dojime” ou “chave de rim” poderia manter a pessoa sob controle enquanto trabalhavam numa submissão (entendam Dojime como guarda).

Eles NÂO se rendiam; era humilhante para eles agirem assim (Hummm, parece familiar?) Eu te deixo com a fonte de mais deste material. Mas acho que você já entendeu. Eles freqüentavam o SHIAI no Kodokan em 1888 com um time de dez homens; 10 homens que poderiam lutar com os melhores dez homens do Kodokan...Dez, lutas, dez finalizações; nenhum empate. Uau, Kano assim entendeu que o ideal de “equilíbrio” era verdadeiro (e ainda é) e que Ne-wasa deveria ter a mesma importância para o Kodokan que o Tachi-wasa.

Os finalizadores aprendiam não apenas a ensinar, mas também uma gama variada de finalizações como Sankaku-jime e novas chaves. Isto prossegue nos dias de hoje e é de onde o termo “Kosen Judô” vem. A partir daí e até 1920 o judô cresceu para o mundo dando igual importância em quedas e finalizações. Kano trouxe um instrutor de Karatê de Okinawa ao Kodokan sete vezes para ensinar técnicas avançadas de atemi (foi assim que Funakoshi veio e montou seu Shotokan karatê). Os desafios ao Kodokan, escassearam. Muita gente, como Kimura e Maeda, viajou o mundo lutando e derotando desafiantes com o Judô que aprenderam de vários mestres no Kodokan.

Agora falaremos das modificações de 1925; da Morte de Jigoro Kano; Judô como um esporte; e as olimpíadas. Por agora, espero que você esteja gostando como eu estou!

“Um Camelo é um cavalo assim designado por cortesia”.

Bem, o tempo para todos os grupos começou a ocorrer…Kodokan Judô se tornou grandioso.

Quando se olha para o Judô, você conclui que pode ser um esporte; defesa pessoal, treinamento policial, arte marcial tradicional; exercício; Budô; etc. Ou qualquer ou todas as opções acima. As pessoas vêm ao Kodokan por diversas razões. Na maioria das vezes; elas esquecem duma lição básica: equilíbrio.

Isto causou os maiores problemas internos (quedas vs Submissões; Combate Vs Esporte; etc) Kano, começou a proibir várias técnicas para prevenir lesões (BTW: Eu agora tenho evidências históricas que pessoas foram mortas em desafios na Escola de polícia de Tóquio). Algumas pessoas gostaram destas mudanças; outras não. Pessoas saíram por causa disto. Kano teve que expulsar membros. Isso o magoou. Mas sua escola era escola de treinamento para a polícia, logo ele não tinha escolha. Kimura é um exemplo disso (dizem que Maeda ou Conde Koma também, mas não achei evidência disso). As pessoas do mundo todo continuavam vindo até ele procurando seus métodos de ensino.

W.E. Fairbairn treinou e obteve a faixa preta Segundo dan dele! Também um dos “três grandes” do Sambo fez o mesmo. Estes homens e muitos outros, não deixaram aprenderam muitas técnicas, mas treinaram conceitos que levaram para seus programas.

Contudo, a grande mudança veio de fora do Kodokan; do Japão mesmo. Deixe-nos apenas dizer que o Japão tinha planos e queria todos os setores do país em sintonia com estes planos. (veja “Blood on the sun”, com James Cagney, quem BTW, era outro faixa-preta do Kodokan!) A decisão foi tomada de tornar o Kodokan uma academia militar.

O único obstáculo era Kano, que não queria sua escola como academia militar. Ele achava que não havia lugar para “guerra” dentro do Kodokan. Era uma violação direta do Judô. Obviamente, isso não agradava o governo japonês. Em sua viagem de volta do Egito de uma reunião com o Comitê olímpico Internacional, que tratava de tornar o Judô um esporte olímpico, Dr. Kano morreu por “envenenamento de alimento”. Algumas semanas depois, o kodokan virava uma academia militar. Se você acha que a ligação é muito vaga (ou impossível); posso sugerir a leitura do livro “Unit 731” ou “The Rape of Nanking”. Eu sugiro o oficial (731); mas eu advirto: Não é para corações ou estômagos frágeis.”. Próxima lição 2ª Guerra Mundial, realidades dos combates; Japão perde a guerra; e o destino d Kodokan.

A Guerra está em curso; pessoas em toda parte estão aprendendo Judô (livros são vendidos pelo correio como “Lighting Judô”, “Combat Judô”, “Super Judô made easy”, e etc.) Todos mostravam como qualquer um poderia se tornar um imbatível lutador em 10 lições fáceis. Mas uma verdade simples estava sendo constatada nos campos do exército, OSS centros de treinamento e mesmo nos campos de batalha. Era que um homem grande vai bater um homem pequeno. Essas batalhas mostraram ao mundo que não havia nada de misterioso em relação ao Judô; Era simplesmente a ciência do Wrestling com alguns métodos não familiares.

Quando se compreendeu estes métodos; os judokas passaram a ter dificuldades para vencer oponentes. E de fato; Wrestlers estavam começando a vencer alguns “campeões” de Judô (difícil dizer; Kimura permaneceu invencível, porém outros perderam) assim que entenderam como iriam lutar. Porém, é preciso dizer que TODO MUNDO no mundo das lutas estava usando técnicas do Kodokan em seus métodos. É impressionante quando se percebe quão amplo e longe isto pode levar.

Agora, a Guerra tinha acabado; Japão era um país conquistado. General McArthur está no comando; Ele baixa um decreto que vai mudar a história do Judô para sempre. TODAS as artes militares foram banidas no Japão do Pós-guerra. O Kodokan foi fechado porque era uma academia militar! (Kano os avisou!) Depois de várias reuniões e encontros, foi acordado que o Kodokan poderia reabrir APENAS se ensinasse o Judô esportivo e apenas o judô esporte, com o objetivo de se tornar um esporte olímpico. Essa, meus amigos, é a arma fumegante; e está nas mãos de McArthur! Não foi Kano quem quis que o Judô se tornasse um mero esporte, mas o General McArthur! Por mais de vinte anos, o Judô esportivo seria o único foco do Kodokan, sob a direção das forças americanas lá. Seriam os mestres do Judô espalhados pelo mundo que teriam de continuar o prosseguimento da arte nos anos seguintes. Próxima Lição: vou discutir o mais notável destes; Maeda, o Gracie e Brazilian Judô...ou como chamam...Brazilian Jiu Jitsu.

Vamos deixar claro agora: BJJ/GJJ não é uma versão de Jujutsu. Simplesmente não pode ser. Não tem conexão com quaisquer BuJutsu Ryu-ha de campo de batalha, não há qualquer ligação de sua criação com isso, só com mestres de Judô. Mais que isso, eu desafio você a assitir ao “Gracie in Action” Vol. 1 e ver cada luta. Veja Hélio, note as pegadas; as técnicas. ÓBVIAMENTE isso é Judô! Não o Judô olímpico de hoje, mas a luta original até que o oponente desista!

Maeda era Mestre do Kodokan que fez a vida como lutador profissional. Mas não havia campeonatos de Jujutsu de tipo ALGUM após 1886. Kimura era outro Mestre de Judô do Kodokan que ganhou a vida lutando; De novo, não era um campão de Jujutsu, pois NÃO havia campeonato de Jujutsu mundial. Ambos eram altamente treinados e compreendiam o Judô em todos os seus aspectos. (opinião segue);

Eu claramente vejo,pelo que os Gracies estão fazendo hoje, que Maeda tinha alguma ligação com o programa Kosen Judô. Digo isto, observando a mais objetiva fonte que é; assistindo Royce Gracie! Vamos dar uma olhada no comentário de Kashiawki “Osaekomi”. Naquele tempo, o newasa era extremamente popular e bem pesquisado, particularmente pelos estudantes do Kosen Judô. Isso ocorria porque o Kodokan era uma escola que intercambiava campeonatos e times (nota: Escolas públicas, não Dojôs), então era a oportunidade de aprender. Era o tempo de uma só pontuação IPPON ou empate. A maioria dos alunos era principiante, então em pouquíssimo tempo tinham de treinar atletas para competir. Por esta razão, o treino de newasa era muito prático. Era fácil aprender em newasa, então se pesquisou muito posição “tarataruga”, chaves duplas de pernas (leia-se guarda) e por aí vai.

A princípio praticava-se para conseguir um empate, depois para transpor as posições defensivas e conseguir a vitória. Isso se tornou muito eficiente nestas simples, diretas, mas efetivas tarefas...”Então, os estudantes do Kosen Judô eram a elite do seu tempo”; eles lutavam pela escola, pelo judô clube e pelo seu time.

Mesmo se fossem estrangulados ou quebrassem seus braços não batiam- Recusavam a desistir ou dizer “maittá”(desisto)! Esse era o cabedal dos estudantes do Kosen- “lutar por seus países ou por suas escolas”. Parece com um grupo de pessoas conhecidas?

Olhe Royce nos últimos NHB. Em ambos ele usou o conceito básico de defesa do Kosen não deixando o seu oponente fazer NADA que o colocasse em perigo de derrota. Enquanto outros acham isso chato (ou o que quer que digam); quando colocados no contexto dos métodos do Kosen Judô de seu estilo; Não é somente aceitável, mas verdadeiro conhecimento! Quantas vezes você ouviu pessoas do BJJ/GJJ falarem sobre essas lutas: “Por que não conseguiram passar a guarda de Royce”? Novamente, isso é reminiscência do Kosen da segunda parte de seu treinamento, aprendendo a derrotar o lutador defensivo.

Verdade seja dita; hoje em dia, atletas do BJJ/GJJ têm uma estrada mais direta para Kano que o grupo de “Judocas esportivos”! Os Judocas atletas são apenas o que a FIJ permite que o Judô seja, e DEPOIS do Bloqueio de MCArthur (algo que o Brasil não teve que lidar). Como qualquer país que tenha importado o Judô, o pessoal do BJJ/GJJ focou em certos aspectos e se desenvolveu em cima destes aspectos. Obviamente os melhores lutadores do BJJ/GJJ estão entre os melhores lutadores do mundo com seu conhecimento de newasa.

Eu sou um que ADORARIA ver um torneio Kosen School vs BJJ/GJJ! Então, volto a idéia central; Por que chamar “Jujutsu” quando claramente é só uma forma de judô? Bem, poderíamos dizer o mesmo que Wally Jay; John Saylor e inúmeros outros que estão realmente praticando uma forma de Judô, seja por método de treinamento, seja por técnica. Por que não chamá-lo Judô? Vamos ter que esperar até a ocasião oportuna para saber!

Vou dar um salto aqui. Vou passar do fim dos anos 60 ao início dos anos 70. Antes disso, haviam escolas de Judô com programas balanceados e completos. Quero falar das duas coisas que nos trouxeram a situação que vivenciamos hoje.

Primeiramente; se tornou comum dar-se altas graduações do Judô a pessoas somente com base em vitórias em torneios. O problema disso é simples: Um Jovem que utiliza bem a força, bom equilíbrio e uma boa queda vai se “aposentar” das lutas pelo 4º ou 5 º dan dessa maneira. Anos depois, ele será 8º dan, dirigindo o Judô na América, AINDA QUE grande conhecimento do verdadeiro Judô. Pior, ele pode nem saber como te passar seus conhecimentos; Atletas, nem sempre são grandes técnicos ou instrutores e vice-versa. Mais cedo ou mais tarde; vamos ter pessoas com conhecimento apenas de faixa marrom de judô dirigindo tudo.

Segundo, aqui nos EUA; o objetivo de 90% dos Judô-clubes é treinar atletas para ganhar medalhas olímpicas de ouro. Todas as outras coisas não têm importância. Eu digo a você que se esse for seu único objetivo, não vai ter grande sucesso nos negócios com seu judô-clube(porque não vai atender a expectativa do consumidor). Muita gente que bate a sua porta, não está querendo ser medalhista olímpico! Este “paradigma” revirou o Judô de muitas maneiras. Isso criou problemas políticos, argumentos ariscos, ações nos bastidores por parte de alguns e por aí vai. Pergunte a você mesmo uma questão central: Era Wally Jay um Judô-ka? Ele falou, e eu o vi trabalhando muitas vezes e estou certo de que ele é. E Gene LeBell? John Saylor? OK, eis a questão, porque estas pessoas não têm mais NADA a ver com o Judô neste país? Você poderia pensar quando visse o que Gene fazia. Ele deveria estar no quadro de diretores em algum lugar!!! Mas, de novo, é difícil fazê-lo e enganar pessoas que têm um certo conhecimento de Judô. Estes homens simplesmente caíram fora quando viram o rumo que o judô estava tomando e que era inútil tentar impedir. Para evitar confusão, a palavra “Jujitsu” começou a ser ouvida de novo, não como arte da guerra, apenas homens praticando Judô do jeito que eles pensam que o Judô deve ser praticado, mas sem a política, luta pelo poder, mente bitolada como no atual mundo americano do Judô.

Eu poderia preencher estas páginas somente com propaganda que foi empurrada em minha escola pelos “poderosos”, mas vamos esclarecer...

Michigan Judo tem um Site na Web; Por que não há nada lá sobre Konan Shiai na MSU próximo domingo? Meu tio tinha a mesma escola na localidade por 20 anos; Por que não há fliers? Várias escolas de BJJ/GJJ foram a esses eventos, também não foram avisadas. Alguém poderia pensar que há algum mistério nesses eventos. Por que só chamaram alguns poucos? Essa é a razão pela qual estou trabalhado junto à AAU sobre a possibilidade de sediar eventos de Kosen Judô. Mais sobre isso em outra postagem.

Vamos apenas orar e agradecer a Wally Jay, Gene Lebell, John Saylor e claro, a todos os Gracies desde Hélio até todos os ramos da família...eles são os que mantém o verdadeiro Judô vivo!

(Era como caminhava quando eu estava lá, não conheço o trabalho da Polícia no Japão) A história do Judô sendo ensinado a polícia nos trás de volta a 1886 nos torneios de desafios na Academia de Polícia de Tóquio. Esta tradição se espalhou pelo mundo.

No Japão, a Polícia leva seu treinamento MUITO a sério. Tem que treinar antes e depois e sempre há, pelo menos, um 6º dan supervisionando os treinos. Ganhar graus e vencer lutas são requisitos para promoções. O Detroit Judô Clube nos seus dias gloriosos era o centro de treinamento para o Departamento de Polícia da Cidade. Na verdade, naqueles dias, o DPD tinha seu próprio time e um programa de integração para a juventude da cidade. Entretanto, cabe ressaltar que as mudanças no Kodokan Judô para o Judô olímpico não eram bem vistas pela polícia. Na metade da década de 60 houve a grande quebra entre a tradição do Kodokan e a da Academia de Polícia. Isso veio do fracasso da tentativa de implementação das novas regras de Judô na Academia em contextos em que policiais tentavam prender suspeitos (Lapela e manga). O Japão tem uma cultura da faca e essas técnicas eram um erro. Sem contar que a Polícia de Tóquio não treina o Judô olímpico; De fato é um dos melhores lugares onde lutadores olímpicos treinam! Mas eles viram a necessidade de manter vivo o verdadeiro Judô, como era.

Eles criaram um grupo de técnicas chamado “Renkoho” ou técnicas de abordagem”, e criaram randoris para treinar isso. Eles pegaram a idéia do Kosen de que derrubar uma pessoa com o rosto para o chão era melhor que derrubá-la com a face para cima; o mesmo para imobilizá-la. Quando você introduz o conceito de “arma escondida” na luta você percebe a razão para isto. Nos Randoris não era incomum as pessoas terem uma arma oculta e usá-la num momento de distração. Mantém você em alerta. Pegando a lição de Kano de Randori de atemi frontal, eles criaram a primeira idéia de atacante protegido. O defensor nunca estava protegido e muitas vezes acabava machucado neste treinamento! A “armadura” era uma armadura modificada de Kendô e hoje é usada em treinamentos de Karatê pelo mundo.

O Atemi-wasa foi trazido de volta (algumas vezes o agora chamado Nihon- Kempô); e agora com a “armadura” pode-se usar força total nos treinos. O Shiai do Kendô foi modificado para caber no seu bastão telescópico; Finalmente isso tudo foi codificado num sistema chamado “Taiho-jutsu” ou às vezes “Keijutsukai”. Agora, ouça! Isto Não significa que as pontuações de Judô foram esquecidas; Longe disso. Mas o que eles achavam é que um bom judoca estava mais habilitado para empregar as técnicas de Taiho-Jutsu DEVIDO ao seu treinamento de Judô.

Eu tive muita sorte de ter treiado com Frank Aul, que foi membro da DPD por vários anos e um judoca muito forte também. Ele me ensinou os métodos de randori ensinados na Polícia (E para vocês nessa área, treinei estes conhecimentos com Mark Scoth por dois sólidos anos). Mais ainda quando tive a chance de ir ao Japão em 1975 para treinar na Academia de Polícia de Tóquio como convidado (obrigado por não terem me matado). Claro, isso é uma aproximação Vital do Judô, se alguém quiser um vídeo sobre o Real Judô, isto estaria nele. Para fechar, eu me lembro de estar em Okinawa num bar com, pelo menos 50 serviçais bêbados. Quando um Policial entrou no bar, TODOS ficaram quietos e respeitosos no segundo em que ele entrou.

“ Antes do fim da segunda grande Guerra, o judô no Japão atingiu o seu maior nível técnico. Apesar de expoentes quererem competir, o grande propósito do treinamento era Seishin Tanren, ou desenvolvimento espiritual.

A proibição contra as artes marciais em 1945 inclui o Judô e resultou na sua estagnação técnica. Quando o Judô finalmente recomeçou em 1947, Risei Kano, filho adotivo de Jigoro Kano e terceiro presidente do Kodokan, esforçou-se para reconstruir a integridade técnica do Judô japonês sob a égide do Kodokan. Ele organizou o Zen Nippon Judô Remmi (all Japan Judo’s Federation) em 1949 assumiu a liderança dos aspectos administrativos e técnicos do Judô.

Apesar de atento aos valores culturais do Kodokan Judô, Risei Kano preferiu dar ênfase ao Judô esportivo. Essa ênfase começou com a organização dos primeiros campeonatos nacionais, genuinamente japoneses em 1948. Judô no Japão, hoje, é primeiramente um esporte, para desgosto dos tradicionalistas que viam o Judô como uma atividade cultural.

Mesmo assim, do jeito que o judô é treinado hoje, continua a ser um dos maiores objetivos de formação dos competidores olímpicos. (onn F. Draeger; Modern Budô and Bujutsu, vol. 3, pág. 123). Agora, vamos adicionar alguns fatos aos acima. O primeiro campeonato mundial foi realizdo em Tóquio, Japão em 3 de Maio de 1956. Não havia categoria de pesos e Anton Geesink ficou em terceiro lugar. Cinco aos depois no terceiro campeonato mundial, ele seria o primeiro não japonês a conquistar a medalha de ouro.

O primeiro Campeonato europeu foi realizado em Paris em 1951. Com a interessante divisão, não por pesos, mas por faixas! Faixa Marrom, depois 1º, 2º e 3º dans (todos com sua própria divisão), e finalmente uma categoria livre. A Copa Kano veio em 1978, a Copa Fukuoka em 1983, e o torneo de Paris em 1971. Com toda essa informação vamos agora rever a noção de que kano, ao criar o Judô, criou um esporte.Se assim fosse, por que esperou-se sessenta e seis anos para realizar o primeiro campeonato nacional no Japão? Ou setenta e cinco para realizar um campeonato mundial?

Mais que isto, porque esses campeonatos só e realizaram depois da morte de Kano? Óbvio que quando lemos Draeger a resposta é clara: Judô não era esporte antes da reabertra do Kodokan em 1947. Também é óbvio que o objetivo principal de Risei Kano era o de promover o Judô como esporte moderno. Para provar isto, vamos comparar os comentários sobre Judô anteriores a 1947 e os que vieram após 1947.

Vamos ver a quota sobre o esporte Judô e Kobayashi e Sharp para entender o ponto: “Apesar de o Judô ser baseado nas artes marciais japonesas (Bujutsu), os judocas o praticam apenas para competir contra outros judocas. Sua aplicação para Defesa pessoal é raramente ensinada”. Formalmente é parte do currículo das academias de polícia japonesas, o ensino das técnicas de luta corpo a corpo, não tiveram continuidade, exceto para prevenir a violência de organizações criminosas. Interessante como Jigoro kano assim se expressou e assim foi impresso no Budokwai Bulletin em Abril de 1947: “Eu fui perguntado por diversas pessoas da possibilidade e viabilidade de o Judô se tornar um esporte olímpico.”

Minha visão acerca da matéria no presente é passiva. Se existir desejo de pessoas de outros países e não tenho objeção. Mas não me sinto inclinado a tomar qualquer iniciativa. Por uma razão, judô é realidade, não é um mero esporte ou jogo. Eu o considero como princípio de vida, arte e ciência. De fato, isso significa cultura pessoal. Apenas uma das formas de treinamento de Judô, chamado de Randori ou prática livre pode ser classificada como forma de esporte. Certamente, o mesmo pode ser dito do Boxe ou da esgrima, mas hoje, são praticados como esportes. Draeger disse que nem todos gostaram da transição para puro esporte. Você pensa que essa entrevista foi feita para apontar uma nova direção para o Judô? Vamos deixar para a conclusão!

Em frente a mim eu tenho um livro chamado “Modern Judô de Charles Yerko. Foi impresso em 1942. Vamos ler seu prefácio: “A falta de mais livros sobre treinar judô, adicionada ao fato de que tais livros são ainda muito mal ilustrados e as figuras são pobremente explicadas”. Um livro lida com as mais eficientes técnicas de auto-defesa e ataques simples, ainda negligencia importantes aspectos de Nage e Katame wasa, muitos destes livros são muito complicados para o estudante mediano de judô.

Um dos melhores livros…também contém um grande número de quedas e chaves..Porém, esse livro falha ao mostrar como estas técnicas podem ser usadas num ataque simples ou em defesa pessoal.”

Hummmm…. Vamos ver o que este livro vem a ser?

Introdução; rolamentos (ukemi); Princípios de Judô e a arte de derrubar (kuzushi e De ashi Barai, tai otoshi; Yoko Otoshi bloqueando o calcanhar, o Soto gari; Ko soto gari, Hiza guruma, Tsui komi Goshi, Harai Goshi; Hane Goshi; O guruma, Tomoe Nage, Ippon Seioi nage, morote seioi nage, soto makikomi, Kani bassami (interessante versão da posição) “gracie get up” e Kata Guuma);Fundamentos da luta no chão (Kesa, Kami shiho e Mune gatame, estrangulamento cruzado da guarda e montado, estrangulamento da montada, estrangulamento com uma lapela da guarda, Hadaka Jime. Estrangulamento tesoura (dô Jimê);Chave de Pulso da montada, arm lock giratório da montada (uma das várias fitas de BJJ) Arm lock partindo do Kesa gatame, chave de joelho reta, defesa das mesmas, defesa da defesa girando para um leg lock, passando a guarda, arm lock em cruz da guarda, Leg lock partindo da queda, reversão para posição de chão depois de ser derrubado, e posições individuais (tokui wasa),Ataques simples aos centros nervosas ( rodar para estrangulamento por trás, empurrar parabaixo para a guilhotina, headlock choke, chave de pulso, chave de martelo, puxada de pulso e arm lock reto, aperto de mão chave de pulso, braço entre as pernas, bloqueio de braços com O goshi;Atemi Wasa com numerosos golpes traumáticos e pontos de pressão.

A ciência da defesa pessoal (numerosas defesas de judô contra todo e qualquer tipo de ataque, incluindo com armas), exercícios de desenvolvimento corporal (parece que yoga é interessante). BTW apenas no Vol. 1 de três. Eu tenho apenas o 1, mas estou tentando conseguir os outros. Agora, se alguém quiser dizer que o Judô após 1947 é o mesmo que você leu acima, eu tenho uma pergunta: Onde estão os textos de ensino do moderno Judô?

Relendo o coteúdo e “modern judô” e comparando com os comentários de Kobauashi novamente. Claramente algo está faltando. Certo que está e é chamado de história revisionista. Deve ser um novo conceito para a maioria de vocês, pode ser visto em vários exemplos.

Nesse caso, Risei Kano teve que dar nova direção para o Judô para poder reabri-lo. Ele o fez e todos concordaram. Bem, nem todos. Felizmente para nós, pessoas como os Gracies não fizeram todas estas mudanças e ao observá-los percebemos como o Judô era antes e como ele ficou.

Pra não deixar ninguém de fora, o mesmo pode ser dito para Gene Lebell, Wally Jay e muitos outros não tão conhecidos como Ernie Cates. Para fechar, não é minha intenção irritar, mas educar. Não estou aqui para incitar, mas para instruir. Eu pude absorver esses fatos mantendo uma mente aberta. Espero que vocês todos possam fazer o mesmo.

Agora que a poeira baixou, podemos ver que depois de 1947 o Kodokan foi modificado para ser esportivo. Demoraria um pouco, mas veio a ser o meio de o Judô se expandir, novamente pelo mundo. Em minha humilde opinião, foi quando terminou a temporada do judô e começou a do Karatê. Isso foi, claro, muito ruim, e levaria, pelo menos mais 30 anos até que os Gracies chegassem e mostrassem a todo mundo que Kano estava certo em primeiro lugar. Para nós entendermos para onde devemos ir, devemos saber onde estamos.

Então deixe-me perguntar-lhes algumas coisas e vamos ser honestos com as respostas!


1. Das pessoas que entram num Dojô comercial, quantas querem treinar o Judô como esporte olímpico para ganhar medalhas? (Esse é o objetivo do Judô nos EUA e tem sido por mais de 30 anos).


2. Das pessoas que entram num Dojô comercial, quantas querem aprender defesa pessoal prática? (O que não tem sido o foco do Kodokan desde 1947).


3. Das pessoas que entraram num Dojô comercial, quantas delas poderiam aplicá-lo em alguém maior, mais forte ou armado? (Eu me lembro bastões de Yawara e canos sendo usados em aulas de Judô; Eu tenho velhos livros de Judô de 1942 onde essas técnicas são mostradas em detalhes).


4. Por volta de 1985, quando a revista nacional de saúde listou o Randori de Judô como um dos mais eficazes exercícios aeróbicos do mundo, atrás apenas da natação, o que as pessoas fizeram na América com esta informação? (pode-se dizer tae-bo boys and girls?).


Antes que seja perguntado, veja Seikyoku-Zen’yo Kokumin-Taiiku de vez em quando e você verá Kano tendo Tae bo antes de Billy Blanks! Eu poderia continuar, mas você já percebeu. Nem incomodaria falando em lutas políticas tolas e coisas do gênero.

Agora, quero fazer as perguntas de novo, mas usando as palavras BJJ/GJJ e você verá claramente que Rorion Gracie entendeu um simples fato; Quando as pessoas batem a sua porta, elas o fazem para você servir a elas e não para elas o servirem ou às suas tradições. Ele fez muito dinheiro entendendo isso também. Pior para a maioria das pessoas que não pode ver isso, especialmente aqueles presos ao conceito ou pré-conceito de “Judô como esporte”.


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2 comentários:

muito interessante parabéns pelo estudo.
Leão Teixeira

nada como a VERDADE dos fatos. Parabens Elton.