"A meta final do JUDÔ KODOKAN é o aperfeiçoamento do indivíduo por si mesmo, desenvolvendo um espírito que deve buscar a verdade através de esforço constante e da sua total abnegação, para contribuir na prosperidade e no bem estar da raça humana" "Nada sob o céu é mais importante que a educação. Os ensinamentos de uma pessoa virtuosa podem influênciar uma multidão; aquilo que foi bem aprendido por uma geração pode ser transmitidas a outras cem." Jigoro Kano
O JUDO NA EUROPA E NAS AMÉRICAS
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sexta-feira, 30 de abril de 2010
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14:55
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O Judô foi introduzido na Rússia pelo c omandante Hirose ( Takeo Hirose- 1868-1904- herói naval da guerra russo-japonesa.) e membro do Kodokan.(foto)
Hirose, na presença do Czar, numa recpção por esse oferecida, foi desacatado por um oficial russo que, ignorando as normas da hospitalidade e da boa educação, afirmou enfaticamente que o japonês só era valente quando em maior número e que o judô nada valia frente a bons lutadores russos...Hirose, que ingressara no Kodokan em 1886, ao mesmo tempo que freguentava a Escola Naval, prontamente respondeu, em alto e bom som : " Escolha três dos seus melhores lutadores, os mais forte e eu luto com eles onde e quando quiserem". Hirose, com apenas 1.71m. de altura de 71 quilos de peso, derrotou seguidamente os três gigantes russos.Espantados com a facilidade que o oficial japonês os derrotou, os presentes não acreditavam no que viam. A partir daí, Hirouse passou a ensinar judô em terras russas.
Vasili Oshchepkov deu continuidade a implantação do judô naquele país, agora com a colaboração de seu melhor aluno, Viktor Spiridinov. com o advento da guerra entre Japão e Rússia, em 1905, o judô neste país foi transformado na luta russa "sambô".
Viktor Spiridonov (1881-1943) melhor aluno de Vasili Oshchepkov , ele deu continuidade ao ensino do judô que aprendeu com seu antigo professor, ensinava técnicas estas com o mesmo nome (Sambo) porém com estilos diferentes.
O estilo proposto por Spiridonov, um notório pesquisador de lutas, possuía raízes na luta Greco-Romana, luta livre, lutas eslavas, Judô Kodokan, Kurash uzbeque, Khapsagay mongol e diversas lutas chinesas. Spiridonov foi o primeiro a desenvolver técnicas relacionadas ao Sambô. Spiridinov dizia que para vencer é impossível usar apenas um sistema, é necessário que se use tudo que outras técnicas tem de melhor. Um método deve mostra em que direção seguir, mas para ser eficiente não pode ser totalmente rígido. Por isso é preciso deixar claro que existia o SAMBO esporte , que passou a ser divulgado internacionalmente e existia também o SAMBO desenvolvido para uso militar, este é letal e se utiliza até de armas.
A influência Oshchepkov era o Judô Kodokan . O estilo proposto por Oshchepkov é o que mais se assemelha ao Sambo atual. Oshchepkov foi executado em 1937, durante o sistema de expurgos políticos promovidos pelo regime de Stalin.Na verdade Oshchepkov queria ensinar o Sambô a todo povo sem discriminação, o governo de Stalin queria que o Sambo fosse ensinado apenas aos militares, o governo também queria que Oshchepkov negasse qualquer ligação do sambô Russo com o judô japonês.
Anatoly Kharlampiev (1906-1979), aluno de Oshchepkov, aprimorou o estilo proposto pelo mestre, compilando ainda as técnicas de Spiridinov. Foi também o responsável pelo reconhecimento da arte marcial junto ao comitê de esportes da URSS. Por suas contribuições técnicas e políticas, é reconhecido, por vezes, como criador do Sambô contemporâneo .
Entretanto, não há um consenso universal sobre a existência de um criador único do Sambô.
Na Europa, no final do século XIX e no começo do século XX, alguns mestres de Ju-jutsu começam a difundir a arte quase que simultaniamente no continente americano e europeu.
O primeiro mestre de Ju-jutsu tradicional na Europa, precisamente em Londres, Inglaterra, no ano de 1898, foi Yukio Tani, junto com seu irmão; posteriormente, seguidos por outros mestres da arte como : Uyenishi, Miyake, Ahno, Aida, Ohno, Kawaishi.
Alguns europeus, amantes da arte, começaram a aprender rapidamente a arte japonesa, um exemplo foi o professor francês Renie, que foi o pioneiro do Ju-jutsu tradicional na França, depois depois de estudar na Inglaterra. Anos depois chega a França o mestre de Judô Kawazaishi, este deu um impulso na organização formal da arte naquele país.
Também, em 1905 o Ju-jutsu tradicional é introduzido na Austrália por Hasn Koch (foto), que foi o primeiro austríaco a aprender Ju-jutsu na Inglaterra com o mestre Uyenishi do estilo Tenshin-Shinyo-Ryu-JuJutsu, que ensinava desde 1900.
Koch também foi o autor do primeiro Manual de indtrução de Ju-jutsu na língua germana, traduzido do único livro de Ju-jutsu tradicional escrito em inglês pelo mestre Uyenishi. Esta é uma foto da capa do manual de Ju-jutsu publicado na Austrália, e uma das tantas fotos de técnicas de controle em pé ( Tachi-Katame-Waza) que contitue este histórico exemplar.
Outros pioneiros do Ju-jutsu na austrália foi Kart Bauner, que em 1912 fundou o primeiro clube de Ju-jutsu, juntamente com o sensei Franz Sager, que aprendeu Ju-jutsu diretamente no Japão para difundílo em seu país. Em 1919 “Willy Curly” (Josef Ebetshuber) fundou a primeira escola de Ju-jutsu. Josef Ebetshuber exerceu uma grande influência no Ju-jutsu conteporanio naquele país, principalmente depois da segunda guerra mundial.
Em outra parte do mundo, o Ju-jutsu tradicional foi mais lenta e silenciosa, nas Américas essa forma de luta foi difundida pelos lutadores do Kodokan Judô, Mitsuyo Maeda e outros mestres do Kodokan começaram a difundir o Judô por volta de 1908.
Nos Estados Unidos, Hawai e nas costas do Pacifico, o Ju-jutsu tradicional foi difundido por imigrantes japoneses por volta de 1920 e 1940; até mesmo o Presidente Roosevelt aprendeu Ju-jutsu tradicional e Judô antes de la 2da. Guerra Mundial.
O Presidente Roosevelt teve como profesor o famoso mestre do Kodokan,Yoshiaki Yamashita.Yamashita era da primeira geração do Kodokan foi em 1903, que o professor sênior da Kodokan,viajou para os Estados Unidos a pedido do empresário americano Seattle Sam Hill. Em Washington, DC, Yamashita fez demonstrações e ganhou proeminentes alunos americanos.
Por pedido do presidente Americano, na época, Theodoro Roosevelt, Yamashita também ensinou Judô na Academia Naval americana. Foi graças à influência de Roosevelt, e contra os desconfiados militares, que Yamashita foi contratado em 1905 para ensinar na Academia Naval de Annapolis, contrato este renovado por um ano, de novo por pressão de Roosevelt. No ano seguinte, Yamashita voltou ao Japão.
Mesmo sendo do Kodokan, o Judô ainda era chamado de Ju-jutsu fora do Japão, veja a carta do Presidente Rooselvet, que escreveu para sua esposa na época do confronto de Yamashita contra os wrestles americanos...
CARTA DO Theodore Roosevelt
Querida Kermit:
“…Eu continuo treinando Boxe com Grant, que agora se torna o campeão dos pesos médios de Wrestling dos Estados Unidos. Ontem à tarde, nós encontramos o professor Yamashita (Yamashita era o instrutor de Judô de Roosevelt antes de Maeda e Tomita chegarem aos EUA) para lutar com Grant. Foi muito interessante, mas claro ju -jutsu e o nosso wrestling estão tão distantes um do outro, que é difícil fazer qualquer comparação entre eles. Wrestling é somente um esporte com regras tão convencional quanto aquelas do Tênis, enquanto o ju jutsu realmente significa na prática de matar ou inutilizar nosso adversário. Em conseqüência, Grant não sabia o que fazer a não ser colocar Yamashita de costas, e Yamashita ficou confortável nesta posição. Em menos de um minuto, Yamashita tinha estrangulado Grant e dentro de mais um minuto mais ele o pegou em uma chave de braço que poderia ter quebrado o mesmo; então não houve dúvidas quanto à quem venceu. Então ficou claro que um homem do ju-jutsu pode bater um wrestler comum, Mas Grant no wrestling e nas quedas era tão bom quanto o japonês, e era tão forte que evidentemente machuca e preocupa os japoneses. Com um pouco de prática na arte, tenho certeza que um de nossos wrestlers ou boxers pode, simplesmente dada a sua força superior e resistência ,estar apto a matar qualquer japonês, que são excelentes lutadores para seus tamanhos e pesos, apesar de muito pequenos para manter vitórias contra adversários maiores, mais fortes, rápidos e bem treinados.
Theodore Roosevelt (1858-1919)
(Theodore Roosevelt's Letters to His Children. 1919. NEW YORK: CHARLES SCRIBNER'S SONS, 1919 NEW YORK: BARTLEBY.COM, 1999)
Os pioneiros do Judô nos EUA, Yamashita, Tomita, Maeda e Satake, treinaram basicamente no Kodokan de Jigoro Kano, a quem consideravam mestre.
Todos eles se viam como representantes do Kodokan, onde viveram como ukideshi durante anos, quando formaram sua competência técnica através de várias lutas contra antigos ryus.
Yamashita e Tomita fizeram parte da equipe do Kodokan que enfrentou em 1886 num célebre combate na Polícia de Tóquio uma equipe de Ju-jutsu Yoshin-Ryu Ju-jutsu, discípulos de Hirokosuke Totsuka, feroz adverssário do Kodokan, criou um movimento cuja a palavra der ordem era derrubem "DERRUBEM O KODOKAN".
O que Jigoro Kano promovia no Kodokan era percebido por todos como sendo Jiu-Jitsu, e o termo "Jiu-Jitsu" era aplicado à prática do Kodokan. Muitos textos chamavam aquela prática de "Kano Jiu-Jitsu", inclusive.
Kano e seus alunos, usavam o termo Ju-jutsu para a prática do Kodokan, mas tudo era uma questão de ênfase e de contexto. Preferiram o termo Judo, quando descreviam a parte filosófica e educativa da luta, usavam Ju-jutsu, quando falavam da parte técnico e combativa.
No livro chamado "Os segredos do Jiu Jitsu" de José câmara Fonseca, oficial de Marinha, editado em 1956 pela Biblioteca do Exército, descreve a confusão na terminologia das artes no Brasil:
"A questão da terminologia, Judô ou Jiu Jitsu, sómente apresenta dúvidas no Brasil, onde se verificam as concepções mais errôneas possíveis, como por exemplo: Judô é luta em pé e Jiu Jitsu é luta no chão. Ora, no mundo inteiro quando qualquer pessoa pronuncia a palavra Jiu Jitsu ou Judô, todos sabem que êle se refere a uma só coisa: Jiu Jitsu de Kano ou Judô. Quanto ao mais, tudo é discussão improfícua que esconde na maioria das vezes objetivos inconfessáveis."
Mas já por volta de 1915 Kigashi, o co-autor de “Kano Ju-Jutsu”, escreveu o prólogo:
“alguma confusão surgiu com o emprego do termo “judo”. Para esclarecer, vou declarar que judo é o termo selecionado pelo Professor Kano para descrever seu sistema mais precisamente que Ju-Jutsu. Professor Kano é um dos líderes da educação no Japão. E é natural que ele deva velar pela palavra técnica que mais precisamente descreva seu sistema. Mas os japoneses geralmente ainda chamam pela popular nomeclatura Ju-Jutsu”.
Como pode-se ver na série sobre a história do Ju-jutsu e Judô, a terminologia Ju-jutsu, Ju-jutsu e Judô causa bastante confusão. A confusão é maior devido ao uso do termo Ju-jutsu para desiguinar estilos modernos que nada tem a ver com os antigos Koryus, existem atualmente no mundo diversas escolas que foram criadas "inspiradas" nos Koryu’s ou que nasceram do Judô Kodokan.
Uma exemplo é a "Danzan-ryu Ju-jutsu". O Danzan-ryu é uma escola criada pelo Sensei Henry Seishiro Okazaki, no Havaí.
O sensei Seishiro Okazaki (foto) treinou diversas artes marciais antes de fundar a sua escola. Ele treinou com mestres de koryu jujutsu, treinou judo na Kodokan, treinou com mestres de kung fu, karatê e wrestling americano. Juntou o que sabia e fundou sua escola, que se chama Danzan porque o termo em chinês para Havai é “tan shan” (“dan zan” em japonês), de modo que danzan-ryu Ju-jutsu pode ser traduzido por “estilo havaiano de Ju-jutsu”.
Nada tem a ver com os estilos antigos de Koryus, mas a terminologia ainda é usada.
LUTADORES JAPONESES PROFISSIONAIS
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14:39
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Taro Miyake foi um lutador profissional japonês, em 1905,partiu do Japão para Londres, onde derrotou o famoso campeão de Ju-jutsu. Miyake e Tani juntaram-se e abriram uma escola de Ju-jutsu, eles escreveram um livro sobre o assunto intitulado “ The Game of Ju-jutsu”.
Em 1920 Miyaki faz uma turnê por toda E.U. Em 1928 volta ao Japão, Miyake faz uma turnê com três outros lutadores, mas o pro-wrestling não era popular nessa época, a prova disso foi a baixa venda de ingressos da turnê. Miyake Ficou conhecido por derrotar Yukio Tani.
Destaques da carreira
• Perdeu para Ad Santel em Seattle,WA, em 20 de outubro de 1917.
• 1918 Ganhou de John Berg, em Spokane, WA, em 15 de março de 1918.
• Perdeu para Jack Taylor Canadá em Vancouver, BC, em 23 de janeiro de 1919.
• Perdeu para Jim Londos em 8 de abril de 1920.
• Perdeu para o canadense Jack Taylor em Casper, WY, em abril de 1921.
• Perdeu para Ed "Estrangulador" Lewis " em Chicago, IL, em 31 de dezembro de 1923.
• Ganhou Bilger em St. Louis, MO, em 19 de fevereiro de 1924.
• Perdeu para Oresti em St. Louis,MO, em dezembro de 1924.
• Venceu Bull Montana em Columbus, OH, 2 de março de 1927.
• Venceu Ray Carpenter em Columbus,OH, 9 de março de 1927.
• Venceu Jack Kogut em Columbus,OH, 16 março de 1927.
• Perdeu para Carpenter Ray em Columbus,OH, 23 de março de 1927.
• Perdeu para Jim Londos em Brooklyn, NY 11 de março, 1931.
• Perdeu para Jim Londos em Louisville, KY 16 de maio de 1931.
• Perdeu para "Tiger" Nelson em Washington DC, 28 de maio de 1931.
• Perdeu para Helio Gracie no Rio de Janeiro, Brasil 14 de maio de 1934.
Yukio Tani ( 1881-1950) foi um jujutsuka japonês, instrutor e lutador profissional.
Os detalhes de sua origem marcial não são totalmente claros, mas o que sabemos é que ele treinou em duas escolas japonesas de Ju-jutsu, o Fusen-ryu, de Mataemon Tanabe, e o Handa-ryu, mas Tani declarou vária vezes ter sido um estudante de Tenjin Shinyo-ryu Ju-jutsu.
Por volta de 1900, por influência de Edward William Barton Wright, fundador do Bartitsu, Yukio Tani , viajou para Londres e começou a aparecer em Salões de Música, dando demonstrações de Ju-jutsu e fazendo desafios. No palco Yukio Tani era conhecido como o “Pequeno Tani” e era famoso em todos os níveis da sociedade londrina.Yukio Tani nunca fui muito bom com datas, e até a data em que o fez citar - 26 de setembro de 1899, quando ele e seu irmão chegou a Londres a convite de Edward W. Barton-Wright - estava errada. Richard Bowen estabeleceu que os dois chegaram à Grã-Bretanha em setembro de 1900.
Tani também foi instrutor de Ju-jutsu na “ Baritsu Escola de armas e cultura física” , teve a ajuda de outro lutador japonês chamado Sadakazu Uyenishi.
Em 1903 Tani juntou forças com o veterano do business, o promotor William Bankier, começaram a fazer um circuito de desafios em todos os Salões de Música.
As regras exigidas por Tani para esses desafios eram as mesmas regras do Ju-jutsu, ou seja a submissão, esse era um conceito estranho para a maioria dos lutadores europeus, a maioria deles se familiarizavam com as regras do Wrestling. Todos eles parecem ter sucumbido a estrangulamentos ou Chaves nas articuçaões.
Em 1905 Tani perde uma luta para um outro lutador japonês, Taro Miyake, que logo depois se tornou seu amigo, na mesma época fez durante uma semana de desafios no salão de Música de Oxfod, Tani encontrou e derrotou trinta e três homens, alguns eram lutadores famosos da época. Yukio Tani chegou a derrotar uma média de 20 homens por semana em uma turnê que fez, totalizando mais de 500 adversários durante o período da turnê.
Em 1904 Tani Abriram uma escola japonesa de Ju-jutsu em Londres, essa escola permanesse abarte pouco mais de dois anos, uma de suas alunas era a atriz de teatro Marie Studholme.
Em 1906 tani faz uma parceria com Miyake em um livro chamado ‘ The Game of Ju-jutsu”.
Em 1918 Tani torna-se o primeiro professor na Budokkwai Londres, inicialmente ensinando Ju-jutsu, durante ums visita de Jigoro Kano, em 1920, Tani foi agraciado com o Segundo grau em judô Kodokan. Tani passa a ensinar Judô na Budokwai.
Em 1937 Tani sofre um derrame, mas continua a ensinar nos tatames da Butokuwai até sua morte em 24 de janeiro de 1950.
Takeo Yano, o mestre. Por: Manoel Procópio de Moura Júnior, procurador, escritor e sócio do IHGRN
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domingo, 18 de abril de 2010
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16:37
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O jogo esportivo de combate e defesa chamado Judô chegou ao Brasil no ano de 1922, em pleno período da imigração japonesa. O seu nome significa Caminho Suave, gerado da composição de (ju) suave, ceder + (do) caminho, via. Esta arte foi criada no Japão no ano de 1882, por Jigoro Kano. Neste esporte vence quem consegue o ippon (derrubar o adversário, imobilizando-o, com as costas ou ombros no chão durante 30 segundos). Não conseguindo, o judoca deve acumular pontos através dos seguintes desequilíbrios: wazaris (é um ippon incompleto, ou seja, o adversário cai sem ficar com os dois ombros no tatame, dois wazaris vale um ippon), yuko (quando o adversário é derrubado de lado, este golpe vale 1/3 do ponto) e, finalmente, o koka, (ocorre quando o adversário vai ao chão sentado, este golpe vale 1/4 de ponto). A soma de pontos definirá o vencedor.
Na década de 1950, funcionava em Natal uma academia de judô, no 3º andar do edifício nº 697, localizado na esquina da Av. Rio Branco com a Rua General Osório. Ainda menor de idade fui levado por Dona Lídia, minha genitora a esta academia. A intenção de minha querida mãe era de oferecer ao seu filho condições de defesa contra as agressões do mundo. Ao chegar à academia, fui apresentado ao professor cujo nome me pareceu estranho. Takeo Yano.
No primeiro contato tive a cristalina impressão de que se tratava de uma pessoa muito calma e seguro de si. Esta impressão se justifica por ser este o estado de espírito evidente nos praticantes do judô que tem como objetivo o desenvolvimento físico, mental e espiritual.
O mestre Takeo Yano, ensinava, além do judô, conhecimentos das técnicas do antigo jiu-jitsu (arte marcial japonesa) como defesa pessoal. Naquela academia tive várias lições de vida, entre elas aprendi a respeitar o adversário, mas nunca temê-lo; a ter confiança em mim mesmo e a controlar a agressividade; como também que o esporte podia transformar homens bons em homens melhores. Entreguei-me com afinco à prática do judô que passou a ser um complemento na minha educação e no meu desenvolvimento físico, intelectual e moral.
Quando ainda incipiente no meu aprendizado, foram meus contemporâneos no tatame do notável mestre japonês; o desembargador Wilson Dantas, o corretor de imóveis Francisco “Chico” Ribeiro e o empresário Waldemar Matoso, estes portadores da faixa preta, além de uma gama de jovens desejosos, como eu, de aprender aquela arte.
Freqüentei a academia de Takeo Yano, após a minha iniciação, todos os anos em que ele esteve na cidade do Natal. Dado a minha assiduidade, recebi várias graduações até ser considerado faixa preta. Tempos depois, em 1959, o melhor professor de judô que Natal já hospedou se transferiu para a cidade do Rio de Janeiro, e, depois de passar pela Bahia e São Paulo, fixou-se finalmente na cidade de Belo Horizonte, onde veio a se encantar no ano de 1988, deixando todos os seus alunos e admiradores órfãos de sua arte.
Quando a cidade do Natal sentiu a sua ausência, procurei dar continuidade aos estudos do judô, no entanto, minha busca foi inútil, já que nenhum dos judocas desta capital podiam ser comparados ao meu grande instrutor. Frustrado por não poder dar prosseguimento ao meu aprendizado, fui me acomodando até ficar rendido à impossibilidade de prosseguir na arte que me ensinou a lutar para me aperfeiçoar e não me aperfeiçoar para lutar.
Informa o Dr. Akira Yano, filho do inesquecível mestre, que a palavra em japonês para obrigado é arigatou e para muitíssimo obrigado é domo arigatou gozaimasu.
Guardo do judoísta Takeo Yano, nestes últimos cinqüenta anos, uma grata e imensurável admiração. Agradeço pelo fortalecimento que ele proporcionou ao meu físico, à minha mente e ao meu espírito, e principalmente, pelas lições de vida recebidas em sua academia. Portanto, neste tempo de agora, enfatizo. Obrigado respeitado e inesquecível mestre por ter me aceitado como seu discípulo. Arigatou mestre Takeo Yano, domo arigatou gozaimasu.
Fonte :http://www.jornaldehoje.com.br/portal/noticia.php?id=18699
"Acabamos com o tabu dos Gracies " Mestre FADDA
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10:22
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Oswaldo Fadda, que está no jiu-jitsu há mais de 20 anos, é,talvez, o único que jamais recebeu ensinamentos dos Gracies ou de qualquer de seus alunos. Aprendeu na marinha, com o professor Luiz França Filho, que tinha sido pupilo de Mitsuyo Maeda e Soishiro Satake, lutadores originários do Kodokan.
O Professor Luiz França,foi um verdadeiro Mestre desta Arte, morreu feliz no interior do Brasil, por ter transmitido seus conhecimentos, sem segredos, ao seu aluno Oswaldo Fadda, um dos poucos cultivadores e idealistas desta modalidade no Brasil.
Fadda nasceu, viveu e morreu em Bento Ribeiro. Homem humilde, conhecedor profundo do Jiu jitsu e o pioneiro a levar a “arte suave” para o subúrbio carioca.
Em 1942 Fadda recebeu a faixa preta e começou a ensinar Jiu-Jitsu, no subúrbio de Bento Ribeiro, na cidade do Rio de Janeiro. Em 27 de janeiro de 1950, nesse mesmo subúrbio, Fadda fundou sua própria academia.
No subúrbio em que sempre viveu, com profundo idealismo, divulgou, extraordinariamente, esta modalidade esportiva. Demonstrava, com seus alunos, as técnicas do jiu jitsu nas favelas, praças públicas, praias, morros, circos, pátios de igrejas e clubes, visando à ampla expansão de sua prática possível a todos.
Outra importante atividade, da qual o Mestre Fadda foi pioneiro, era a recuperação, através do jiu jitsu, de pessoas com anomalias físicas e até mentais, principalmente vítimas de paralisia infantil.O seu trabalho de recuperação é um fato comprovado e pode ser atestado sem citar outros nomes, com as "performances" de "Torpedo" (Não possui as duas pernas) e "Aranha" (membros inferiores completamente atrofiados), ambos já conhecidos do público. Nesse setor o jiu-jitsu de Fadda tem feito verdadeiros milagres. - Para a paralisia, o remédio é Jiu-Jitsu. Posso provar isso por A mais B. Ivan Ferraz, jovem e bastante desanimado, chegou lá na Academia sem poder sustentar na mão um peso de 100 gramas. Hoje luta de igual
para igual com qualquer adversário de sua categoria.
Com tantos trabalhos voluntários e tendo como público uma comunidade carente, não lhe restava muito capital para investir em publicidade. O máximo que ele conseguia para poder divulgar sua academia era um pequeno espaço na página de óbitos. Então a solução encontrada pelo Mestre para chamar a atenção da mídia foi a de desafiar a poderosa família dos Gracie.
Em 1954, o Mestre Fadda foi aos jornais O Globo e o Diário da Noite e declarou:
“Desejamos enfrentar os Gracie, respeitamo-los como incomparáveis adversários, porém não os tememos. Disponho de cerca de vinte alunos para os encontros”.
Atendendo as expectativas, Hélio Gracie aceitou o desafio, dizendo-se impressionado pelo cavalheirismo do desafiante e garantiu que as lutas iriam ocorrer na própria sede da academia Gracie, no centro da cidade do Rio de Janeiro. As lutas ocorreram no segundo semestre do mesmo ano, mas dessa vez os fatos foram de encontro às expectativas: a academia Fadda superou a academia dos Gracie, surpreendendo a comunidade do jiu jitsu. Destaque para a finalização emplacada por José Guimarães, que deixou desacordado Leônidas, então lutador da Gracie. Ao término do desafio, a Academia Fadda, ganhou expressão e notoriedade.
“ACABAMOS COM O TABU DOS GRACIE”
disse Fadda, na época à Revista do Esporte.
Helio, impressionado com a técnica dos lutadores suburbanos, declarou que o Jiu-jitsu não era exclusividade de uma família.
É preciso existir um FADDA, para mostrar que o Jiu-Jitsu não é privilégio dos Gracie.
— Hélio Gracie, na Revista dos Esportes, publicada no Rio de Janeiro em 1954
ITSUTSU NO KATA
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sábado, 10 de abril de 2010
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14:01
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1 - DESCRIÇÃO
O ITSUTSU NO KATA FOI O ÚLTIMO KATA DE JUDO, IDEALIZADO PELO PROF. JIGORO KANO, QUE O TERIA DEIXADO INCOMPLETO, COM SOMENTE 5 TÉCNICAS, DEVIDO A SEU FALECIMENTO.
SUAS TÉCNICAS NÃO TÊM NOMES ESPECÍFICOS, E UMA TRADUÇÃO LIVRE DOS TERMOS JAPONESES PODE SER :
1 - IPPON ME - PRIMEIRA VISÃO
2 - NIHON ME - SEGUNDA VISÃO
3 - SANBON ME - TERCEIRA VISÃO
4 - YONHON ME - QUARTA VISÃO
5 - GOHON ME - QUINTA VISÃO
TODAVIA, ALGUNS NOMES FORAM ATRIBUÍDOS ÀS TÉCNICAS, NOMES ESTES LIGADOS À IDÉIA QUE DEU ORIGEM A CADA UMA DELAS, E QUE SÃO OS SEGUINTES:
1 - JIZO DAOSHI (DERRUBAR O ÍDOLO DE PEDRA)
2 - HIKI OTOSHI (DERRUBAR PUXANDO)
3 - TO BI (FORÇAS CENTRÍFUGA E CENTRÍPETA)
OU
MIKU DAKI (MOINHO D'ÁGUA)
4 - NAMI (ONDA)
5 - IWA (ROCHA OU EVITAR O CHOQUE
ESTE KATA DEVE SER EXECUTADO EM RITMO LENTO, AMBOS INTEIRAMENTE CONCENTRADOS NAS AÇÕES E NO SIGNIFICADO DE CADA TÉCNICA.
1-a – SIGNIFICADO
SIGNIFICADO DAS CINCO FORMAS TRADICIONAIS DO JUDO
1 – IPPON ME – JIZO DAOSHI
Em alguns templos japoneses, eiste na entrada um ídolo de pedra, representando uma figura humana em pé, mão direita aberta e esticada como se estivesse pedindo uma esmola, e na mão esquerda um bácoro.
JIZO DAOSHBI significa “derrubar o ídolo” A pessoa , na frente do ídolo. coloca a mão direita espalmada em seu peito, e começa a empurrá-lo para trás, para derruba-lo. O ídolo cambaleia lateralmente e para trás, e a pessoa, por isto, muda a posição da mão, e insiste até que o ídolo caia de costas.
O ídolo resistindo ao impulso, acaba caindo.
2 – NIHON ME – HIKI OTOSHI
HIKI OTOSHI significa “evitar a força”. A pessoa é tacada por alguém que, com um punhal, tenta estoca-la na barriga. Quando o atacante estica a mão, o atacado sai da frente, ajoelhando o joelho esquerdo no solo, pega o braço direito do atacante, pelo pulso e na altura do cotovelo, e aproveitando seu impulso e evitando sua foca, o desloca lateralmente até que ele caia no solo..
O atacado, não resistindo ‘a força do atacante, acaba por derruba-lo.
3 - SANBON ME – TO BI
TO BI significa “forcas centrífuga e centrípeta”. Os dois começam a girar, um em torno do outro, como se fossem planetas. Por ação da força centrípeta, dois vão se aproximando, ate que se tocam, pelos punhos. Continuando a girar, um deles deixa-se cair na frente do, outro que por ação da força centrífuga, passa por cima dele, indo cair na sua frente.
Se um deles não ceder, para ganhar, os dois continuarão a girar indefinidamente, numa velocidade cada vez maior
4 – YONBON ME – NAMI
NAMI significa “onda”. Um fica em pé, de costas para o outro, representando uma rocha. O outro. representando o mar, fica de lado para o primeiro e fazendo movimentos de círculo com as mãos, imitando o movimento das ondas, aproxima-se dele, levantando as mãos à medida em anda .Com as mãos, imita o movimento de uma onda que, aproximando-se de uma rocha, vai varre-la com seu impulso. A onda ultrapassa a rocha e depois, lentamente reflui, levando tudo que encontra pele frente, inclusive a rocha..
A onda, tentando resistir `a força da onda, acaba sendo levada para dentro do mar..
5 – GOHON ME – IWA
IWA significa “rocha”, e a técnica tem por finalidade demonstrar a eficiência de ser evitado um choque.
Os dois ficam afastados, com um lado voltado para o outro, e subitamente correm um contra o outro. Quando estão perto , e o choque vai se dar, com os dois sofrendo as consequências, um deles deixa-se cair no solo e o outro, por ação de seu impulso, passa por cima dele. Desta forma, nenhum dos dois fica prejudicado.
Como não houve o choque, ambos saíram ganhando.
2 - ENTRADA
TORI E UKE ENTRAM DE FRENTE PARA O JOZA, TORI À ESQUERDA EM RELAÇÃO AO JOZA, TENDO UKE À SUA DIREITA. ENTRAM SEPARADOS POR 6 METROS ( 3 TATAMIS AO COMPRIDO).
CAMINHAM LENTAMENTE ATÉ A LINHA CENTRAL DA ÁREA, PARAM E SAÚDAM O JOZA EM PÉ (RITSU REI).
VOLTAM-SE DE FRENTE UM PARA O OUTRO, E SE SAÚDAM EM PÉ.
JUNTOS DÃO UM PASSO LARGO PARA A FRENTE, COM O PÉ ESQUERDO, E PARAM COM OS PÉS SEPARADOS.
3 - TÉCNICAS
1 - JIZO DAOSHI - IPPON ME (Derrubar o Ídolo)
EXPLICAÇÃO
JIZO É A REPRESENTAÇÃO EM PEDRA DO DEUS PROTETOR DE UM TEMPLO. REPRESENTA UMA FIGURA HUMANA, EM PÉ, TENDO UM BÁCORO NA MÃO DIREITA, MÃO ESQUERDA ABERTA NA HORIZONTAL, COMO QUE PEDINDO UMA ESMOLA. A TÉCNICA PROCURA IMITAR O ATO DE DERRUBAR UM JIZO, EMPURRANDO-O PARA TRÁS.
UKE, INICIANDO COM O PÉ ESQUERDO, CAMINHA LENTAMENTE ATÉ O CENTRO DA ÁREA, ONDE PARA (FIG. 1).
TORI, INICIANDO COM O PÉ DIREITO AVANÇA E PARA A CERCA DE 50 CENTÍMETROS DELE (FIG. 2) . EM SEGUIDA, AVANÇA O PÉ DIREITO, E CHEGA PERTO DE UKE , PARANDO A 30 CENTÍMETROS DELE (FIG. 2).
TORI AVANÇA O PÉ DIREITO (FIG.3) E LEVANTA O BRAÇO DIREITO ATÉ À ALTURA DOS OMBROS , MÃO ABERTA LIGEIRAMENTE EM CONCHA, DEDOS PARA CIMA, E A APOIA NO PEITO DE UKE . O DEDO MÍNIMO APOIA-SE NO LADO ESQUERDO DO PEITO DE UKE, E O POLEGAR NO LADO DIREITO.
TORI COMEÇA A EMPURRAR UKE PARA TRÁS. PARA ISTO, DÁ 4 PASSOS PARA A FRENTE,SENDO PÉ DIREITO, PÉ ESQUERDO, PÉ DIREITO E PÉ ESQUERDO, MUDANDO A ZONA DE PRESSÃO DA MÃO A CADA PASSO, ISTO É, PASSANDO A PRESSÃO DO DEDO MÍNIMO PARA O POLEGAR, E VICE-VERSA. ISTO DÁ O EFEITO COMO SE O ÍDOLO DE PEDRA ESTIVESSE RECUANDO E BALANÇANDO.
UKE, AO SENTIR A PRESSÃO DA MÃO DE TORI, RECUA 4 PASSOS, SENDO PÉ ESQUERDO, PÉ DIREITO, PÉ ESQUERDO E PÉ DIREITO, QUE DESTA VEZ PARA PARALELO AO ESQUERDO, SEPARADO DELE.
APÓS O QUARTO PASSO, TORI AVANÇA O PÉ DIREITO (FIG. 6 ) NUM PASSO LARGO , ESTICA O BRAÇO DIREITO (FIG.7), ESPALMA A MÃO NO PEITO DE UKE E O EMPURRA PARA TRÁS (FIG. 8) .
AO SE SENTIR EMPURRADO, UKE APOIA-SE NOS CALCANHARES, LEVANTANDO OS DEDOS DOS PÉS DO SOLO, E DEIXA-SE CAIR PARA TRÁS, COMO SE FOSSE DE PEDRA. PARA ISTO, DEVE LEVANTAR A BARRIGA DURANTE A QUEDA E PROCURAR CAIR SEM DOBRAR OS JOELHOS, DE SORTE QUE SOMENTE SEUS OMBROS BATAM NO SOLO . ALIVIA A QUEDA ABRINDO OS BRAÇOS E BATENDO COM AS MÃOS ABERTAS NO SOLO. FICA APOIADO NOS CALCANHARES E NOS OMBROS , BARRIGA LIGEIRAMENTE ALTA.
TORI PARA POR UM MOMENTO NA POSIÇÃO .
EM SEGUIDA, RECUA ATÉ O CENTRO DA ÁREA, ONDE PARA DE FRENTE PARA UKE.
UKE LEVANTA-SE E SE APROXIMA LENTAMENTE DE TORI.
3.2 - HIKI OTOSHI - NIHON ME (Evitar a Força)
EXPLICAÇÃO
TORI VAI DERRUBAR UKE USANDO SOMENTE UM GIRO E EMPURRANDO O COTOVELO DELE PARA BAIXO, FAZENDO PRESSÃO EM SEU PUNHO E COTOVELO. ESTE POR SUA VEZ, FAZ UKEMI. É SEMELHANTE AO UKI OTOSHI DO NAGE NO KATA, DELE DIFERINDO NA FORMA DE TORI DESEQUILIBRAR UKE, E NA FORMA DESTE CAIR. ESTA TÉCNICA É HIKI OTOSHI.
OUTRA ESCOLA MANDA DERRUBAR COM UKI OTOSHI.
TORI E UKE ESTÃO FRENTE A FRENTE . UKE APROXIMA-SE DE TORI EM PASSOS LENTOS , AVANÇA O PÉ ESQUERDO E ARMA A MÃO DIREITA NA ALTURA DA FAIXA, COMO SE FOSSE SACAR UMA ARMA DA CINTURA, DOBRANDO O COTOVELO E O LEVANTANDO QUASE ATÉ A ALTURA DE SEU OMBRO.
AVANÇA O PÉ DIREITO E TENTA PEGAR A FAIXA DE TORI (FIG. 3).
TORI PEGA A MANGA DIREITA DE UKE NA ALTURA DO PUNHO, COM SUA MÃO ESQUERDA, DE BAIXO PARA CIMA, E COLOCA A DIREITA NA AXILA DIREITA DE UKE, POLEGAR PARA CIMA (FIG. 4).
COLOCA O JOELHO ESQUERDO NO SOLO, PÉ VIVO, JOELHO DIREITO ALTO, E DESLIZA A MÃO DIREITA ATÉ O COTOVELO DELE, DE CIMA PARA BAIXO, FORÇANDO-O PARA BAIXO.
PUXA UKEEM SEMICÍRCULO, FORÇANDO-O PARA O SOLO.
UKE CAI SEM FAZER UKEMI COMPLETO, TERMINANDO SENTADO, MÃOS NOS JOELHOS, E GIRA PARA FICAR COM O LADO ESQUERDO VOLTADO PARA TORI. ESTE TERMINA EM KURAI DORI , DE FRENTE PARA O JOZA .
PARAM POR UM MOMENTO NA POSIÇÃO.
3.3 - TO BI - SANBON ME (Forças Centrífuga e Centrtípeta)
OU
MIKU DAKI (Moinho d 'Água)
EXPLICAÇÃO
AMBOS LEVANTAM-SE E, GIRANDO COMO SE FOSSE UM MOINHO D'ÁGUA, VÃO SE APROXIMAM-SE, COMO QUE ATRAÍDOS PELA FORÇA CENTRÍPETA, PARA EM SEGUIDA SE SEPARAREM, COMO QUE POR EFEITO DA FORÇA CENTRÍFUGA, QUE É O RESULTADO DO GIRO QUE ESTAVAM DANDO E DA SÚBITA INTERRUPÇÃO DO MOVIMENTO PELA PROJEÇÃO DE UKE.
ESTA TÉCNICA TAMBÉM É CONHECIDA POR MIKU DAKI (MOINHO D'ÁGUA), PELO MOVIMENTO GIRATÓRIO QUE OS DOIS FAZEM DURANTE SUA APRESENTAÇÃO.
TORI ESTÁ NO CENTRO DA ÁREA, EM KURAI DORI, DE FRENTE PARA O JOZA E UKE ESTÁ SENTADO, PERNAS ABERTAS, MÃOS NOS JOELHOS, COM SEU LADO ESQUERDO VOLTADO PARA TORI.
AMBOS ABREM OS BRAÇOS HORIZONTALMENTE (FIG. 1), MÃOS ABERTAS, LEVANTAM-SE (FIG. 2), E COMEÇAM A GIRAR NO SENTIDO ANTI-0HORÁRIO (FIG.)
COMPLETAM UMA VOLTA EM TORNO UM DO OUTRO , E SE ENCONTRAM NO CENTRO DA ÉREA, ENTRELAÇANDO OS BRAÇOS, SENDO O ESQUERDO SOBRE O DIREITO, E INICIAM UMA SEGUNDA VOLTA, SEMPRE LENTAMENTE . QUANDO ESTÃO NOVAMENTE NO CENTRO, INICIAM UMA TERCEIRA VOLTA, DESTA VEZ EM PASSOS MAIS RÁPIDOS E MAIS CURTOS, E BALANÇAM OS BRAÇOS NUM MOVIMENTO ONDULATÓRIO.
QUANDO ESTÃO DE NOVO NO CENTRO DA ÁREA, E UKE ESTÁ COM SUE LADO DIREITO VOLTADO PARA O JOZA, TORI AVANÇA UM POUCO O PÉ ESQUERDO, E LANÇA O PÉ DIREITO PELA FRENTE DE UKE , AO MESMO TEMPO EM QUE O DESEQUILIBRA PARA A FRENTE FAZENDO PRESSÃO EM SEU PULSO DIREITO COM SEU PULSO ESQUERDO, PROJETANDO-O NA DIAGONAL .
UKE FAZ UM UKEMI DE DIREITA, SOBRE TORI ., TERMINANDO EM PÉ, NO CANTO AVANÇADO DIREITO DA ÁREA, PERTO DO JOZA.
TORI TERMINA DEITADO, BRAÇOS ABERTOS, PERNAS JUNTAS .
3.4 - NAMI - YONHON ME (Onda)
EXPLICAÇÃO
ESTA TÉCNICA PROCURA REPRODUZIR O MOVIMENTO DE UMA ONDA DO MAR, QUE AVANÇA SOBRE UMA ROCHA, ARREBENTANDO ALÉM DELA, E QUE NO RETORNO CARREGA TUDO PARA DENTRO DO MAR.
UKE ESTÁ NO CANTO DIREITO AVANÇADO DA ÁREA, PERTO DO JOZA, E TORI VAI PARA O CANTO ESQUERDO RECUADO. UKE FICA DE COSTAS PARA TORI, NA DIAGONAL DA ÁREA.
TORI, FICA DE LADO PARA UKE, E COM SUA FRENTE VOLTADA PARA O JOZA, E A DIREITA VOLTADA PARA UKE, ASSUME JIGO HONTAI, E LEVA OS BRAÇOS, MEIO ESTICADOS, PARA SUA ESQUERDA (FIG. 1).
TRANSFERINDO O PESO DE UMA PERNA PARA OUTRA, E ESTICANDO A QUE ESTÁ SEM PESO, FAZ UM GIRO COMPLETO COM OS DOIS BRAÇOS , NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO. NÃO DEVE ESQUECER A TRANSFERÊNCIA DE PESO DE UMA PERNA PARA OUTRA DURANTE O GIRO .
AO COMPLETAR O ÚLTIMO GIRO, COM AS MÃOS EM BAIXO, PALMAS PARA BAIXO E PULSOS DOBRADOS , TORI MANTÉM AS DUAS MÃOS EM BAIXO, VOLTA-SE PARA UKE, E EM PASSOS CURTOS E RÁPIDOS APROXIMA-SE DELE (FIGS. 6, 7, 8 E 9), E VAI LEVANTANDO OS BRAÇOS À MEDIDA EM QUE CHEGA PERTO, SEMPRE COM OS PULSOS DOBRADOS .
PELA KODOKAN, TORI DEVE DAR SOMENTE UMA VOLTA COM OS BRAÇOS, E PELA BUDOKUKAI DEVE DAR DUAS VOLTAS.
ULTRAPASSA UKE EM PELO MENOS 1 METRO, COM AS MÃOS JÁ TOTALMENTE LEVANTADAS,
PODENDO IR MAIS ALÉM SE EXISTIR ESPAÇO.
PARA POR UM MOMENTO, ABRE OS BRAÇOS NA HORIZONTAL E RECUA, EM PASSOS CURTOS E LENTOS , ATÉ QUE SEU BRAÇO DIREITO ENCONTRE UKE NA ALTURA DOS OMBROS . DEPOIS QUE ENCONTRA UKE, TORI ACELERA UM POUCO OS PASSOS
UKE CEDE AO IMPULSO DE TORI, E RECUA, APOIANDO O CORPO NOS CALCANHARES, DEDOS DOS PÉS LEVANTADOS, ACOMPANHANDO O MOVIMENTO DE TORI.
NO TERCEIRO PASSO DEPOIS QUE SEU BRAÇO ENCONTROU UKE, TORI COLOCA O JOELHO ESQUERDO NO SOLO, DIREITO ALTO, E PROJETA UKE PARA TRÁS E PARA BAIXO. ESTE DEIXA-SE CAIR DE COSTAS .
TERMINAM, TORI EM KURAI DORI, E UKE DEITADO, BRAÇOS E PERNAS ABERTOS .
3.5 - IWA - GOHON ME (Rocha)
EXPLICAÇÃO
ESTA TÉCNICA PROCURA MOSTRAR QUE, SE AMBOS SE CHOCAREM, OS DOIS CAIRÃO. EVITANDO O CHOQUE, AMBOS CONTINUAM ILESOS E NA ÁREA.
TORI LEVANTA-SE LENTAMENTE E VAI PARA O CANTO DIREITO AVANÇADO DA ÁREA, ONDE SE COLOCA NA DIAGONAL , LADO ESQUERDO VOLTADO PARA UKE, BRAÇOS ESTENDIDOS HORIZONTALMENTE, DE COSTAS PARA O JOZA.
UKE VAI PARA O CANTO ESQUERDO RECUADO DA ÁREA, ONDE SE COLOCA TAMBÉM NA DIAGONAL, LADO ESQUERDO VOLTADO PARA TORI, BRAÇOS ABERTOS HORIZONTALMENTE, DE FRENTE PARA O JOZA .
LENTAMENTE VOLTAM-SE DE FRENTE UM PARA O OUTRO , E CAMINHAM, ACELERANDO AS PASSADAS À MEDIDA EM QUE SE APROXIMAM .
QUANDO ESTIVEREM A PONTO DE SE CHOCAREM, TORI, QUE DEVE TER SEU PÉ ESQUERDO AVANÇADO, DESLIZA O PÉ DIREITO PELA FRENTE DE UKE, E DEIXA-SE CAIR NA FRENTE DELE .
UKE FAZ UKEMI DE DIREITA, SOBRE TORI , TERMINANDO EM PÉ.
TORI TERMINA DEITADO, BRAÇOS CRUZADOS SOBRE O PEITO, PUNHOS FECHADOS, ESQUERDO SOBRE O DIREITO, PERNAS JUNTAS.
4 - FINAL
TORI LEVANTA-SE LENTAMENTE, E VAI PARA SUA POSIÇÃO DE INICIO DO KATA, ONDE PARA, ESQUERDA VOLTADA PARA O JOZA, PÉS SEPARADOS.
UKE, JÁ EM PÉ, DIRIGE-SE PARA SUA POSIÇÃO INICIAL, ONDE PARA, DIREITA VOLTADA PARA O JOZA, PÉS SEPARADOS.
JUNTOS RECUAM UM PASSO LARGO COM O PÉ DIREITO, PARANDO COM OS PÉS JUNTOS.
JUNTOS SAÚDAM-SE EM PÉ, VOLTAM-SE PARA O JOZA, E O SAÚDAM TAMBÉM EM PÉ.